quarta-feira, fevereiro 4

Grandes obras públicas: solução ou endividamento?

É possível afirmar com rigor que as gerações futuras ficarão a braços com dívidas gigantescas por causa de obras como o aeroporto de Alcochete e o TGV? Os cálculos que apontam nesse sentido têm em conta o retorno que estes empreendimentos podem trazer para o país?
Suspender o TGV implicaria perder 383 milhões de fundos comunitários e há quem insista na ideia de que da totalidade do projecto 45% será financiado por investidores privados.
Quando se aproxima a abertura do concurso público internacional para construção e exploração do aeroporto, o SC traz o tema para debate. Como vamos pagar? Que vantagens teremos? De que forma irá mudar a organização do território.

Convidados:
Ana Paula Vitorino, Secretária de Estado dos Transportes
Fernando Santo, Bastonário Ordem dos Engenheiros
João Joanaz de Melo, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Grupo de -Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
Hélder Oliveira, Membro da Direcção da Ordem dos Economistas

49 comentários:

Filipa Serra e Silva disse...

Penso que com todo o investimento já feito, tanto em relação ao novo aeroporto como ao TGV, seria absurdo parar agora, sei que poderemos ficar endividados, mas precisamos de acessibilidades à Europa, nomeadamente com o TGV e de um aeroporto com infraestruturas capazes, com ligação à linha de caminho de ferro, pelo menos.
Além disso, estas infra-estruturas vão criar postos de trabalho tão necessários ao nosso país

Rui Ferreira de Almeida disse...

As grandes obras públicas, neste momento, são asolução que os vários governos encontraram para relançar o pais!
A quantidade de betão, aço e mão de obra, justifica o governo endividar mais o pais. Vai tapar um buraco com um outro buraco!

Unknown disse...

Novo Aeroporto de Lisboa - Sim, de forma faseada

TGV Lisboa-Espanha - Sim, com relevância para o transporte de mercadorias (ramal a Sines)

TGV Lisboa-Porto - Sim, se os custos de uma nova linha "normal" for similar à do TGV (já que a linha actual está saturada).

Se a Sra Secretaria de Estados dos Transportes poder falar sobre este ultimo ponto agradecia os esclarecimentos.

Autor disse...

É completamente absurdo o investimento no TGV.
Tal como Ana Paula Vitorino referiu no início do programa...o TGV é apenas um comboio!
Ora, sendo o TGV apenas um comboio, para quê este investimento brutal quando temos o Alfa-Pendular, que não está a circular no máximo das suas capacidades, simplesmente porque as linhas não foram ainda preparadas para isso?
Basta remodelar as linhas já existentes, com um investimento muito menor e os ganhos de tempo do TGV passam a ser residuais!
Quanto à desculpa dos países evoluídos terem todos TGV...fiquei então a saber que a Finlândia é um país do terceiro mundo por exemplo,já que não tem TGV.

XAVIER COSTA

João Miguel Correia disse...

Como diz o velho ditado:
"quem não arrisca, não petisca!"
se quiserem vejam o meu blog:
pensamentosspessoais.blogspot.com

C. Alexandra disse...

Considero que o Aeroporto de Alcochete é um obra por ora dispensável.

O mundoe stá a viver uma grande crise que nãos e sabe quando irá terminar e por quanto tempo irá perdurar os seus efeitos. Os aeroportos vão sobrer, como consequência, uma redução da procura que não se sabe até quando irá durar.

É possível que os aeroportos já cosntruídos em Portugal satisfaçam as necessidades da procura, durante uns quantos anos.

E há problemas de maior gravidade a resolver. Os limites à dívida pública alteraram-se, mas não deixou de ser um problema.

Os gastos com a Adminsitração pública continuam a ser elevadissimos, as receitas sofreram forte quebra e as despesas sociais aumentaram. Nãos e sabendo até quando irá perdurar esta situação, mas sabendo-se que irá percorrer os próximos anos.

Relativamente ao TGV. Há muito que Portugal necessita de ligações por comboio de alta velocidade que o liguem à Europa e nada se tem feito quanto a isso e que liguem as pontas do país à capital (Lisboa). Não é desnecessário.

Mas pergunto, seria necessário o TGV? Não haveria soluções (comboios, linhas ferroviárias) de alta velocidade um pouco menos veloz e mais económica?

