quarta-feira, junho 4

Estudar para os exames

É nesta semana que cerca de 200 mil alunos se preparam para os exames que vão decidir o futuro das suas vidas profissionais.
Aproveite este esclarecedor programa para aprender as melhores técnicas e métodos de estudar. Como fazer bons resumos, o que decorar, como responder de forma clara, e principalmente, como arrumar as ideias numa resposta que será avaliada por apertados critérios. Com este SC queremos ainda fazer um alerta para uma discussão que nos chega do Reino Unido em que os professores afirmam que o ensino baseado em exames leva a uma fraca preparação do aluno para a sua vida profissional. Em que ficamos? Exames ou outras formas de avaliação? Quais os melhores instrumentos?


Convidados:
Edviges Ferreira, Vice-presidente da Associação de Professores de Português
Albino Almeida, Pres. Confederação Nacional das Associações de Pais
Renato Paiva, Centro de Apoio Psicoeducacional de Corroios

85 comentários:

Unknown disse...

Olá. sou o João tenho 18 anos e sou estudante do 12º ano.

Penso que os exames são a solução mais indicada para avaliar os alunos a nível nacional da uma forma mais uniforme possível uma vez que os critérios de correcção são normalmente bastante claros.

No entanto tudo seria muito mais fácil e justo se o conteúdo dos exames tivesse mais ajustado aos anos anteriores e não fossemos bombardeados com toda aquela matéria nova que é dada quase à velocidade da luz!

Admiro bastante o trabalho dos professores mas existe um problema grave por parte de quem faz os programas do ministério que, francamente, parece viver noutro planeta...

David disse...

Discordo do Jon - os critérios de correcção raramente são claros. As polémicas em torno dos exames nacionais são uma certeza todos os anos, independentemente dos ciclos a que se destinam.

2 questões:
- No mercado de trabalho somos avaliados por exames ou pelo trabalho desenvolvido ao longo de um determinado tempo?
- Se se avalia tudo por exames, que sentido tem a frequência escolar?

David Silva, professor

Strawberryzinha disse...

Os exames deveriam ser de aptidão, e não de avaliação de conhecimentos.

Quando se entra para um curso universitário, estamos a escolher uma especialização que necessita de qualificações quer ao nível teórico quer ao nível da personalidade das pessoas, e não apenas o que muitas vezes se consegue com cábulas!

Se há uma elevada taxa de desistência no 1º ano, muito se deve à pressão exercida por alguns pais, no sentido de os filhos terem de ingressar num curso superior, e também por haver falta de divulgação junto dos estudantes do que realmente pode fazer-se com a licenciatura x ou y. Muitos entram iludidos, e sabe-se que o 1º ano é o pincelão... aquelas cadeiras necessárias mas que parecem não servir para nada!

Logo, deveria haver um programa que permitisse conhecer melhor o curso que se pretende a um nível prático! De forma a serem tomadas decisões mais conscientes.

Patrícia I. M. Santos

nuno1959 disse...

os exames são uma boa forma de avaliar os alunos . o que se deveria fazer é baseá-los em perguntas que promovam respostas que ''apelem'' ao pensamento e a discorrer para evitar o ''marranço/empinanço'' de maneira a eliminar as respostas de papagaio. isto eliminaria uma forma distorcida de estudar e predispunha os alunos a estarem preparados para resolver/pensar/discorrer e inclusivamente consultar de forma a poderem resolver uma questão/situação que se lhes apresente na sua futura vida profissional

Pedro Salvador disse...

Boa tarde!

No ano passado, tive a prova de que conseguir tirar uma boa nota no exame implica imensos factores que não apenas o estudo! Tinha uma colega e amiga que numca tirou uma nota negativa durante a secundária e tinha uma média altissima, já no exame tirou 9 valores. Escusado será dizer que ficámos todos muitissimo surpreendidos e a rapariga em questão chorou imenso. Este ano, houve greves e bastantes manifestações de revolta contra a ministra da educação por parte de milhares de professores contra uma série de reformas, quem é que nos garante que os professores correctores não usam a correcção dos exames para se "vingar" da senhora ministra? Chame-me doido, mas a verdade é que custa caro ao estado os alunos não passarem nos exames, reprovarem e afins...

Cumprimentos!

Vitor Biscaia disse...

Os examos nacionais s�o uma forma de avalia�o n�o a forma.

Quanto �s t�cnicas de estudo, revelo a minha, que apesar de a ter transmitido �s minhas filhas, n�o tem sido usado por elas.

Eu sempre estudei a mat�ria antes de o professor a dar.

resultado positivo: Participa�o activa na aula com perguntas relevantes (podia esclarecer o que me tinha suscitado d�vidas durante a leitura dos manuais e material auxiliar).

Resultado negativo: alguns professores (normalmente os maus), ficavam desesperados e sentiam-se amea�ados.

Pr�-requisito: Dominar bem a leitura e interpreta�o dos textos (tive um bom professor no primeiro ano da prim�ria que me ensinou a ler bem, muito bem!)

Vitor Biscaia (49 anos)

Unknown disse...

Sou aluno do 12ºano prestes a fazer exames deste ano pela 1ª vez

Sobre os exames há graves falhas por parte do ministério, como o facto de mandar taridamente as orientações de exane, pelo que até Março/Abril alunos e professores têm aulas sem do ME

Agora, a verdadeira razão pela qual os exames não podem deixar de existir, é que num sistema de ensino com tantas arbrietariedades e por parte das escolas. Os exames tornam-se fundamentais para uniformizar o ensino numa padrão de qualidade, mas para isso é preciso que os exames sejam exigentes.

Porque pensem todos o que aconteceria se os exames deixassem de existir nos moldes actuais no ensino em Portugal? Simples: as escolas facilitariam uma entrada em massa nas Universidades, degradando consequentemente o ensino Superior

Por isso para quem defende o fim dos exames, que alternativas existem?

Interessada disse...

Dá-me satisfação verificar que o primeiro participante é um jovem estudante.
Obrigada João por vires contrariar a opinião vulgarizada de que os jovens de hoje 'bla bla bla' 'bla bla bla'(escuso-me a repetir tanto disparate estereotipado!)
Fica bem claro que tens opinião, que a sabes expressar, e com ela intervir.
Quanto ao sistema de avaliação em causa, penso que terás razão quanto à uniformização, tão somente se os critérios de correcção estiverem bem adaptados.
Mas será a melhor forma de avaliar competências, para além do conhecimento abstracto e teórico ?
Boa caminhada João!

Telma* disse...

Boa tarde.
Sou estudante do primeiro ano do ensino superior. Como é óbvio tive que fazer os exames nacionais no ano passado. Penso que os exames nacionais são uma boa forma de avaliar, e de tornar mais justa a entrada no ensino superior.

