Nos últimos cinco anos os registos de violência contra idosos triplicaram, passando de 8 mil casos para 25 mil. Os números podem indicar um aumento da prática deste crime, como também evidenciar o acréscimo de queixas.
Em Junho deste ano, Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República, mostrou-se preocupado com este tipo de violência e com a existência de casos que não são denunciados, alertando para a existência de queixas contra médicos.
A Associação de Apoio à Vítima regista, por dia, cerca de 4 casos de violência contra idosos. Além da violência física, a associação preocupa-se com casos de exploração financeira e de decisões ilegais por parte de familiares.
Neste Sociedade Civil reunimos os principais especialistas e procuramos soluções para dar voz às vítimas.
Em Junho deste ano, Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República, mostrou-se preocupado com este tipo de violência e com a existência de casos que não são denunciados, alertando para a existência de queixas contra médicos.
A Associação de Apoio à Vítima regista, por dia, cerca de 4 casos de violência contra idosos. Além da violência física, a associação preocupa-se com casos de exploração financeira e de decisões ilegais por parte de familiares.
Neste Sociedade Civil reunimos os principais especialistas e procuramos soluções para dar voz às vítimas.
Convidados:
Carla Sérgio - Gestora APAV Odivelas
Luís Elias - Subintendente do Departamento de Operações da Direcção Nacional da PSP
Rosa Araújo - Directora do Centro Distrital de Lisboa da Segurança Social
Elisabete Oliveira - Vereadora da Acção Social CM Oeiras e representante da CNAF
16 comentários:
Quem violenta um idoso, esquece-se que talvez chegue à velhice e que também poderá ficar ao cuidado de alguém semelhante.
Já dizia o velho ditado: "Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti."
E os idosos são o testemenho escolástico de vidas tão diferenciadas. São a nossa história, a família, até a nossa vida ou quem directa ou indirectamente nos deu a vida.
Ajudem os idosos a envelhecer com a dignidade que merecem!
CC
Maria Mendes
A crescente violência a idosos significa o progressivo envelhecer da população portuguesa e o aumento da falta de respeito para com uma geração que na sua maioria já está reformada e dependente de outrém.
Nós também já dependemos deles e agora temos de os ajudar se dependerem de nós. Onde está o dar e receber amor? Quem faz isso, consegue dizer-se um bom religioso e ter espírito solidário e natalício? Mentira. É sim alguém sem valores e muito virado para o seu umbigo, e incapaz de amar sem cláusulas.
Sejamos amigos dos outros sem olhar a idades!
CC
Maria Mendes
Fernanda:
se a sociedade Portuguesa esta a envelhecer é natural que a taxa de violência esteja a aumentar. São situações que não conseguimos controlar porque muitas vezes os idosos não têm meios ou a coragem para assumirem, comunicarem estão a ser agredidos porque elas estão condicionadas, dependentes de outrem.
"tendo em conta", ouvi e vi dizer-se por aí. Se fui agredido e violentado, então tenho carta branca, para fazer o mesmo!! Está tudo dito, neste aspecto. Mas muito mais haveria, começando por ouvir quem mantêm familias filhos exemplares, mas estes não dão audiências, só, SÓ vem falar de respeito e amor, (chatisse).
tt
Os quadros de violência emergem sempre de problemas sociais complexos onde os mais vulneráveis são sempre os primeiros a pagar a factura destes mesmos desajustes...
(Crianças e Idosos)
O Stress, o desemprego, as dificuldades financeiras, a falta de tempo, a quebra dos laços familiares devido à mobilidade etc...tudo são causas ora mais directas ora mais indirectas para que no mundo competitivo contemporâneo se desvalorizem aqueles que supostamente já não têm uma "utilidade" evidente...
Vivemos sob o facho ilusório de uma pseudo-eficácia e de um simbolismo concretizador imediatista em que já não há lugar para os que têm outro ritmo e outras referencias...a Sociedade infantilizada na sua febre esquizofrénica de consumo e de perfeccionismo simbólico está doente e precisa de ajuda na reconstrução hipotecada dos seus valores de sempre !
Atentamente>FILIPE DE ALBUQUERQUE
O fenómeno de violência a idosos tem-se manifestado como um problema social, em muito silenciado. Quer as investigações académicas, quer os meios de comunicação social trazem à tona a consciencialização individual e colectiva de um problema tão gravoso como este. Ora, relativamente às estatísticas há sempre as "cifras negras", ou seja, um desfasamento entre o que é declarado e vivido, acreditando, por isso, que o aumento das estatísticas não é por si sinónimo de um maior nº de idosos agredidos, mas sim o resultado de um trabalho da sociedade civil em matéria de prevenção e de mediatização dos direitos e deveres de um cidadão idoso. Assim, há sempre uma parte do fenómeno que não é conhecido e, em cada canto do país, pode estar um idoso submetido, marginalizado, mal-tratado nas mais diversas tipologias, como maus-tratos físicos, psíquicos, injúrias, ameaças, coacções, homicídios, etc.
O que lhes faz não apresentar queixa é, de facto, a vergonha, manter o bom nome da família, a falta de coragem, a existência de dificuldades de expressão e ser entendido como "louco" por estar numa idade " isolada",etc.