Francisco do Vale disse...

Para além do indevidamente, e das falsas necessidades, que os políticos inventam, fica a questão ambiental por explicar.

Num país em que se demora de comboio 2horas, de Viana ao Porto, 1hora e 20 de Braga ao Porto, 3horas do Porto a Lisboa, em que a linha férreas são encerradas sucessivamente, pelo lobbie das autoestradas, existem políticos a abanar a bandeira do tgv simultaneamente com a do novo aeroporto. É inaceitável.

Se queremos falar de competitividade, temos que começar a falar em saciar as reais necessidades, e em garantir a preservação ambiental.

Não podemos construir um aeroporto destruindo um dos maiores reservatórios de água potável da europa.

Basta de destruição no nosso país, basta de mentiras, dos políticos e de muitos técnicos como os Engenheiros.

Veja-se o caso do túnel do Terreiro do Paço, e a péssima actuação dos engenheiros do LNEC; veja-se o autódromo do Algarve construído na serra do Monchique; veja-se os molhes da foz do Douro; veja-se a ultra-infraestruturação do litoral, a quantidade exagerada de auto-estradas que existem...

A lista é interminável... Portugal gasta dinheiro ao desbarato em obras sem o mínimo interessa ou utilidade.

PS: tgv é uma mentira em Portugal (Lisboa/porto/vigo), não se consegue tirar partido de tal tecnologia mediante as distâncias e paragens previamente apontadas.

Ps2: Porquê o vosso programa não tem Paisagistas e Arquitectos convidados?

radioactive woman disse...

Na minha opinião, dentro do enquadramento económico actual, o TVG apresenta-se como um bom investimento na medida em que se apresenta como uma boa alternativa aos transportes aéreos. Desde que a sua ligação às redes Europeias se realiza-se de forma eficaz!

Por outro lado o Aeroporto de Alcochete não me parece um investimento estratégico para o Pais, por diversas razões:
A primeira, será o retorno do investimento, que apesar de captar muito investimento privado, terá um retorno demasiado lento e um pouco incerto. Não me parece que o Aeroporto seja uma caso semelhante à Expo98, visto que no caso da Expo98 grande parte do retorno veio da construção de equipamentos e habitação. Ora num parque imobiliário completamente excedente não sei se o retorno virá desse campo.E ainda qual é a nossa capacidade de captação de investimento actual?
Os estudos de viabilidade são baseados em modelos fundados na realidade actual, e numa previsão de futuro a 10 -20-30 anos, que dado os últimos acontecimentos económicos globais, este exercício de futurologia matemática é no mínimo pouco para nele se basear um investimento de milhões de euros. Afinal que tipo de conjectura é considerada nos estudos?
Por outro lado, parece-me mais viável o nosso tráfego aéreo seja efectuada na triangulação de 3 locais, cada com um sector de tráfego especializado. Mais viável economicamente, urbanisticamente e socialmente!.

Muito obrigada. Teresa Gaspar

Pedro de Castro disse...

A principal industria nacional é mesmo o sector da construção. O seu ciclo de crescimento e contracção tem vindo, ao longo das últimas décadas, a sofrer uma alteração e o intervalo entre períodos de retração diminuiu. Este factor ao invés de provocar uma mudança no sector, passando a actuar sobre o património construído, continua a procurar na construção nova, o balão de oxigénio para se relançar e relançar a economia.
Estes grandes investimentos públicos têm de ser vistos à luz do panorama actual e possível desenvolvimento. Concordo plenamente na integração de Lisboa na alta velocidade europeia. O TGV (lá teremos de usar o termo, Trem de Grande Velocidade) Lisboa-Porto parece-me apenas uma resposta aos bairrismos. Temos o Pendular que nem sequer chega a alcançar o seu potencial total, para quê então um TGV?

Quanto ao aeroporto, este espero que venha a ser integrado num plano estratégico de desenvolvimento nacional e ibérico como uma plataforma de ligação preferencial com África e a América do Sul.

Para tudo isto a minha questão é se não vamos ter os famosos derrapanços e se alguém vai ter coragem para usar a legislação existente na responsabilização dos intervinientes face aos atrasos e às derrapagens orcamentais.

Unknown disse...

