Aproveitando a estreia na RTP2 da série "A vida normalmente", que retrata as problemáticas de 10 bairros sociais, o Sociedade Civil reúne os melhores especialistas e traz a temática para discussão.
A excessiva concentração das famílias realojadas e a falta de acompanhamento social são as principais críticas apontadas ao Programa Especial de Realojamento. Assim, quando falham os mecanismos integradores ou quando falha o trabalho, um dos principais motores de inserção, o que podemos esperar? Saiba tudo e participe neste Sociedade Civil Especial às 23h45.
Convidados:
Fernanda Câncio - jornalista e co-autora "A Vida Normalmente"
Abílio Leitão - realizador e co-autor "A Vida Normalmente"
Virgínia Sousa - Coordenação operacional da Iniciativa Bairros Sociais do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
Fernando Santo - Bastonário da Ordem dos Engenheiros
A excessiva concentração das famílias realojadas e a falta de acompanhamento social são as principais críticas apontadas ao Programa Especial de Realojamento. Assim, quando falham os mecanismos integradores ou quando falha o trabalho, um dos principais motores de inserção, o que podemos esperar? Saiba tudo e participe neste Sociedade Civil Especial às 23h45.
Convidados:
Fernanda Câncio - jornalista e co-autora "A Vida Normalmente"
Abílio Leitão - realizador e co-autor "A Vida Normalmente"
Virgínia Sousa - Coordenação operacional da Iniciativa Bairros Sociais do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana
Fernando Santo - Bastonário da Ordem dos Engenheiros
26 comentários:
Excelente iniciativa!!! Um programa vosso à noite. Assim todos podemos ver :)
Venham mais!!
é urgente repensar a estratégia de destribuição dos emigrantes e dar-lhes as condições devidas porque é nestes bairros que é imperativo demonstrar afecto e respeito porque são zonas de muito fácil combusião. Antes de sentirmos na pele o mesmo que os franceses sentiram temos de fazer mais por estas pessoas e por nós também,
Nuno Moura de Lousada
Quando criança cheguei a morar uns anos num bairro social, que a meu ver pouco tem hoje em dia de social.
Os bairros sociais poderiam funcionar como casas de ajuda temporária a carenciados. Alguém que hoje é economicamente carenciado, em breve até pode deixar de o ser, e quanto a mim a partir desse momento não fará sentido continuar a usufruir de habitações sociais, pois há muitas pessoas a precisar desse tipo de alojamento e que ainda não conseguiu.
Preste-se assistência social a quem precisa e não a quem já deixou de precisar.
Fica mais esta sugestão.
Logo vou tentar ver o SC. Entretanto tenho de ir passear o cão.
CC
Maria Mendes
Estava eu a fazer zaping e apanhei o documentário a meio, mas fiquei logo atento e adorei a reportagem. O caso da Mónica entre outro, que simplesmente procura lutar pelos seus sonhos e, assim, tentam mudar as mentalidade e procura uma igualdade de oportunidades, poderemos até mesmo comparar com a discriminação que há com as pessoas com deficiência. Senti mesmo uma ligação a aquelas pessoas, injustiça social.
Parabéns pela reportagem:)
Pedro Monteiro
Acabei de ver a reportagem sobre o tema do bairros sociais.
A jovem que apresentam, é mostrada como um modelo positivo das pessoas que habitam nestes tipo de bairros. Mas deixo umas perguntas?
Donde surge a criminalidade recente que vamos presenciando em Portugal?
Procuraram bem os jovens destes bairros?
Quais as nacionalidades que vivem nestes bairros?
Boa noite Fernanda e convidados,
Esta temática não me é estranha pela minha experiência e pela minha formação de arquitecto.
O contexto em que se inserem estes bairros surge de uma necessidade de eliminação da habitação precária e da melhoria das condições de vida das populações mais desfavorecidas. A ausência de uma melhor integração e identificação com a sociedade e o carácter marginal que assumem é reflexo da falta de investimento na formação cívica e escolar destas populações em particular das gerações mais velhas e que levam a 2ªs gerações às quais lhes faltam ferramentas de base que deviam ter decorrido da própria família.
