terça-feira, janeiro 13

Os melhores hospitais para cada especialidade

O Hospital de S. João, no Porto, foi eleito como um dos melhores da Península Ibérica por uma auditoria independente que o comparou com outros 22 hospitais. A eficiência das gestões pré-operatórias ou a baixa taxa de mortalidade e readmissões foram alguns dos aspetos tidos em conta. Um outro estudo, da Universidade Nova de Lisboa, coloca o H.S.João no 2º lugar, pertencendo o 1º ao Centro Hospitalar Lisboa Norte. Mas quando se fala de um bom hospital, em que pensam os pacientes? Nos serviços clínicos, na eficiência dos equipamentos, nas listas de espera ou nos médicos que lá trabalham? Como descobrir um bom hospital e como eleger os melhores no tratamento de determinadas patologias?

Convidados:
Luís Silvestre, Editor da revista Sábado
Adalberto Campos Fernandes, Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria
Ana César Machado, Secretária-Geral da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada
Pedro Lopes, Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares

18 comentários:

martagaspar disse...

Boa tarde.
Posso dizer que com 45 anos, fiz uma histerectomia total nos Covões em Coimbra e fui tratada 5 estrelas. Em 1999, fui operada a um cancro no colon no IPO do Porto e a todos os níveis 5 estrelas. Agora tenho especialidades no Hospital do Alto Minho e nas consulta são 4 estrelas. No particular gastei muito dinheiro e limpo as maos às paredes. Espera longa e muito caro. Aviso meus filhos se eu nao puder falar quero Hospital Público. Amen.

joão disse...

Sou enfermeiro num serviço de medicina do CHLNorte. Devo dizer que quando soube que o meu hospital era o melhor do país me deu vontade de rir. No meu serviço nos últimos 4 anos, aumentou o número de dtes, reduziu-se o numero de enfs, auxiliares, médicos, temos materiais de pior qualidade e a quantidade é identica à anterior. Há dtes que são internados e têm alta sem nunca terem estado numa cama, mas sempre em macas e mtas vezes nos corredores. Isto significa que há utentes que tomam banho à frente de outros, idosos que caem das macas, faltas de lençois, utentes despidos por falta de pijamas. Se isto é o melhor... como será o pior!

roler33 disse...

Olá Fernanda Freitas,

Por muito que se discuta, em todas as avaliações de qualidade há uma que é comum a todas, que é a satizfação do cliente. Façam isso e verão que os resultados se aproximam da verdade.
Não batam nos autores dos estudos, porque numa avaliação de satizfação estamos sempre muito próximos da verdade.

José Maria Bompastor
(Vila do Conde)

Unknown disse...

Boa tarde,
Compreendo a necessidade de se realizarem avaliações e que se emitam pareceres sobre o desempenho das instituições.
Questiono-me em que medida um utente de um hospital pior classificado no ranking não ficará alarmado quanto à qualidade do serviço que lhe vai ser prestado se não puder optar por outro serviço.

O que estáa ser feito para que os hospitais pior classificados melhorem o seu desempenho?

Rui disse...

Fernanda,

Sempre que ligo a TV na 2 fico mais impressionado; grande debate, merecia ser replicado em horário nobre!
Em relação ao tema de HOJE, 2 notas:
1- como podem classificar Hospitais em 1º lugar se nem sequer possuem serviços nessa especialidade (exemplo: Neurologia em Viseu nem sequer possui serviço, tem 2 ou 3 clínicos...)

2- em relação Privados vs Publico concordo com o Dr. Adalberto, não fosse assim quem formava novos médicos??? Os privados visam apenas o lucro e os públicos estão preocupados em garantir o futuro da formação dos seus profissionais e de novos profissionais muitos deles vão depois para o privado; falo de médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico...

Uma vez mais parabéns,
Rui

Unknown disse...

O mais importante num hospital será certamente responder o mais rapidamente possivel às necessidades dos utentes. Pode passar portanto por contratar mais profissionais (de todas as áreas e não só pessoal médico ou enfermagem), já que no caso do Centro Hospitalar Norte (em especial Stª Maria) movimentam-se diariamente centenas de doentes (quer internados quer de ambulatório) e a capacidade de resposta por parte dos profissionais é por vezes posta em causa principalmente pela demora.
A urgência de Stª Maria está cada vez mais caótica e a quantidade de funcionários mantém-se...não me parece coerente...
Deveriam ser contratados mais auxiliares de acção médica neste caso específico. Os médicos também me parecem em falta, não por não existirem mas simplesmente por não estarem...especialmente à noite...

Vitória Caldeira disse...

Vejo com muita apreensão a comparação do desempenho dos hospitais públicos e privados, os hospitais públicos não podem escolher ou rejeitar doentes, contribuem para a formação dos profissionais, que quando se diferenciam, são depois aproveitados pelos H. privados para lhes pagar a peso de ouro e com eles fazer flores.
Como pode a ERS ser parte numa avaliação de instituições pela qual é financiada? Muitas dúvidas se me colocam quando o regulador é financiado pelo regulado.
VC

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mário Rui Ribeiro Gonçalves disse...

Boa tarde.