É verdade que os exames exercem uma pressão bastante grande nos alunos, esse assunto está a ser minimizado.
Isto porque actualmente existem muitos exames intermédios para varios anos, não só o 12º. Na minha opinião isso é uma mais valia para os alunos, porque passa a haver uma familiarização com os exames, o que cria hábitos de estudo e reduz a pressão frente aos exames finais de admissão ao ensino superior, além disso torna mais justas as notas.

Como devem saber estes exames intermédios existem para as disciplinas mais importantes, como matemática.


Quanto á possibilidade de os exames de admissão ao ensino superior serem feitos pelos professores universitários, penso que isso seria desastroso para os alunos. Isto porque a maioria dos professores do ensino superior, não estão dentro dos programas do ensino secundário. Existe um grande salto do secundário ao superior.

Unknown disse...

Boa tarde.
Sou a Carlota e tenho 21 anos. Terminei o meu secundário no estrangeiro mas decidi voltar para Portugal e ingressar no curso de Medicina.
Deparei-me com o facto lamentável de que são necessários 3 exames como provas de ingresso. Fisica e química, onde são leccionadas matérias como fibras ópticas, transferências de calor, formação de estrelas, etc; Biologia e Geologia, (para mim o mais ridiculo) onde tenho que aprender acerca de sismologia, vulcanologia, geotermismo, rochas magmaticas, sedimentares e por ai fora. E ainda matemática.
Não consigo compreender como é que tal é possível. Para além da matéria ser muita, o conteúdo torna-se ridiculo para alguem com a minha idade que quer tirar um Curso de Medicina. Daí que concordo com o facto de haver exames de admissão á Universidade feitos pela própria universidade com os contudos que a Universidade pensa ser fundamental para ingressar num determinado curso.

Cumprimentos e Obrigado pelo programa fantástico ;)

Pedro de Castro disse...

Boa tarde,
Já atravessei diferentes níveis de formação, desde o secundário, licenciatura e pós-graduação e a conclusão a que chego é que os exames são o meio mais rápido e menos eficaz de avaliar os conhecimentos.
O que verifiquei é que a conhecimento não pode ser avaliado com base no "empinar" da matéria dada para despejar no exame e passados 5 minutos do fim do exame esquecer tudo o que aprendeu. Os exames deveriam no mínimo ter uma componente de avaliação oral de modo a ser possivel avaliar o real conhecimento e exposição das ideias.
Outra forma de avaliação passaria igualmente pela elaboração de trabalhos de desenvolvimento e investigação com apresentação oral, para desenvolver as capacidades de pesquisa, a autonomia intelectual e capacidade de apreciação crítica. Temos de formar seres pensantes e não automatos que não compreendem porque é que estão a aprender determinada matéria

A. Silva disse...

Boa tarde
Relativamente ao tema convém referir uma só coisa: Qual a principal função da avaliação?
Estabelecer uma seriação?
Servir como processo de retroacção?
Verificar se foram "decorados" os conteúdos?
Ou verificar se foram compreendidos e, como tal, apreendidos determinados conhecimentos?
Valia a pena discutir isto... acho eu.

Marta Sousa disse...

Boa tarde.

Sou aluna do ensino superior, na área da engenharia electrónica.

Fui uma aluna exemplar ate ao 12 ano, e, quando cheguei ao ensino universitário, deparei-me com um fosso enorme de conhecimentos exigidos entre o ultimo ano do secundário e a primeiro ano da universidade.

Penso que não existe por parte dos professores do secundário o mínimo conhecimento do que é actualmente exigido numa universidade.

Acho também que o ensino básico, a partir de um determinado nível, deveria ser mais especifico à área que cada um quer seguir, correspondendo aos objectivos pretendidos pelas universidades que vão acolher estes futuros alunos.

Para terminar, sou da opinião que Portugal tem muito a aprender com o ensino estrangeiro, deveria haver mais organização, método e motivação. Falta aos jovens Portugueses compreender que estudar e ter conhecimentos é necessário para o futuro.

Sofia disse...

Boa tarde. O meu nome é Sofia, e estou neste preciso momento no final do 1º ano do curso de Engenharia do Ambiente.

Hoje em dia, todos nós passamos por exames, quer no ensino superior, quer no secundário. Ou seja, penso que os exames no ensino secundário são uma boa preparação para o ensino superior, embora não possa realmente afirmar que sejam uma boa forma de avaliação, devido a pontos ja referidos.
O ensino superior não é nada comparável, com o secundário, e a mudança é um choque gigantesco.Talvez a nivel da propria forma como a materia nos é exposta e como o aluno é proposto a dar a matéria, agora implementado e mais reforçado pelo Bolonha. Fui "cobaia" da reforma recentemente imposta no ensino secundário, e digo com toda a sinceridade, os exames é o menor dos problemas, o pior é mesmo a falta de preparação para o ensino superior, em relação a trabalho marioritáriamente grupo e estudo com base de pesquisa individual.

Unknown disse...

Mais um dado a ter em conta, Inglaterra tem hoje em dia um dos sistemas de educação em pior estado na Europa. Por issso a sugestão vinda desse país, só tem um objectivo claro, tirar os exames é a única medida estrutural que ainda não foi tomada, para destruir o ensino em Inglaterra.

Aos especialistas da educação, digo que se deixem-se de pedagoguê, olhem para a Inglaterra, e vejam que as medidas que o actual governo Português toma hoje foram as medidas tomadas pela Inglaterra há cerca de 30 anos, por isso olhem para a Inglaterra e estamos a ver o futuro resultado do nosso ensino.

Joana disse...

Bom dia.
Tenho 19 anos e sou estudande da faculdade de Medicina do Porto

Concordo com o facto de ter que haver exames de final de curso, pois é a maneira mais justa de avaliação a nível nacional.
Os exames, no meu caso, aumentou-me a média de final de curso, pois o peso do exame foi de 50%.
Estudei numa escola pública ao contrario da maioria dos meios colegas de faculdade que estudaram em colégios privados, com uma aprendizagem que oferece mais apoio de preparação nos exames..
Penso que não é os exames sejam os principais culpados do insucesso dos alunos, eu para os exames do 12º estudei o ano todo, ao contrário dos meus colegas que começaram a estudar um mês antes, logo é impossível estudar a matéria toda.
Penso que isto se deve aos método de estudo que nos é incutidos pelas instituições de ensino, veja-se os exemplos dos colégios privados em que os alunos tiram notas altíssimas nos exames nacionais.

Melhores cumprimentos
Joana

Pedro de Castro disse...