Boa tarde. Sou morador no Ramal da Lousã, ramal que está para entrar em obras há já alguns anos neste caso para se tornar em metro de superficie. Gostaria de questionar a Srª. Sec. de Estado para anunciar a tão famigerada data de início de obras e garantir o prazo de obras em que os moradores vão estar sujeitos a autocarros velhos nos percursos entre Serpins e Coimbra.
Obrigado e votos de continuação de excelente programa.
Miguel

Unknown disse...

Boa tarde. Sou morador no Ramal da Lousã, ramal que está para entrar em obras há já alguns anos neste caso para se tornar em metro de superficie. Gostaria de questionar a Srª. Sec. de Estado para anunciar a tão famigerada data de início de obras e garantir o prazo de obras em que os moradores vão estar sujeitos a autocarros velhos nos percursos entre Serpins e Coimbra.
Obrigado e votos de continuação de excelente programa.
Miguel

Pedro de Castro disse...

Tenho uma dúvida quanto ao estabelecimento dos preços do TGV Lisboa-Madrid.
Como é que vai ser gerido o tarifário tendo em conta que 2/3 do percurso são efectuados em Espanha?
Como é que a CP consegue estabelecer este tarifário flexivel em parceria com a congénere espanhola?

kascarlos disse...

Estava a gostar e acompanhar o v/ programa, mas acontece que, a v/ emissão ficou sem voz e portanto não estou a ouvir nada.

Penso que deve ser um problema de som, nos v/ estúdios e como tal, penso q estão a falar p/ o boneco!!!





Desculpem a qq coisa … atenciosamente



Carlos Silva

António Cardoso disse...

A ocupação nos comboios sé é residual para essa senhora. Ando muito de comboio, em todos: regionais, inter-regionais, intercidade e alfa. De todas as vezes a ocupação é praticamente 100%. No Alfa e Intercidades se quisermos um bilhete a partir do Entroncamento ou Santarém, para Lisboa, uma hora antes já não há.
Nos regionais e inter-regionais vão pessoas em pé. Apenas em alguns terminais como o de Tomar têm poucos passageiros, mas apenas nalguns horários.
Ocupação residual?... Sá para quem não anda de comboio.

Ana Barros disse...

Como sempre, em Portugal, as grandes obras públicas, no pós séc. XX, têm servido o divórcio entre o povo e as elites dominantes. O TGV, enquanto rede interna, e o aeroporto da margem sul, são exemplos sintomáticos de que os dirigentes estão mais preocupados em pagar a serventia das camadas elevadas da sociedade. No caso do CAV, entre Porto e Lisboa, vai servir os senhores deputados, e só servirá o povo contribuinte se este pagar antes, pela via dos impostos; que fique claro, porque como dizia Pessoa, continuamos a ter de gramar os Portugueses cosmopolitas, destituídos de toda a cultura portuguesa!
Macedo de Barros

Pedro de Castro disse...

talvez se devesse ter investido na reconversão da linha do norte em vez de se ter andado a fazer 10 estádios para o Euro e que agora estão às moscas.

The Wanderer disse...

O TGV pode funcionar como uma mais-valia quer de mobilidade, quer em termos ambientais. Só ponho em causa o timing da proposta. Portugal apresenta graves falhas ao nível da mobilidade local e regional. Continuamos a apostar em grandes investimentos e projectos antes de possuirmos uma forte coesão territorial.

Miriam Levi disse...

No Séc. XIX Portugal usou a prata da casa ou importou? O TGV vai usar tecnologia Portuguesa?
Portugal vai ser mais uma região Espanhola? O TGV é para a dimensão de Portugal? Vai parar em Leiria, Aveiro, Coimbra, Porto?
A Italiana ENI (33,33%) da petrogal vai pagar as taxas de Quioto, ou vai ser Portugal?

António Cardoso disse...

OK. Já cá não está quem falou. Foi bem explicado...
Vou estar atento. Não é que isso sirva de muito. mas...

carlos sousa disse...

Na minha opinião, julgo ser mais importante apostar na melhoria da rede ferroviária já existente, do que gastar milhões no TGV, somos um país pequeno desordenado, que deve apoiar o melhoramento das estraturas que já existem. Desde que tenhamos boas estradas, sem portagens, a ligarem a espanha, julgo que o problema das emportações e trocas comerciais melhoravam.

carlos sousa

osiris disse...

Já se falou na linha do Norte. Agora pergunto: Então e como vai ficar a linha do oeste?