Apelo, apenas, às autoridades policiais que não ajam localmente e que se associem a campanhas nacionais, feitas por todo o país para que a rede indisciplinar dê frutos e dela possa tirar partido todo o idoso.
Boa tarde,
Acho que é imperativo mudar a forma como a nossa sociedade olha para os idosos. Sobretudo, é essencial mudar a forma como os idosos olham para eles próprios.
É preciso que se olhe para a terceira idade com dignidade, respeito pelo indivíduo e por toda a experiência de vida acumulada, todo o saber.
A velhice só é negativa se assim a encararmos e existem bons exemplos pelo mundo que refutam este conceito. Sublinho os condomínios americanos onde só vivem cidadãos sénior, sendo estes totalmente autónomos. Ou até como são diferentes os turistas idosos que visitam o nosso país, tão mais dinâmicos, autónomos e alegres do que os nossos velhinhos.
Obrigada, Ana Chagas
Boa tarde
Todos os apoios ao idoso existentes,segurança social,apoio domiciliario ou familiar, são ainda mto escassos.
È situação frequente darem entrada nas urgências hospitalares, idosos com traumatismos por queda,em estados "miseráveis" que só são descobertos passados dias e por acaso!
Portanto muito mais é necessário fazer!
Obrigado
A violência sobre os idosos mais que questão ética/moral,é uma questão de falta de valores sociais e humanos.nesta sociédade de hoge impora o nós e o nosso comodismo.tudo é descartável incluindo as pessoas.Ora como os idosos estão on de moda e são um estorvo aos novos logo tornan-se descartáveis.Assim sujeitan-se aos maus tratos fisicos e morais.Vale que os novos de hoge serão os vlhos de amanha.Filho és pai serás,assim como fizeres o acharás.
Boa tarde,
Até à pouco tempo, os meus avôs viviam na província. Os cuidados de que a minha avó necessitava eram fornecidos por apoio domiciliário e pelo centro de dia da sua freguesia. Até ao momento que a minha avó confidenciou que a enfermeira só a tratava bem na presença de terceiros.
Imediatamente, foram trazidos para cá, e é uma sorte a nossa família, entre os meus pais e os meus tios, poderem cuidar deles em casa, com todo o amor e carinho.
No entanto, acho que seria fundamental existir formação básica acessível para quem tem idosos a seu cargo, aumentando a confiança e a dinâmica dos seus cuidadores.
Obrigada, Ana Chagas
Continuo a "bater" na mesma tecla, a questão dos elos partidos. Temos de olhar de outra forma para os idosos, tudo bem; mas a questão é olharmos de outra forma para nós mesmos. Os egoísmos primários, que em outros tempos eram repremidos e socialmente penalizados, porque a base era a doutrina crstã. Quando eu passava por alguém e me esquecia de dizer bom dia, ouvia das boas. "As velhotas" não me perdoavam tinha 5/6 anos e desde há muito tenho saudades delas.
Não se diziam "velhotas", mesmo pobres eram sempre senhoras que lhes chamávamos.
Nessa altura as maiores recordações positivas são de mulheres "grandes", que nunca faziam sucesso só por dizer mal em geral dos homens, aliás, antes pelo contrário.
Até a nivel nacional temos muitos exemplos, e as de hoje? são muito poucas, comparando.
Aonde quero chegar? Aos papeis de cada um e ao nosso desempenho como pessoas de corpo inteiro, com a dimensão necessária para entender o nosso percurso na vida e em sociedade. Inclui as pessoas das Instituições, sejam elas quais forem, embora umas com mais responsabilidade do que outras.
tt
Boa Tarde
Ignorar que eles existem, "não querer saber", um desligar quase por completo, não será outra forma de violência. A complexidade das relações humanas e neste caso, entre pais e filhos, também poderá ser uma das causas para o afastamento e consequentemente, para a solidão.
Mas se estes problemas são uma realidade, em muitos casos eles têm que ter solução. E nunca é tarde demais para remediar as coisas.
Aliás, um dos filmes que vi este Verão foi "Nunca é tarde demais" com Jack Nicholson e Morgan Freeman.. confesso que chorei..
Pois então que nunca seja tarde demais para comunicar, sem alimentar rancores, enfrentar os problemas sempre pela via do diálogo. O PERDÃo mútuo, em muitos casos é fundamental. Não é um sinal de fraqueza, mas sim um sinal de inteligência.
Vivermos de consciência tranquila e em paz interior é fundamental para o nosso bem estar.
Façamo-lo, acima de tudo, por nós..
Martinha
“VIOLÊNCIA CONTRA IDOSOS”
O nosso Sistema Judicial e de Solidariedade dá cobertura a crimes de muita gravidade também nesta área(IDOSOS).
As denúncias e pedidos de investigação feitas às Instâncias Superiores da Nação são enviadas para os criminosos investigarem.
Aguardo com serenidade que os casos que denunciei venham a ser investigados, ainda que para isso eu tenha que sofrer o martírio e actos de terror do Sistema.
As prepotentes Instituições Sócio-Político-Económico-Religiosas alienaram e esmagaram a Pessoa obrigando-a a ser subjugada ao seu serviço.
jose gomes
Enviar um comentário