Quanto à formação dos alunos, não concordo com a segmentação que é feita na transição para o 10º ano. Com 14 anos quantos de nós já sabem o que querem ser aos 25 anos? Poucos, muito poucos! Acredito que a formação deveria ser abrangente nas áreas das ciências, artes e letras até ao 12ºano dando a possibilidade aos alunos de optarem por algumas disciplinas optativas nas suas áreas de interesse, mas que os dotem de um corpo de conhecimento que lhes permita seguir qualquer área do conhecimento. Infelizmente isso não acontece. Fui um aluno que felizmente tive uma formação paralela de artes e ciências, que me permitiu concluir o secundário com 20 valores a Geometria Descritiva e 19 a Física e isto numa escola especializada em ensino artístico. Nos anos em que os adolescentes se estão a descobrir e a dirigir a sua atenção para uma determinada área é preciso fomentar esse interesse mas não descurar uma formação mais abrangente e que lhe abra o leque de escolhas.

Unknown disse...

Nesta participação irei apresentar uma experiência própria e por isso participo como anónimo.
Sou aluno universitário e ultrapassei com alguma facilidade os exames nacionais de 12º ano, contudo ao chegar à universidade encontrei um sistema completamente diferente: os alunos são deixados ao "abandono" pelos docentes, e a avaliação inteiramente baseada em exames.
Logo no primeiro semestre não consegui obter bons resultados, estes maus resultados atingiram a minha confiança de tal forma que decidi mudar de curso e instituição de ensino.
Hoje sou o melhor aluno do meu curso e ano, e mesmo assim sinto-me inseguro quanto às minhas capacidades.

Cumprimentos!

Unknown disse...

Aos Presidente da Assoc. de Pais eu pergunto porque tem a sua filha no ensino Privado?(como acaba de contar no programa)Porque não a pôs no ensino público?

É um facto de o Pres. da Assoc. de Pais, quer a melhor educação para a sua filha, pelo que o melhor é o privado!

sonharamar disse...

os exames são uma excelente forma de avaliação, mas não de conhecimentos apreendidos. o sistema de ensino basea-se em maquinas de decorar incapazes de resolver qualquer problema pratico minimamente simples.
A receita é fácil basta decorar tudo antes do exame. não faz mal esquecer a seguir porque só aquele momento só aqueles 90 minutos do exame é que vão decidir sobre toda uma vida academia e profissional. O que foi aprendido ou não é irrelevante. basta decorar, nem é preciso compreender.

Unknown disse...

Os exames têm um papel fundamental também de dar a conhecer um pedaço de realidade, na escola facilita-se muito, mas nos exames percebe-se um pouco o que é o mundo lá fora: mais dificil e mais injusto

RicardoCunha disse...

Olá cara Fernanda,

Na minha opinião, o metodo de ensino de hoje em dia não é muito bom para os alunos que que querem seguir os estudos académicos. E isso aconteceu comigo e com maior parte dos alunos da minha escola. Em 2006/2007 fiz parte de um curso científico tecnológico e tinha matemática B. Consegui passar nos exames e consequentemente consegui ingressar na faculdade de engenharia, este ano, que pedia matematica B como uma das provas de ingresso. Mas cedo perdi o entusiasmo quando me deparei com a matéria de matemática A. logo vi que estava condenado a ter que repetir o ano.
Tudo isto para expressar o meu descontentamento pois em certa parte "enganaram" os alunos que estiveram em maematica B pois para podermos acompanhar aquela materia teríamos que ja ter tido uma breve introdução no secundário coisa que eu e muitos nao obtivemos. A nivel pratico fomos excepcionalmente preparados mas agora a nível teórico, houve um fosso enorme.

SilentLover disse...

Olá! sou o Christian Neves e venho da Venezuela.
Estou a estudar em Portugal há dois anos, estando actualmente no 11º ano. Sinto-me algo incomodado em fazer os exames, mas, na verdade, eles são necssários. Tenho excelentes notas (média 16 no 10ºano, esperando agora o 17), mas os exames podem descer-ma, no meu caso a fisico-química e a Biologia-Geologia (Curso ciências e tecnologias).
O valor do exame é algo significante, a percentagem podia ser menor, visto que o exame deveria ser necessário para o ingreso na universidade, unicamente. Para nota de 12ºano, o exame é prejudicial, a não ser que o aluno esteja bem preparado e que não entre em pânico.

RicardoCunha disse...

E acho mal que se uma faculdade lecciona matematica A não deveria pedir matematica B por isso é que muitos nos sentimos enganados

Ines disse...

Tenho 19 anos e sou actualmente aluna do 2º ano de sociologia, era aluna exemplar no secundário e continuo a sê-lo na faculdade. Há dois anos atrás estava neste processo de ansiedade por causa dos exames. Sinceramente tudo isso desapareceu na altura de os fazer. Não são nenhum drama nem tragédia, com uma boa preparação e estudo eficaz ao longo do ano só pode haver bom desempenho e boas notas. Não há "branca" que resista a um estudo continuado e a uma compreensão daquilo que se está a estudar, é essencial aprender de facto! Decorar horas a fio, sem fazer um esforço mínimo para olhar a matéria com "outros olhos", tentar realmente aprender, não pode nunca ser um bom método. É apenas perder tempo...
Com esta filosofia, penso que os exames são uma boa forma de avaliação. São momentos de pressão em que se tem que aplicar conhecimentos e solucionar problemas, que se repetem na faculdade e na vida profissional, aos mais variados níveis.
Por outro lado, e falo por experiência própria, existe sim um desfasamento entre o secundário e o superior, principalmente nos métodos de trabalho e exigência. Na faculdade ninguém nos diz o que estudar, como e quando o estudar, é esperado, e muito bem, que os alunos sejam responsáveis, autónomos, capazes de tomar as decisões que considerem melhores para si, e não passarem para os outros as responsabilidades que são suas.
É muito importante que este tipo de método de trabalho seja incluido nos programas do secundário, que não seja só uma prática de excepção, adoptada por alguns professores ou escolas. E é também fundamental que os alunos se sintam responsáveis por aprenderem bem, que aprendam desde cedo a organizarem-se e a descobrirem a melhor forma de estudarem.

Inês

Pedro de Castro disse...

