segunda-feira, janeiro 26

Criminosos cada vez mais novos

Há pouco, um rapaz de 14 anos foi mortalmente baleado por uma agente da PSP porque tinha na sua posse uma arma de fogo e, alegadamente, preparava-se para a disparar contra a agente. Soube-se depois que apesar de apenas há um par de anos ter saído da infância, já havia sido detido por outros crimes.
Este caso é a face visível de um fenómeno que sociólogos e autoridades há muito reconhecem: os criminosos são mais jovens, mais violentos e melhor armados.
Alguns especialistas acreditam que a redução da idade penal seria uma forma de combater a criminalidade. É esta a única solução? Ou os projectos de inclusão social e incentivo à prática de actividades desportivas e culturais são mais eficazes?

Convidados:
Rui Rangel, Juiz
General Garcia Leandro, Presidente do Observatório da Segurança Criminalidade e Terrorismo
Leonor Furtado, Directora-Geral do Instituto de Reinserção Social
Francisco Moita Flores, Criminalista

7 comentários:

Yasmin disse...

Boa tarde a todos os presentes! Penso que acerca desse tema há um grande conjunto de factores que contribuem para o aumento da criminalidade, e para os criminosos serem cada vez mais novos. A falat de apoio dado pela familia penso que seja um desses grandes factores. Há na nossa sociedade uma perda de valores, que são necessárioa para a nossa convivência em sociedade, que penso que devem ser passados pela familia. Também o sentimento de impunidade que se sente, considero que contribua para este aumento.
É necessário fazer alguma coisa que inverta esta tendência, esta realidade, até porque os jovens são o futuro... Que mundo teremos nós daqui a uns anos se esta realidade se mantiver??
Fabiana Silva 21 anos

NNF disse...

A falta dos valores da família muitas vezes vem pela exclusão social desde muito cedo, mesmo antes dos pais terem filhos, não é questão de ter mais ou menos qualificações literárias, todos sabemos o que é mau ou bom, com a globalização e o mundo onde a imagem e violência parece ter mais valor, e normal o incremento dessa mesma falta de valor... Entretanto O sistema de emprego também afasta os pais dos filhos quando sao muito novos... é ai que a educação nasce... mal possamos enviamos nossos filhos para escolinhas, onde o estado não tem condições para fazer desses nossos pequeninos alguém na vida... vemos pessoas de 6 anos a espancarem-se uns aos outros enquanto se filma nos telemóveis que muitos filhos em certa idade não deveriam ter. na falta de ausência dos pais e do estado e com a falta de ensino de cuidado e respeito, é normal que depois aparecem os tais predadores... por ai continuava... muito dos crimes tem a haver com os sítios das pessoas onde são provenientes, não tenhamos duvidas... o facilitismo e o politicamente correcto é que não deixam combater devidamente essas pragas. porque não começar a ter mais controlo nas nossas fronteiras, obrigar a uma responsabilização social nas empresas, e responsabilizar mesmo os juízes, quando libertam gente criminosa...

Tiago Lourenço disse...

Boa tarde. Na minha opinião, em relação ao aumento da criminalidade juvenil, acredito que a forma como o governo e órgãos administrativos (ministério de educação etc) estão a encarar a educação, pode estar directamente relacionado com o problema. A falta de apoios no ensino público, nota-se bastante, onde estão por exemplo, os psicólogos, os assistentes sociais etc???... Podem existir, mas de facto, nota-se um défice muito grande em relação a estes apoios. As equipas de recursos sociais e humanos, devem ser melhoradas, já que são a ponte mais eficaz para constituir a rede social entre as Escola, a Família, os alunos, os professores...
Os problemas sociais, a falta de valores educacionais e pedagógicos de que se estão a falar, só podem ter uma solução!!!
Reforcem as equipas técnicas de recursos sociais (psicólogos, assistentes sociais etc) nas escolas, Câmaras Municipais e em qualquer instituição que lide directamente com as famílias de Portugal!

thorazine disse...

O problema da criminalidade juvenil aumentou quando há 30 anos as mulheres se emanciparam e começaram a trabalhar fora de casa. Obviamente que a culpa não é das mulheres, mas sim da falta de medidas, de instituições e apoios que deviam ter acompanhado esta mudança. Sendo a escolaridade obrigatória não só uma tentativa de instruir mas também uma forma de assegurar o contacto da sociedade tornando-se parte activa da educação, as escolas deviam estar protegidas por mais leis que as possibilitassem ter mais espaço de manobra e agir antes que se formem estes criminosos. Estes gangss começam-se a formar nas escolas preparatorias e secundárias, o que deveria facilitar a identificação e acção perante estes problemas. E não falo dar poderes aos professores, mas sim à escola, como instituição. Os tais programas vocacionados..

A questão da diminuição da idade minima penal faz-me pensar também na idade minima para votar ou para conduzir. As duas não deveriam andar lado a lado? A responsabilidade dos nosso comportamento não abrange todos os aspectos?

Dannilo disse...

Boa tarde Os governos não querem saber se as pessoas têm boa educação pouca ou má,afinal de contas uma sociedade com desequilibrios defeituosa e com má gestão é muito boa para os politicos porque as pessoas irão sempre presisar de um pai(presidente da republica) padastro(primeiro ministro)etc,ou seja sera uma sociedade que sera sempre escravisada.quando somos pequenos presisamos dos nossos pais porque não nos conseguimos sustentar.E quando somos adultos?Ai ja temos defeitos?!E que não conseguimos auto sustentar!?ENTENDER É TRANSFORMAR

Miriam Levi disse...

No programa disseram que os números de reincidência sao iguais em toda a Europa... E isso é bom ou mau para Portugal?

Anónimo disse...

No fundo esta questão vem desde os primeiros tempos da humanidade. Sempre se disse que a juventude era mal educada, mal comportada, etc, etc. Basta verificarmos as declarações que alguns filósofos Gregos da antiguidade clássica escrevem acerca da juventude desses tempos e verificamos, com a maior das surpresas, que a juventude de hoje, foi a de ontem, e sera, provavelmente, a que se seguira.
Cumprimentos;
héber