Sou de uma zona abrangida por esta linha e estou interessado em saber as alterações/melhoramentos à linha do oeste visto que está um pouco "abandonada" segundo oiço dizer.

António Cardoso disse...

Além do mais "só não mudam de ideias os burros e os mortos"...
Estou sempre aberto.
Embora esteja aqui muito pessimista em relação aos investimentos...

Miriam Levi disse...

Bill Gates indicou a saída da crise para 2, 3, ou 4 anos...
Alguém tem memória de 1929?
Portugal está consciente do aí vem?

Daniel Conde disse...

Ponhamos a situação de outra forma: como se pode sustentar um TGV se não se sustenta a rede convencional?
O estado calamitoso em que a Linha do Tua se encontra não surgiu no acidente de Fevereiro de 2007: já é algo que se arrasta desde o final da década de 1980. Uma das convidadas do programa de hoje é precisamente uma peça-chave da tutela (MOPTC), que poderia ter sido uma das vítimas do acidente de Agosto de 2008, graças ao estado de conservação grosseiro da via, ao ter viajado no comboio horas antes do sinistro. Um dos responsáveis pelo estudo das causas deste acidente pôs a hipótese: se a velocidade no local fosse maior, o acidente poderia ter-se evitado. As limitações de velocidade marteladas na Linha do Tua, fruto de estudos e decisões do LNEC e IMTT, podem ter sido, juntamente com a incúria da REFER e da tutela, assassinos. Não vejo ninguém a ser responsabilizado.
Agravando a situação, foram recentemente levantadas 2 linhas na estação do Tua, deixando-a com 1 única via principal. Imaginam outras estações terminais (São Bento ou Santa Apolónia) a operarem com apenas 1 via? E tudo isto vem no seguimento do mesmo acto nas estações de Brunheda, Vilarinho, Frechas e até Mirandela, limitando a capacidade de cruzamento de comboios, agravando assim os índices de segurança.
Quanto à BARRAGEM do Tua, o seu EIA é claro, e cito: “A sua articulação com a Linha do Douro fica (…) inviabilizada, e por conseguinte a manutenção do troço montante por parte da REFER (…) fica também inviabilizada; O povoamento (…) não facilita o estabelecimento de percursos tradicionais de transporte colectivo rodoviário; A identificação e avaliação dos impactes do AHFT ao nível da sócio-economia evidenciaram (…) impactes muito negativos ao nível da economia local, em particular para (…) agricultura e agro-indústria, com repercussões também muito negativas ao nível do emprego e dos movimentos e estrutura da população”. Esta barragem, que significará 0,5% de aumento de energia, é identificada inclusivamente no PNPOT (Plano Nacional de Planeamento e Ordenamento do Território) como localizada numa área de “perigo de movimento de massas”, e ainda em “troço de influência de ruptura de barragem”! Compará-la com o reforço de potência na barragem do Picote é gritante: o reforço de potência consegue produzir 75% do que poderá produzir a barragem do Tua, mas por 1/3 do custo desta, e numa barragem já construída.
Se a tutela prometeu reabrir a Linha do Tua em Março, pergunta-se: em que condições? Estamos fartos de estudos (2000 e 2007) que redundam em operações de plástica, e mesmo estas mal executadas. Estão a hipotecar o futuro do distrito de Bragança, cidade que aliás vai ter a 30km de distância a médio prazo uma estação de Alta Velocidade Europeia. Assumam responsabilidades, sirvam o Povo que vos elege, e não os lobbies que vos favorecem.

Daniel Conde, MCLT - Movimento Cívico pela Linha do Tua

telespectadora_consciente disse...

Por ocasião do Euro 2002 foram construídos 5 estádios de futebol, os quais na altura foram considerados projectos essenciais.

Neste momento existe 2 projectos a serem analisados o TGV e o Areroporto de Alcochete.

Não seria mais bem aplicado o dinheiro dos contribuintes se voltado para a área da saúde e da educação?

The Wanderer disse...

Não concordo com o que foi referido pelo Sr. Bastonário da Ordem dos Engenheiros. O desenvolvimento sustentável a que Portugal deve aspirar (e note-se a existência de uma Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável) deve partir de baixo para cima. O todo é muito mais do que a soma das partes. Se não existir coesão ao n+ivel local, não será possível obter coesão ao nível nacional.