Os modelos pedagógicos e de avaliação no secundário são de tal forma incapazes que quando chegam à faculdade estes alunos ficam completamente "à nora" porque não tiveram a aprendizagem com base na pesuqisa e no tutoriado. Os alunos do secundário têm a "papinha" toda feita pelos professores, e no ensino unversitário esses alunos têm de abrir as asas e aprender a voar sozinhos porque os professores apenas lhes dão linhas orientadoras de pesquisa. O aprofundamento da matéria dada em aula passa pela vontade do aluno e não pela imposição do professor até porque a bibliografia não é o livro da disciplina mas autores diversos. Quem não tiver o hábito de pesquisa em biblioteca vai com um grande "handicap"

Eva Luna disse...

tenho 17 e ando no 11º ano e identifiquei-me com a situação da filha do professor contou, este ano a Química a professora deu a matéria de forma tão alucinante em termos de tempo e acabamos por dar por nós ou a passar os exercicios ou a perceber e a escolha nem sempre é fácil.. com 17 anos a maior parte da sociedade nem sonha o stress e a pressão q estamos sujeitos.
tanto que no primeiro periodo tive dos 17 a filosofia e a professora deu-me 15, sou uma aluna participativa, bem-comportada.. enfim depois disse-me que a nota podia ter sido para eu ñ me descuidar e permanecer assim até ao fim do ano, só que torna-se um factor muito desmotivante..

Eva Luna disse...

* dois 17 a filosofia

Andromeda disse...

Sou estudante universitária e na minha faculdade, embora também tenhamos de fazer exames, é utilizado um método de avaliação que considero muito mais aprorpiado, temos de fazer trabalhos. Trabalhos teóricos e práticos que apresentam um nível de dificuldade e trabalho geralmente superior aos exames mas que ao contrário dos exames nos obrigam a raciocinar. É que para fazer um trabalho daqueles memorizar a matéria não adianta rigorosamente de nada. É preciso conhece-la e compreende-la senão não conseguímos fazer o trabalho. Para evitar que alguns alunos copiem o trabalho de outros temos apresentações orais onde somos questionados sobre o que fizemos, como fizemos e porque fizemos. Recentemente alguns professores decidiram adoptar um método que garante de forma inequívoca que os alunos não copiam, o trabalho tem de ser realizado nas aulas. A matéria é leccionada nas aulas teóricas e teórico-práticas e o trabalho é realizado nas aulas práticas. A realização destes trabalhos ajuda-nos imenso na preparação para os exames. Creio ser um método de avaliação muito mais adequado, até porque como para cada disciplina temos de fazer vários trabalhos por semestre, temos de andar sempre a par da matéria.

RicardoCunha disse...

Na minha opinião, o metodo de ensino de hoje em dia não é muito bom para os alunos que que querem seguir os estudos académicos. E isso aconteceu comigo e com maior parte dos alunos da minha escola. Em 2006/2007 fiz parte de um curso científico tecnológico e tinha matemática B. Consegui passar nos exames e consequentemente consegui ingressar na faculdade de engenharia, este ano, que pedia matematica B como uma das provas de ingresso. Mas cedo perdi o entusiasmo quando me deparei com a matéria de matemática A. logo vi que estava condenado a ter que repetir o ano.
E acho mal que se uma faculdade lecciona matematica A não deveria pedir matematica B por isso é que muitos nos sentimos enganados.

Tudo isto para expressar o meu descontentamento pois em certa parte "enganaram" os alunos que estiveram em maematica B pois para podermos acompanhar aquela materia teríamos que ja ter tido uma breve introdução no secundário coisa que eu e muitos nao obtivemos. A nivel pratico fomos excepcionalmente preparados mas agora a nível teórico, houve um fosso enorme.

Ofélia disse...

Hoje em dia já existe no 2º e 3º ciclo aulas de estudo acompanhado. O problema muitas vezes é que essas aulas são aproveitadas para fazer trabalhos em atraso ou tratar de assuntos da direcção de turma em vez de ensinar e dar conselhos de estudo aos alunos.
Penso que é por isso que muitos alunos não sabem estudar correctamente e não conseguem ter confiança em si.

Estou no 12º ano e concordo com o jon. Em matemática demos a matéria à pressa, não só para o exame, mas também para os testes intermédios. Estes testes tem a sua vantagem, porque ficamos com alguma ideia de como serão os exercícios dos exames, mas por outro lado, pode alterar a nossa nota da disciplina

SilentLover disse...

Olá! sou o Christian Neves e venho da Venezuela.
Estou a estudar em Portugal há dois anos, estando actualmente no 11º ano. Sinto-me algo incomodado em fazer os exames, mas, na verdade, eles são necssários. Tenho excelentes notas (média 16 no 10ºano, esperando agora o 17), mas os exames podem descer-ma, no meu caso a fisico-química e a Biologia-Geologia (Curso ciências e tecnologias).
O valor do exame é algo significante, a percentagem podia ser menor, visto que o exame deveria ser necessário para o ingreso na universidade, unicamente. Para nota de 12ºano, o exame é prejudicial, a não ser que o aluno esteja bem preparado e que não entre em pânico.

FBrazao disse...

Boa tarde. Chamo me Filipe e estou no terceiro ano da licenciatura em Direito na universidade de Lisboa e na minha opiniao a questao dos exames nem sequer se devia colocar. Chega de facilitismos. Eu pessoalmente não me senti traido pelos exames: senti me traido pelo ensino secundário no geral que nao possui o minimo de exigencia quando comparado com parte dos cursos do ensino superior . Os exames sao uma parte importante na avaliaçao do aluno: é um momento de pressao com a qual os alunos serão obrigados a lidar um dia mais tarde. Questao diferente que se pode colocar é o do peso dos exames na avaliaçao global. Sr professor permita me discordar: no mercado de trabalho somos avaliados pelos resultados e nao pelo trabalho realizado.

Mi disse...

Boa tarde,

Sou aluno do ensino superior (instituto superior tecnico) e penso que a forma como as aulas são dadas é o busílis da questão. A maior parte dos aulunos não faz ideia para que serve a matéria que está a ser leccionada, a meu ver por culpa dos professores, uma vez que estes (grande parte não são todos) só se preocupam em "despejar" a matéria.
O meu caso é exemplificativo disso mesmo, ou seja, fiquei retido no 12ºano a repetir matemática e física e, devido aos professores que tive nesse ano, tirei médias de 17 (inclusivé exames nacionais) a estas disciplinas que eram as específicas para engenharia electrotécnica, onde estou.
Outro ponto que acho importante é a falta que os alunos dão, também por culpa do facto de as aulas não serem interessantes. Ainda nesta fase me deparo com isso mesmo. Grande parte dos professores dá as aulas com projecções de "power point" e tornam-nas cansativas (naturalmente que a afluência dos alunos a estas aulas é fraca comparativamente com outras do mesmo género).

Cumprimentos,
Miguel

Interessada disse...

Será que eu ouvi bem???
«Então os professores do ensino superior que digam quais os parâmetros necessários para que os alunos tenham sucesso?»
Não sei quem é a Senhora presente, mas não tenho dúvida em dizer que não devia aí estar sentada.

Unknown disse...

A disparidade entre Ensino Superior e Ensino Secundário, têm a haver fundamentalmente com o facilitismo que o ME impôs ao Ensino Secundário.
Um dos efeitos colaterais é que o Ensino Superior está a ficar mais fácil, com cursos a terem aulas de revisão da matéria que devia ter sido aprendido no Ensino Secundário!

lady_blogger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Joana disse...