São necessárias políticas de integração no tecido urbano e no tecido sócio-cultural da cidade, o que ainda não acontece. Na Suécia existem políticas de integração de pessoas mais desfavorecidas, desde estrangeiros a refugiados entre outros, dando beneficios a cidadãos suecos para se instalarem nesses bairros e servindo de elemento integrador para essas pessoas.
Falou-se dos exemplos do bairro de Alvalade, do Arco do Cego, etc sem dúvida bairros, mas em contextos sócio culturais muito diversos dos bairros sociais que encontramos hoje em dia que são dormitórios sem vivência urbana integrada no quotidiano urbano.
Existindo modelos de integração social estudados ao nível da sociologia e arquitectura, como é possível que hoje em dia ainda não se consigam criar condições para integrar estas populações?
Tudo o que ocorre tem causas antecedentes que fazem com que as coisas sejam de uma forma determinada. A empatia generalizada seja meritocracia impede uma análise crítica sobre essas causas antecedentes às quais as escolhas individuais sao alheias. Os bairros espelham isso mesmo. Descobrir um rockefeller num bairro é impossível. E mesmo descobrindo 1 em 1000 nao faz a regra de "quem se esforça consegue"
Ps- Gostava que alguém explicasse porque é que a integração é enquanto conceito em si algo positivo.
Atenção que a reportagem sobre a Abelheira em Quarteira devia de ser do conhecimento dos cometadores.
Existe uma escola colada ao Bairro, existe a fundação Antonio Aleixo, existe mais uma escola Secundária. Ou seja dá a impressão que estamos a falar de um gueto. Sou presidente de um clube de atletismo onde tentamos integrar estes jovens.
www.cdq.co.pt
Seri importante ouvir aqueles que tentam entrar nesse mundo, não é a GNR que lá coloca carros mas são os de lá que os levam para lá... é importante repensar, é penas que não esta a ser debatido este problema mas a falar do Porto etc...
Boa noite caríssimos senhores.
Quanto a mim o grande problema que se coloca quando se fala de bairros sociais é um certo de excesso de teorias vinda de pessoas que não percebem nada da realidade social existente nesses mesmos bairros.
É um facto que há gente de todos os géneros nos bairros sociais, pessoas boas e pessoas más, mas é inegável que quando se constrói um bairro social toda a área envolvente se vê mergulhada numa onda de criminalidade que até ai nunca se havia visto e quem duvida deste facto basta verificar a quantidade de estabelecimentos comerciais que fecha meses após a criação de um bairro social, as estatísticas de roubos nas respectivas áreas ou o valor imobiliário das casas que envolvem os bairros que descem drasticamente.
Eu vivi perto de um bairro social e o que vi foi uma auto-exclusão das pessoas que ali residiam e não um exclusão dos habitantes que os circundam. Foram criadas bons equipamentos à volta, escolas, parques e agora está tudo destruído.
De quem é a culpa? De quem os realojou? Das câmaras? Dos urbanistas?
Não sei, mas minha não é e quer queiram quer não, gostem ou não os bairros sociais são cancros.
Boa noite, como Arquitecto acho estranho não ter sido convidado nenhum profissional da área da Arquitectura, estes sim responsáveis pelo estudo, desenho e modelo do conceito de habitação social (obviamente salvaguardando a multidisciplinariedade exigida a qualquer trabalho no âmbito social). Continuamos a viver no país em que os engenheiros brincam aos Arquitectos?
Gostaria de perguntar À sra Fernanda Cancio quem é que hoje em dia tem dinheiro? Eu vejo-me à rasca para ter comida até ao fim do mês em casa e ainda hoje tive que arrotar mais de 300 euros em propinas, apoios para mim não os há, assim como para os restantes jovens que se desgraçam a trabalhar em call-centers e trabalhos da treta do genero e que nunca vão poder ter uma casa própria na vida, nunca!