Pedro Rodrigues Costa disse...

Boas tardes.
Defendo a utilização do transporte ferroviário seja em TGV seja em transporte urbano sobre carris.
Estou de acordo com a construção de linhas de TGV em Portugal defendidas pelo actual governo.
Não posso deixar de colocar duas perguntas aos presentes:
1. Para quando a ligação da nossa rede ferroviária a cidade de Viseu, nem que seja em caminho de ferro convencional, é uma vergonha que a cidade de Viseu seja a cidade com maior nº de pessoas residentes da Europa que não possui linha de caminhos de ferro... Ou seja para quando a ligação ferroviária a Viseu?
2. Rede de eléctricos da Carris, para quando a reabertura da linha nº 24 ligação a zona de Campolide? Há a promessa desde 2001, feita pela Carris e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa (em 2001) da reabertura da linha nº 24 de eléctricos da Carris...
Bom trabalho e obrigado!

carlos sousa disse...

Para mim acho que para o tamanho de Portugal três aeroportos são suficientes desde que sejam adaptados ao aumento do fluxo aéreo, não nos podemos esquecer que o preço do petróleo apesar de agora estar com preços baixos não se vão manter assim muito tempo, quando voltar a aumentar, muitas empresas de aviação irão falir.
Em tempo de crise, como a que estamos a viver temos de pensar é nas pessoas que estão a ser afectadas e que vivem na miséria. Digam a essas pessoas que passam fome que vamos gastar milhões num novo aeroporto e deixa-las a morrer à fome.

Unknown disse...

Metro Mondego, já existe há mais de 14 anos e nada se viu senão gastar centenas de milhoes de euros!!!
Agora as pessoas vão ser castigadas durante anos pois as obras vão durar sabe deus quanto tempo.
Melhores cumprimentos
Miguel

Gustavo Santos Costa disse...

Este sociedade civil de hoje é uma entrevista à senhora secretária do estado?
Essa entrevista nós já vimos noutros canais.

Unknown disse...

Antes de mais deixe-me dar parabens ao excelente painel de Convidados deste debate. Os temas são muitos e penso que deveriam repetir.
Mas o que mais me surpreendeu foi o esclareciemnto que prestou e as grandes intervençoes de todos. Só espero que não haja derrapagens fianceiras.OBRIGADO.

H&M disse...

Esses convidados que tanto apelam ao uso de trnsportes públicos, utilizam-nos? Ou andam de carro com motorista como a sra. secretária de estado que se queixa da pouca utilização? Já pensou em baixar os custos de todos os trnsportes público?

Pedro de Castro disse...

falou-se muito da questão energética, gostava de colocar a seguinte questão aos convidados:
Qual a percentagem da produção electrica nacional proveniente da queima de petróleo? À uma década, o rendimento que se retirava da queima de petróleo para a produção de electricidade era a de 1 barril por cada 2 queimados. Ou seja, metade da fonte energética não tinha rendimento. Hoje em dia temos a bandeira dos transportes eléctricos, mas se a proveniência da electricidade não for de fontes limpas então estamos apenas a mascarar o problema.

Miriam Levi disse...

Comentaram que a certificação dos edifícios é importante.
Como está actualmente é apenas mais um imposto! Tenho uma avaliação F e depois? tenho uma avaliação C e depois? Parece que só serve para as empresas certificadoras...

radioactive woman disse...

E ainda de um ponto de vista de sustentabilidade, em que medida o Aeroporto de Alcochete será pertinente a nível de planeamento urbano???
a requalificação das redes de mobilidade da Area Metropolitana de Lisboa implica não só um investimento efectivo nas vias de acesso, mas também um consciente planeamento urbano de forma a não cair no erro da criação de clusters.
Um dos motivos de toda a "antipatia" com o Aeroporto e a falta de feedback que tem existido nos últimos anos a nível de investimento publico a nível local. Ou seja, embora concorde que o macro planeamento gera micro planeamento, a sua implementação terá se ser feita de forma integrada e não na mesma cronologia que se planeia.
Infelizmente o planeamento urbano integrado em Portugal ainda tem um largo caminho a percorrer para a sua real democratização.
Encarar estes investimento, seja Aeroporto, Ponte etc como fins a qualquer meio não é de todo compatível com a simpatia da população nacional que neste momento se debate com questões bem diferentes.

antónio disse...