Bom dia.
Tenho 19 anos e sou estudande da faculdade de Medicina do Porto

Concordo com o facto de ter que haver exames de final de curso, pois é a maneira mais justa de avaliação a nível nacional.
Os exames, no meu caso, aumentou-me a média de final de curso, pois o peso do exame foi de 50%.
Estudei numa escola pública ao contrario da maioria dos meios colegas de faculdade que estudaram em colégios privados, com uma aprendizagem que oferece mais apoio de preparação nos exames..
Penso que não é os exames sejam os principais culpados do insucesso dos alunos, eu para os exames do 12º estudei o ano todo, ao contrário dos meus colegas que começaram a estudar um mês antes, logo é impossível estudar a matéria toda.
Penso que isto se deve aos método de estudo que nos é incutidos pelas instituições de ensino, veja-se os exemplos dos colégios privados em que os alunos tiram notas altíssimas nos exames nacionais.

Melhores cumprimentos
Joana

Luísa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Daniel Rodrigues disse...

Olá sou o Daniel, tenho 17 anos e estou no 11º ano.

Muito honestamente não acho os exames nacionais uma boa forma de avaliação do ano inteiro.
Nas aulas não são só avaliados testes, mas sim a assiduidade, comportamento, empenho, trabalhos de casa etc, há muitos factores que determinam a nossa nota final.

Ora, um estudante com grandes médias pode ficar nervoso face aos exames, porque pressiona-se para ter a mesma nota que tem nos testes da escola. No exame, por nervos pode tirar uma nota bastante pior à sua média normal.
Então todos os dezoitos, dezasseis, etc que tirou ao longo do ano, o trabalho e empenho não contam?
Basicamente o que nos estão a dizer é "ok, tudo o que fizeste durante o ano escolar foi só treino e não interessa, este exame é que define se sabes ou não. Se tens má nota é porque não tiveste um bom estudo ao longo do ano, logo não mereces passar, ou ter média para entrar em x faculdade" Eu acho isto ridiculo.

Estamos a reduzir tudo o que aprendemos em 8 meses, a 2 horas sobre grande pressão. As pessoas encarregues destes exames deviam ter noção disso.

Pode haver provas de aferição no entanto, de forma a o ministério saber como estão os alunos portugueses

Unknown disse...

PARA A MAIORIA DOS PROFESSORES DESTE PAÍS SUMARIAR É DESPEJAR AOS ALUNOS A MATÉRIA CORRESPONDENTE AOS SUMÁRIOS QUE ASSINAM.

Andreia disse...

Boa tarde, sou aluna do 1º ano de Gestão de Empresas do ensino superior.

Penso que os exames são a melhor solução para avaliar os alunos, apesar de que depois destes passarem pouca matéria fica retida.

Penso também que deviam pensar melhor nas disciplinas do ensino secundário pois estou num curso onde existem muitas cadeiras de contabilidade e acho ridículo que tendo vindo da área de economia não tenha tido nenhuma disciplina nesta área e chegando ás aulas o docente da cadeira nos diga que "se não têm bases é escusado vir ás aulas"... então o que posso fazer?

Cumprimentos,
Andreia

qrestina disse...

Boa tarde a todos.

Com 26 anos posso afirmar que passei os últimos 20 anos na escola - com licenciatura e mestrado pré-Bolonha. Sempre em escolas públicas.

Nos exames nacionais do 12º ano, algumas das notas que tive mantiveram-se idênticas e outras baixaram. É óbvio que, pela via do facilitismo, preferiria não ter exames nacionais. No entanto, observei, pela 1ª vez, uma preocupação generalizada por parte dos professores em que estivéssemos bem preparados. Para além disso, os próprios alunos estavam mais motivados em investir na sua preparação para evitar surpresas.

A matéria que está nos exames é matéria que devia ter sido dada na aula e apreendida pelos alunos - se um aluno estiver bem preparado reduz o risco de surpresas.

Mais do que nunca, é preciso ganhar ferramentas e ser responsável pelos seus objectivos, sabendo que tudo na vida exige esforço.

Encontro algum paralelismo à saída das faculdades - é necessário que haja programas que preparem os alunos para ingressarem no mercado de trabalho. Tal existe nalgumas faculdades (conheço o exemplo do ISCTE).

Nalgumas faculdades não existe este tipo de apoio. Mas será que se os alunos se começarem a movimentar e a reclamar por isso, não conseguirão?

Sempre que há exigências e dificuldades, parece que a culpa é dos outros: dos exames, dos professores, do governo... e nós, que fazemos nós? Será que trabalhamos para bons resultados?

Unknown disse...

Podemos falar muito daquilo que está mal na educação, mas a questão é so uma: tem que se estudar! Já tive em varias escolas, com vários professores, e o meu rendimento sempre foi o mesmo. Quem estuda, nao tem medo dos exames.

Ana Ferreira disse...

Fiz o secundário e fiz o ensino superior. Este último na Universidade do Minho. Penso que em ambos os sistemas de ensino, o trabalho de casa e de preparação quotidiana é a melhor forma para que cada aluno tenha sucesso e crie óptimas estruturas para o mercado do trabalho. A meritocracia está aqui!
Se o discurso, na aula, for expositivo, o trabalho de casa terá que ser prático. Ou seja, qual a utilidade desta matéria no mercado de trabalho?
Os exames são um dos instrumentos que, a meu ver, não é a melhor forma de qualificar um aluno. Ninguém vale números. O valor de cada aluno está na capacidade de autonomia, reponsabilidade, intervenção e espírito crítico. Isso mede-se pelos trabalhos desenvolvidos e pela capacidade criada de fazer investigações... Deixemo-nos de modelos impositivos e optemos pelo modelo democrático de ensino.

FutebolDistrital disse...

A culpa disto tudo é dos professores, que nada merecem..

São um nojo estes professores e deveriam ser avaliados, e avaliados com regras sérias, com exames no final do ano, e caso não dominassem a matéria era olho da rua com eles, porque existe professores e muitos jovens, que precisam de trabalhar e com maiores qualidades..

É uma vergonha isto..

Alguns professores deviam era ser proibidos de ensinar.

Enfermeira Ângela Baptista disse...

Boa tarde
Considero que a avaliação deve ser antes de mais contínua. Discordo que 90 mint de uma prova tenha 50% de influência na média final de um aluno.O momento do exame pode benefeciar alunos que até tiveram sorte,e correu bem a prova e prejudicar outros que andaram três anos com médias brilhantes.Reduzir o ingresso ao ensino superior com uma prova do tipo do exame nacional é ignorar as competências globais de um aluno e todo o seu percurso,não são 90 mint que decidem o perfil de uma pessoa para determinada profissão para além do que esses 90 mint não traduzem o percurso de aluno.