Justiça? Cada um segundo o seu trabalho.
Cara Equipa da Sociedade Civil, sobretudo à Fernanda e aos seus convidados. Eu conheço esta realidade já à 3 anos e estou a acompanhar alguns projectos com a Associação «A Partilha» do Bairro do Zambujal, na Buraca, Concelho de Amadora, e o trabalho que eu tenho estado a ajudar volutáriamente, e com todo o prazer, têm sido moroso e sobretudo deu para conhecer mais por dentro destes bairros. Infelizmente quero pedir a responsabilidade à própria sociedade civil em geral por estigmatizar estes cidadãos que são pessoas normais e que vivem uma vida tão normal que cada um de nós. Eu tenho conhecido muitos jovens, idosos e adultos com uma consciência e responsabilidade em zelar e apresentar aos «estranhos» o que de bom se faz no bairro mas o que faz criar conflito é com muitos jovens que se encontram com «más companhias» em que a criminalidade é o que se destaca. Neste bairro residem africanos e ciganos e garanto, publicamente, que quem não cria mais conflitos com todas as pessoas, seja de que raça forem, são os africanos, eu tenho tido na minha vida, pessoalmente, um certo ódio ridículo e estúpido por causa da morte do meu avô que tombou na Guerra Colonial na Guiné e sempre tive ódio aos africanos. Depois de estar envolvido inicialmente com a Igreja Católica na minha Freguesia (Queluz), apareceram muitos africanos, sobretudo refugiados da Guiné-Bissau, comecei a ter mais empatia e simpatia pelos africanos até hoje gostar de me envolver com os africanos. E a análise que eu tiro é que os africanos são mais humildes que os ciganos. Mas o pior de tudo é que o Estado que deveria de fiscalizar alguns agregados familiares, eu por exemplo me encontro desempregado de muito longa duração, são 3 anos no desemprego e com bastante insucesso profissional, não recebo Rendimentos Sociais de Inserção, não tenho carros de luxo (apesar de gostar mais de andar de transportes públicos), não tenho uma casa assim tão rica e não mostro o que tenho mais caro o Estado não retira direitos que estes cidadãos estão a usufruir quando outros poderiam usufruir de forma simples e humilde. Por me encontrar desempregado, dou graças a Deus a toda equipa desta associação por me acolher e sobretudo agradeço do fundo do coração à População do Bairro do Zambujal que me acolheu de braços abertos e estarei sempre de mão em punho na defesa deste bairro, como de outros que terei todo o gosto de receber o convite e ceder parte dos meus conhecimentos profissionais e sobretudo de personalidade, porque é do homem que faz a pessoa.
O tema é bom, mas o conteudo do programa é repetitivo!
Atrevo-me a dizer que as reportagens acabam por ser quase um "copy-paste" de anteriores. Os intervenientes têm exactamente as mesmas ideias de à 10 anos atrás!
O mal está:
- pais que estão ausentes de casa durante mais de 12 horas, porque têm empregos precários;
- concentrações avultadas de membros de determinadas etnias que raramente se enquadram no estilo de vida típico Português, reflectindo-se muitas vezes no insucesso escolar, no insucesso profissional, isto para não falar no pessoal, já dizia o Napoleão, dividir para reinar...;
- será que a política de bairro social está correcta?
Termino com uma pergunta bem mais interessante e que se calhar revitalizaria e muito os centros das grandes metropoles:
- arrendamento para jovens, não?
Cumprimentos,
Pedro Guerreiro, Cacém
Sempre que se fala de bairros surgem estas opiniões pouco informadas que relacionam a nacionalidade com a delinquência.. Há alguém aqui capaz de estabelecer uma relação entre determinada nacionalidade e criminalidade. A nacionalidade refere geografia de nascimento, de vivência ou de antecedentes genealogicos. Qual a relação causal defensável entre geografia, nos termos mencionado??
Ps- peço novamente que se alguém for capaz de explicar qual o valor positivo em si do conceito de inclusão/integração agradeço.