Ao ouvir que faltam camas, há doentes nos corredores, há falta de profissionais de saúde nos hospitais públicos, e sendo a saúde um valor essencial pergunto-me porque é que se mantêm ideias loucas de investimentos públicos como o TGV e um novo aeroporto para Lisboa em vez de fazer 10 ou 20 Hospitais de topo no nosso País...

Obrigado e parabéns pelo programa

Unknown disse...

mais que rankings, é necessário profissionais de saúde motivados. Um médico desmotivado, mesmo com boas condições não presta melhores cuidados que um bom médico com menos recursos.

Já tive boas experiências assim como más, quer em serviços públicos quer em serviços privados.

Mas as boas experiências ocorrerem sempre e sem dúvidas com equipas motivadas.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Posso dizer que recorro ao privado quando pretendo consultas de especialidade com mais brevidade, mas não deixo de recorrer ao médico de família para o meu acompanhamento permanente.

O sistema que temos não é perfeito mas infelizmente é o possivel e é com ele que temos de viver até que se melhore.

impulsos disse...

Pode até ser o hospital que está no top, mas... a que preço?

Também sou funcionária desse hospital, e convido esses senhores que aí estão, a visitarem a secção da urgência em qualquer hora do dia ou da noite (sem aviso prévio), para verem in loko o caos em que está mergulhada assim como os funcionários que nela trabalham, aos quais é exigido mais e mais, até ao limite das suas forças, tanto físicas como psicológicas!

E mais não digo...

hitardo disse...

Ainda não se falou do serviço público mais "concorrido": a oftalmologia.

Porque é um serviço com muitos pacientes e condições bastante, reitero, bastante abaixo do privado. Para além da maioria desses pacientes serem idosos.

E o grande problema é as pessoas exigirem condições do privado e ter isenção de pagamento.

Unknown disse...

Como é que a Sr.ª Secretária-Geral da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada pode negar a veracidade de um estudo feito pela Deco sobre o Serviço Privado de Saúde onde se diz que em 180 privados apenas 15 tratavam os utentes do SNS efectivamente como iguais?

Hugo Nunes

Anjos disse...

Boa tarde.
Com as opiniões extensas e varidadas que tenho a respeito de tantos hospitais aqui no Norte do país receio que ficava a opinar a tarde toda!
Restringindo ao que conheço melhor creio que existem aspectos que são dificeis de dissociar,e não estou a falar de luxos,mas do básico!Conhecendo as pediatrias do HSJ acho que existem omoletes sem ovos!Quase impossível,e dificil de ser um exito.Logo não podemos retirar aos cuidados prestados as condições para os praticarem senão corremos o risco de "anular" a boa vontade dos profissionais com a falta de condições para fazer um bom trabalho.Enfermarias de 6 camas,sem biombos,quase não permite às crianças respirarem quanto mais pais e crianças no mesmo quarto!As consultas externas de pediatria são dadas em cubiculos dignos de fotografias pois custa a crer!Quase não cabe lá dentro médico e criança quanto mais os pais!Claro que isto é uma gota num grande oceano!É muito complicado.
Em termos de competência tenho muitos elogios a fazer a muitos médicos que lá trabalham mas realmente existem reestruturações urgentes a fazer.
Quanto aos privados na sua maioria não tenho boa opinião,aliás não confio nas competências técnicas.Com excepção da CUF de Matosinhos onde encontrei excelentes médicos e outros profissionais que aqui conseguem fazer a omolete com bons ovos!
Claro que não podemos exigir estas condições no público mas alguns aspectos poderiam adoptar.

MariaMira disse...

Boa Tarde.
Por sorte, ou azar, já tive que permanecer a acompanhar com cada um dos meus 3 filhos em diferentes serviços/hospitais em internamento.
Só tenho a dizer bem dos meus queridos amigos dos "HÓTEIS DE 5 ESTRELA", para lhe retirar a carga pesada de "Ficar no Hospital". Desde o fantástico Hospital D. Estefânia, ao Serviço de Urgência do Hospital de Portimão, em plenas férias, e ao Hospital de Santarém, tudo do melhor. Em particular os meios humanos, porque, se não for o amor à camisola que todos demonstram, a classificação seria fraca nas instalações baixa e nos meios.
Por brincadeira costumo comentar junto de amigos com garotos que, se tiverem que ir a algum destes “Hotéis” que o que tem melhores condições para os pais poderem dormir é o Hospital de Santarém no qual se pode dormir sem sair marreco por causa dos cadeirões….:)

FoAm TriCot disse...

Lamento a desinformação de Ana Machado em relação à assimetria de tempos de espera dos pedidos do SNS vs. pedidos pagos pelo utente porque também já me deparei com essa situação várias vezes.
No Hospital da Luz por exemplo é evidente esse triste fenómeno. Tanto em exames como com a lista de consultas.
Como não sabemos quantas dessas atitudes são "legais" e provavelmente nem devem estar bem esclarecidas, essas questões legais, ficamos sem forma de reenvindicar.
Os Hospitais e Clínicas só deveriam poder aceitar esses acordos quando são capazes de os fornecer com dignidade.
Por outro lado talvez se compreenda a culpa do Estado neste aspecto tanto no rigor da legislação como do tempo que deve estar a demorar para pagar as dívidas. E quem diz a culpa diz, a necessidade de agir, agora.

(por favor mantenham o meu anonimato se por acaso se referirem a este comentário)

Obrigada