Sílvia disse...

Ola!sou a silvia tenho 21 anos e finalizei o 12º com media de 15.3valores e tive boas notas nos exames e entrei em direito mas com o passar do tempo nao me agradou muito o curso entao decidi abandonar o cruso e mudar para outro e ja tinham passado dois anos desde os meus exames nacionais e agora 3 anos dps de ter feito o exame de portugues vou ter repetir o exame e a materia ja nem é a mesma e agora pergunto:como é que eu vo conseguir tirar uma nota minima de uma materia que nada tem a ver com o que eu estudei?

giL disse...

Concordo de todo com a espectadora que escreve que os exames deveriam ser feitos pelas universidades.
Chega a ser ridículo a prova de ingresso de certos exames que nada tem a ver com o que é exigido para o ingressar.
A universidade entao elaborava um exame com aquilo que achava adequado para o curso e havia de ser certamente a chave para a conclusão literária: a especialização específica.
Obrigado,
bom programa!

Divagações disse...

Boa tarde Drª Fernanda Freitas,
Antes de mais, deixe-me felicitá-la pelo fantástico programa que protagoniza com tamanha capacidade.

Encontro-me neste momento a concluir a minha Licenciatura em Direito. Na minha opinião (e pela minha experiência académica pessoal), a fórmula para o sucesso é uma forte organização e capacidade de estudo metódico. Se estabelecermos metas precisas e definirmos as técnicas correctas para as alcançar, obteremos resultados fantásticos. Muito se fala da falta de preparação durante o ensino secundário, havendo posteriormente fracassos ao nível de ensino superior. Mas o contrário também é verdade!!Confesso que fui uma aluna mediana no ensino secundário por achar as matérias desinteressantes e "medíocres", contudo estou neste momento a terminar o meu curso superior com grande sucesso e uma excelente média. Parte também dos alunos a auto-responsabilização e auto-motivação para o estudo, não sendo correcto continuarmos a culpabilizar os professores pelos fracassos dos seus alunos!

Obrigado,
Catarina

Deragnu disse...

Eu tentei tirar um curso superior, mas lá chegado, deparei-me com professora a dizer “vocês não percebem nada disto, porque é que não desistem”, entre outras barbaridades; um professor que só escrevia no quadro e a amiúde dava erros de português que fazia apertar a L5 à L4, além de quando corrigido, dizia que isto não é uma aula de português, se derem erros não os penalizo se derem a resposta errada é que é o problema. Para complicar, o tempo não dá para quem trabalha, para funcionários públicos já é diferente e não para todos há-os que trabalham.
Encontrei do melhor e do pior, mesmo.
Anttónio

Unknown disse...

eu concordo que os exames são um bom meio de avaliação. Ninguém está à espera que o ensino universitário aborde os mesmos temas que o ensino secundário. Durante os 12 primeiros anos de ensino, o importante é desenvolver as capacidades intelectuais dos alunos, os seus métodos, etc para que depois, ao chegar ao ensino universitário, qualquer que seja o assunto abordado sejamos capazes de o entender. Eu dou um exemplo, eu estou no 1º ano da universidade e tenho bioquímica e, no 12º ano, optei por ter biologia e não química. Os conhecimentos de quimica 12º seriam importantes, não duvido, mas não essenciais pois a minha experiência (inteligência, metodologia...) me permitiu compreender o necessário. Assim como no exame de português so saem as obras que os alunos aprenderam ao longo do 12º ano... ora qualquer aluno deveria saber responder (e tirar boa nota!) qualquer que fosse a obra que saisse no exame, independentemente de a ter dado ou não.. pois o que aprendeu foi a saber interpretar obras..

ritinha disse...

boa tarde....
sou uma aluna do 12~º ano e pens que os exames sao elementos importantes de avaliação mas nao deveriam terum peso tao grande na avaliação e deveriam ser implementadas estrategias por parte dos professores de forma a que o aluno desde o primeiro periodo contactecom a estrutura identica ao exame...
Acredito que a culpa nao é dos professores, que têm uma carga horária muito elevada, mas sim, concordando com a opiniao abaixo, das pessoas envolvidas na formulação dos programas...

FutebolDistrital disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Deragnu disse...

Em relação aos exames, estou muito dividido, pois vi alguns e algumas com determinadas práticas, para passar nos exames, e não funciona para aqueles que não tem feitio nemjeito para tal. E tanto para dizer....

Anttónio

qrestina disse...

Os exames nacionais avaliam os conteúdos científicos de cada disciplina.

A assiduidade, comportamento, empenho, trabalhos de casa, etc, é algo que beneficia o aluno em si. Nunca recebi prendas por ter boas notas - sempre tentaram consciencializar que as boas notas, por si só são o prémio (para nós, e não para os pais).

Além do mais, o que significa empenho para um professor difere para outro professor, e seria absurdo que houvesse critérios subjectivos na avaliação a nível nacional.

Os bons alunos que conheci não foram prejudicados pelos exames. Talvez com a excepção de medicina ou outros cursos em que as décimas são fundamentais, se houver uma boa margem, não há grande problema. E, se não conseguir entrar nesse ano, entra no seguinte.

Parece-me que, muitas vezes, lidamos mal com o stress e com a frustração. Talvez fosse mais importância investir em aulas de inteligência emocional para conseguir contornar os traumas dos exames! ;)

Ângela MRS disse...

Talvez devesse existir um exame de Educação Física... E uma prova prática, para disciplinas como Tecnologias de Informação e Comunicação... E um exame oral de Inglês, afinal é uma disciplina fulcral para quem decida ingressar no ensino superior!
...Ou talvez se devesse simplesmente dar maior importância àquilo que realmente acontece dentro das salas de aula, de modo a que os alunos estejam preparados para aplicar aquilo que aprenderam, e não apenas debitar a matéria em exames feitos a nível nacional... e por vezes com erros!!!

Rita disse...

turma 11: concordo perfeitamente, mas o problema é que no ensino secundário o aluno não aprende nem a pensar por ele próprio, nem a interpretar, logo não sabe interpretar qualquer obra. o que o aluno aprende no ensino secundário é a decorar matéria.

ritinha disse...

concordo que os exames possam ser instrumentos bons para a avaliação dos alunos se ao longo dos anos de ensino forem preparados para isso, isto é, que o professor enquadre s seus testes nos meodos usados nos exames assim seria facilitado o trabalho do ano. Acredito que se os alunos poderiam ter mais sucesso se o programa nao fosse tao exageradamente grande e complexo, ai o ministerio perde muito....
Penso que muita coisa tem que mudar no nosso ensino de forma a que possamos ser muito melhr preparados...