Parabéns pelo programa. Profundamente inspirador e, simultaneamente crítico e construtivo.
Bairros Sociais:
Boa Noita Fernanda Freitas:
É realmente lamentalvel, especialmente em Lisboa, quando esses essas habitações são atribuídas a etnias não Portuguesas..., estamos na Europa de muros altos ou não?...!!!
Olhemos para o Porto, não acontece nada do que se vê em Lisboa, existe tanta Família Portuguesa Carenciada e em pensões colocada pela assistência Social da Segurança Social; porque não os bairros para quem merece e não famílias de cariz duvidoso..., que sabemos existir...!!!; sou dsempregado, será que não terei direito a 1 habitação social; só as outras etnias pelos vistos..., sempre paguei os meus impostos...!!!
À algo de errado nisto em muitas FAMÍLIAS..., SEJAMOS EUROPEUS, levantemos a Europa dos "Muros" altos...!!!
Fica aqui a minha indignação...!!!
F.S.
Bairros Sociais:
Boa Noita Fernanda Freitas:
É realmente lamentalvel, especialmente em Lisboa, quando esses essas habitações são atribuídas a etnias não Portuguesas..., estamos na Europa de muros altos ou não?...!!!
Olhemos para o Porto, não acontece nada do que se vê em Lisboa, existe tanta Família Portuguesa Carenciada e em pensões colocada pela assistência Social da Segurança Social; porque não os bairros para quem merece e não famílias de cariz duvidoso..., que sabemos existir...!!!; sou dsempregado, será que não terei direito a 1 habitação social; só as outras etnias pelos vistos..., sempre paguei os meus impostos...!!!
À algo de errado nisto em muitas FAMÍLIAS..., SEJAMOS EUROPEUS, levantemos a Europa dos "Muros" altos...!!!
Fica aqui a minha indignação...!!!
F.S.
Os muçulmanos são uma comunidade bastante diferente de nós e não andam aí a fazer mal ao proximo...o problema chamasse impunidade! Andassem vocês no mundo real e não andavam a pintar um mundo como pintam.
Se "obrigassem" as pessoas a trabalhar talvez elas começassem a integrar-se mais cedo, pelo menos era um bom começo.
Alguma vez perguntaram aos contribuintes pagadores de impostos se estão dispostos a pagar esses bairros e rendas a essas pessoas? é que eu fui obrigado a vir trabalhar pro porto de tras-os-montes porque o pais não investe na minha terra, ganho 700eur por mes e vejo-me literalmente á rasca pr pagar a renda e a gasolina para o carro com 13 anos e vejo essas pessoas com bmw á porta desses bairros com rendas ridiculas. por mim todos na rua já
Dra Cancio esclareça-nos só quantos seguranças vai levar para os bairros que referiu.
A pergunta tem a ver com o valor em si da integração. Eu posso integrar um sueco em portugal e isso nao garante que ele fique uma pessoa melhor.
So isso.
Às vezes sem perceber se estão a falar da mesma coisa que eu, há muito boa gente nos bairros sociais, mas a maioria da juventude (segundas gerações de imigrantes) não merecem nem o que comem. Obrigar uma criança a frequentar as mesmas escolas que essa bicharada é que é um crime. Infelizmente só deus sabe o que eu passei na 2,3 de casal de cambra, a 20 metros de um bairro social.
Concordo com o que diz Pedro de Castro e tento responder. Por falta de vontade politica, por falta de civismo e ambição, porque a mentalidade do alguém virá resolver tudo, deixada pelos fascistas ainda hoje é um traço do que nos faz quem somos.
Não acredito no conceito de bairro social. Acho que as populações devem ser diversificadas e não separadas devido a estatuto económico. Em vez de gentrificação e gethos deveríamos juntar tudo e todos de forma que todos usufruam das mesmas oportunidades.
Porque é que este programa está no ar tão tarde?
Olha, maldiçãododia,
se quando andavas nessa 2+3 ja dizias as baboseiras que escreves agora então deus não só sabia do que tu passavas como fazia figas para que continuasse.
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