CF disse...

Boa tarde!
Em relação aos exames, na minha opinião eles têm como função aferir conhecimentos e não devem ser vistos como elemento único de avaliação, porque não o são! desta forma é possível (deveria) normalizar avaliações de professores mais exigentes e avaliações de professores menos exigentes.
Em relação ao prática experimental, há alguns anos atrás existiu durante alguns anos, poucos, (como tudo o que está bem no ensino) TLB, TLG e TLQ (técnicas laboratoriais de biologia, de geologia e de Química) mas estas disciplinas foram retiradas dos currículos. Na minha opinião é urgente retomar estas disciplinas, pois a sua introdução nas disciplinas existentes não está a dar os melhores frutos e como tal temos jovens a chegar à universidade sem que tenham utilizado alguma vez uma pipeta!

shine disse...

estou no primeiro ano do curso de direito da faculdade de coimbra e admito que estou a ter bastantas dificuldades, principalmente na linguagem, pois nao se compara à do secundario.

na faculdade é muito mais complexa e muitas vezes os proprios professores usam palavras que nem existem, como seria normal com os termos juridicos.

mas direito é um dos cursos que a preparaçao que temos no secundario é muitissimo fraca..

a culpa do nosso insucesso é nossa, temos de trabalhar muito para o conseguir!

ritinha disse...

os exmaes poderiam ser bons instrumentos de avaliação se os alunos fossem consciencializados e preparados desde o inicio do ano para a sua estrutura
. Mas por conta da falta de tempo dos professores dadas as exageradas horas que passam na escola com trabalhos ditos de escola quando poderiam ser uteis noutros sitios como salas de apoio.

Andromeda disse...

Eu já sugeri uma alternativa (num comentário anterior), a realização de trabalhos teóricos e práticos, tal como acontece nas universidades.

Unknown disse...

Terminar o Ensino Secundário com um certificado? Exames feitos pelas Universidades? Sem critérios uniformizantes?É isso que o Pres. da Assoc. de Pais propõe?
Parace mais a receita para um desastre, então teríamos um desnível total entre Universidades.Haveria ainda mais Universidades de primeira e Universidades de segunda

shine disse...

os exames sao muito importantes, pois se na faculdade somos avaliadas por exames deveriamos era até começar a fazer exames no
quinto ou sexto ano.

eu tive area de projecto e estudo acompanhado e apenas tenho uma palavra para as descrever palhaçada, pois os professores nao estao minimamente preparadas e apenas fui para la passar tempo...

Marcelo Al disse...

Bom dia a todos, eu sou um aluno do 8° ano e tmb tenho algo a dizer

Tiraram as provas globais que para mim seriam mais justas que os exames, agora se roubarem os exames de nosso país ai é que estamos mesmo fritos, o nível de educação está abaixar cada vez mais a nível Europeu e pelos vistos as medidas que estam a ser tomadas servem unicamente para tapar os olhos a quem já não vê!

obrigado pela atençao

Lita disse...

Olá. O meu nome é Liliana e sou estudante de artes visuais do 12º ano.
Este ano tenho exame de Desenho A, penso que o exame a esta disciplina é desnecessário, pois como pode um exame subjugar dois anos inteiros de trabalho?

Deragnu disse...

Realmente é melhor voltar às bases; os métodos de ensino no ensino básico. Professores de apoio, mesmo existindo vejam as estatísticas na recuperação de alunos. Passam horas em trabalhos manuais e recreio, como podem saber a tabuada se nem falam nela?....

Anttónio

Andromeda disse...

Já agora, gostaria de dizer que acho imensa piada que certos alunos se queixem da má preparação que recebem no ensino secundário e depois vão para a rua protestar contra as aulas com duração de 90min. Na faculdade aulas de 90/120min serão a norma e não é raro haver aulas de 180min. Queixam-se da preparação mas depois não a querem.

CF disse...

Boa tarde!
Em relação aos exames, na minha opinião eles têm como função aferir conhecimentos e não devem ser vistos como elemento único de avaliação, porque não o são! desta forma é possível (deveria) normalizar avaliações de professores mais exigentes e avaliações de professores menos exigentes.
Em relação ao prática experimental, há alguns anos atrás existiu durante alguns anos, poucos, (como tudo o que está bem no ensino) TLB, TLG e TLQ (técnicas laboratoriais de biologia, de geologia e de Química) mas estas disciplinas foram retiradas dos currículos. Na minha opinião é urgente retomar estas disciplinas, pois a sua introdução nas disciplinas existentes não está a dar os melhores frutos e como tal temos jovens a chegar à universidade sem que tenham utilizado alguma vez uma pipeta!

Diana disse...

Boa tarde.

Sou aluna do penúltimo ano do curso de Tradução, na universidade de Aveiro.

A minha avaliação é feita de forma contínua, por escolha pessol, uma vez que poderia optar por avaliação mista(contínua+exame final) ou avaliação final (epenas um exame no final do semestre). Este é o espírito de Bolonha. Avaliar os alunos pelo seu trabalho ao longo de cada semestre, o que é muito vantajoso para mim.

Não podiam, os estebelecimentos de ensino secundário optar por propor aos alunos um destes três tipos de avaliação?

Godflesh disse...

Boa tarde.
Eu tenho a opiniao que os exames nao sao inteiramente justos. Actualmente sei que nao se faz exames a todas as disciplinas.
Eu no meu 12 ano fiz exame a 5 disciplinas (quimica, fisica, matematica, portugues e geometria descritiva B).
Antes tinhamos que escolher 2 de 4 (quimica fisica biologia e geologia) e 1 de 2 (geometria e psicologia).
Para maior parte dos cursos geometria e psicologia nao interessavam para ninguem! nao era prova de acesso... e nao teria utilidade na universidade.
Chumbei o 12 ano por 4 decimas a um exame, geometria, que nao me interessava para nada. Acontece...

Unknown disse...

Olá, sou a Alexandra e sou estudante do 12ºano.

Na minha opinao, os exames nao são a escolha mais indicada para a avaliação dos alunos.

Por exemplo, os alunos da área de Artes, terão de fazer, este ano, três exames (e alguns até quatro) em dias consecutivos.

Entre eles está o exame de história da cultura e das artes, uma disciplina bienal, sendo o exame desta também bienal.

Será possivel? Será possivel eu fazer um exame que abarca matéria de 2 anos de uma disciplina teórica e que cheia de termos técnicos de arquitectura, escultura e pintura? Isto além da contextualização, o tempo, o espaço.. entre outras.

Basicamente tenho de saber a matéria de 2 anos, que vai desde a pré historia até aos dias de hoje!

Se para um teste fico duas semanas a estudar, todos os dias um bocadinho, o que por vezes é impossivel... sendo as directas a unica opção... como conseguirei eu saber 2 anos numa semana??

E quem diz o exame de hca, diz o de tantas outras... é impossivel.

Há uma ou duas semanas que durmo 2 horas por dia... para conseguir acabar o 12ºano com uma nota boa. Quando acabar: mais uma semana para esudar para os exames.

Unknown disse...

Olá, sou a Alexandra e sou estudante do 12ºano.

Na minha opinao, os exames nao são a escolha mais indicada para a avaliação dos alunos.

Por exemplo, os alunos da área de Artes, terão de fazer, este ano, três exames (e alguns até quatro) em dias consecutivos.

Entre eles está o exame de história da cultura e das artes, uma disciplina bienal, sendo o exame desta também bienal.

Será possivel? Será possivel eu fazer um exame que abarca matéria de 2 anos de uma disciplina teórica e que cheia de termos técnicos de arquitectura, escultura e pintura? Isto além da contextualização, o tempo, o espaço.. entre outras.

Basicamente tenho de saber a matéria de 2 anos, que vai desde a pré historia até aos dias de hoje!

Se para um teste fico duas semanas a estudar, todos os dias um bocadinho, o que por vezes é impossivel... sendo as directas a unica opção... como conseguirei eu saber 2 anos numa semana??

E quem diz o exame de hca, diz o de tantas outras... é impossivel.

Há uma ou duas semanas que durmo 2 horas por dia... para conseguir acabar o 12ºano com uma nota boa. Quando acabar: mais uma semana para esudar para os exames.

lady_blogger disse...

Ontem fui testar um software que utiliza umas canetas para escrever no monitor do pc, e ocorreu-me a ideia de a ter de se fazer exames e para evitar as cábulas poderiam ser todos os testes feitos em computadores que não tivessem acesso à internet. Já pensaram nisso? Os alunos deixariam de levar as respostas já feitas e copiar pelos colegas poderia ser mais difícil (caso se deitasse o monitor).
Fica a sugestão.

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Quem saberá mais sobre uma matéria: um aluno que ao longo do ano demonstrou conhecimentos sobre o que se foi falando nas aulas, ou um que é bom a decorar e "empinou" tudo para um exame e na semana seguinte já nem lembrava de nada?
E depois os exames têm o peso que nós sabemos: a maior parte da nota.

CC

Maria Mendes

Joana disse...

Boa tarde, sou uma aluno do 12º ano e vou este ano realizar os exames nacionais. Estes vão, literalmente, determinar toda a minha vida. Na minha opinião é injusto que um simples exame determine tanto a entrada ou não na universidade.

Para mim, a solução para este "problema" passaria pela realização mais frequente de testes intermédios. Estas são provas que vêm do ministério e são realizados em todos as escolas, tal como os exames. Contudo, vamos realizando estes testes ao longo do ano. Actualmente, estes testes servem para preparar os alunos para os exames.

A avaliação pelos testes intermédios, para além de impedir injustiças que se verificam de escola para escola na avaliação interna, impedem que uma , por exemplo, indisposição no exame nos venha a custar a entrada na faculdade.

lady_blogger disse...

Não me admira que o sucesso no secundário tenha crescido. Tenho uma amiga quase na reforma que diz que hoje em dia quase a obrigam a dar positiva a todos, e que se der negativa o aluno pode sempre recorrer. Agora o difícil é chumbar.
Já nenhuma nota é válida, e não há a exigência de tempos idos. Antigamente era-se obrigado a saber para se transitar de ano escolar, actualmente quem nada sabe até pode ter a sorte de passar de ano. Parece inacreditável...
Estamos a falar de educação, ou de falta dela...?


CC

Maria Mendes

Diana disse...

Concordo com o atreides, num exame final não se avaliam as competências práticas de um aluno, e para vencer no mercado de trabalho e teoria não serve de muito.

lady_blogger disse...

É isso mesmo Diana.

CC

Maria Mendes

Joana disse...

Por acaso não concordo nada. Os exames estão a tornar-se cada vez mais virados para a avaliação de competências e não de saberes.

Dos exames que realizei o ano passado, fiquei com a sensação que podia ter ido quase sem ter estudado. Tinha-mos sim de aplicar alguns dos conhecimentos a situações totalmente novas, que nos levavam a "puxar pela cabeça".

lady_blogger disse...

Joana não queira generalizar. O seu caso foi um dos poucos entre muitos. Teve sorte.

CC

Maria Mendes

Unknown disse...

Tenho pena de só ter conseguido entrar agora aqui no blog para dar a minha opinião.
Sou completamente a favor dos exames nacionais, pois só aí há uniformidade de avaliação, e só nos exames nacionais os alunos de escolas públicas conseguem alcançar os alunos de escolas particulares com médias altissimas (na maioria das vezes compradas). Sim porque se não fossem os exames nacionais a maioria dos alunos que entravam nos cursos seriam os do privado!!!!

Também concordo que não é a nota do exame que diz se o aluno será bom no curso onde entrar, mas acabar com os exames nacionais JAMAIS! Senão todos os alunos sairiam do ensino público.


E bom aluno que é na verdade bom não deve ter medo dos exames :)

lady_blogger disse...

Os alunos e também os professores devem ser avaliados, mas um exame final pode representar alguma pressão não querendo isto dizer que os avaliados não saibam a matéria, isto porque por vezes é muito pouco o tempo para demonstrar tudo que sabem ou julgam saber.
Por outro lado os exames são a melhor forma de avaliação para quem não quer estudar ao longo do ano lectivo ou para quem prefere cabular.
Sobre as questões relativas a ensino público e privado, concordo que haja uma forma de avaliação final idêntica. Já quanto ao ensino superior privado é melhor nem demonstrar o meu parecer sobre alguns institutos que mais parecem prolongamentos de liceu.

CC

Maria Mendes

Anónimo disse...

Antes de mais, felicitações pelos temas debatidos no programa.
Queria acrescentar que julgo já ter ouvido antes o sr. dr. representante dos pais (perdoem a imprecisão), e, apesar de admirar o fervor empenhado na defesa das suas verdades, descreve o sistema educativo em geral com uma tal ligeireza q parece q já se esqueceu do seu pp percurso académico, especialmente na transição secundário-universidade. Com o devido respeito, soa tão senso comum e tão descolado da realidade académica, que me espanta. As suas propostas estão tão longe de ir ao encontro das dificuldades que os alunos sentem. Não devemos menosprezar o senso comum, mas o sistema de ensino requer respostas assentes em bases pedagógicas sérias, na inteligência e não na "esperteza". Enquanto estudante, já na universidade, parece-me que o representante da associação dos pais, devia lembrar-se das exigências q também ele sentiu na vida académica universitária.