Antes das obras megalomanas, que tal tornar gratuitos os parques de estacionamento junto das estações de comboio em redor de Lisboa? E os parques juntos aos interfaces de Lisboa, e junto às estações de Metro mais periféricas. É que se o carro tem que ficar a pagar todo o dia, então mais vale trazê-lo.
Já agora, que tal acabar com a roubalheira do cartão viva lisboa? Já tenho 6 e o Metro não me dá opção para os devolver que não seja pagar viagens até às estações em que o fazem e depois voltar a pé.
Talvez este tipo de coisas seja mais urgente e importante do que ir adjudicar obras de biliões aos senhores empreiteiros para compensar a baixa na construção civil.
Sim, eu sei, e depois quem patrocina as campanhas eleitorais?

Anónimo disse...

Invista-se nos transportes públicos metropolitanos, onde ocorrem milhões de viagens diárias, e onde a economia de alguns minutos, multiplicada por milhões de viagens, corresponderá a milhões de minutos de poupança.

H&M disse...

Obrigada Fernanda,
já ficámos esclarecidos!
Parabéns pelo seu programa.

Paulo Almeida disse...

Boa tarde,


Perguntem aos portugueses, se sabem, quando foi introduzido o comboio em Portugal?
A inauguração do caminho-de-ferro veio com atraso de 30 anos em relação à Europa.
Na altura houve grandes polémicas na sociedade civil e no meio politico, para a sua construção.
Os portugueses hoje põem em causa a existência do comboio em Portugal?
.


Com os melhores cumprimentos,


Paulo Almeida

A. SILVA disse...

Pensi que era um pograma de debate, afinal constato que não passa de um monologo da Srª. secretaria de Estado, e o seu ajudante de campo o Sr. Baastonario.

vítor sá disse...

"... um vale agrícola, cuja superfície ocupa partes dos concelhos da Maia e da Trofa, formado por terras de aluvião, férteis e abundantes em água. Esses terrenos pertencem, pela sua qualidade, à Reserva Agrícola Nacional, configurando uma das maiores manchas de solo arável na Área Metropolitana do Porto. Centenas de hectares abrigando agricultura viável e populações que, em boa parte, apesar do processo de urbanização adjacente, beneficiam das vantagens económicas e ambientais de uma tal paisagem, de contornos seculares.

Mas o Governo, através do Ministério das Obras Públicas, anunciou há um ano a instalação, em pleno Vale do Coronado, de uma plataforma intermodal, integrada na chamada Rede Nacional de Plataformas Logísticas.
(...)
A verdade é que há alternativas de localização para a dita plataforma. O Vale do Coronado é que não pode ser removido para outro lugar, e o património económico, ecológico e cultural que encerra perder-se-á para sempre." (Bernardino Guimarães, in Jornal de Notícias, 30/10/2007)

Plataforma Logística Maia-Trofa (160 ha) em plena Reserva Agrícola do Vale do Coronado, eis o anunciado maior crime ambiental da história do Grande Porto!

mais info em
http://valedocoronado.blogspot.com

BIFE RadioShow / Rádio Trofa
www.myspace.com/biferadioshow

Aqui está um bom tema para debate numa das próximas edições do Sociedade Civil, quiçá, às voltas com betão, PIN, RAN, REN e ataques à ecologia sustentável.

Parabéns pelo programa!

Saudações Ecológicas,
vítor sá / Associação para a Proteccção do Vale do Coronado

A. SILVA disse...

AI ESTA A SRª. SECRETARIA NO SEU MELHOR, FALA, FALA, FALA, FALA, E EU QUE GOSTARIA DE FICAR A SABER O QUE PENSAM OS OUTROS CONVIDADOS, NICLES BATATOIDE.

José Luís Nunes disse...

No séc. XX além de não terem sido realizados investimentos de vulto na ferrovia, foram ainda encerrados cerca de 800 quilómetros de via-férrea, deixando cidades como Bragança e Viseu sem comboio.
Falar na Alta Velocidade sem falar na rede convencional é um contrasenso. A manutenção, modernização e expansão da actual rede ferroviária será mantida? Ou cairemos ainda mais na litoralização do país, demorando uma hora entre Lisboa e Porto e, por ex., cinco horas entre o Porto e Pocinho?
Linhas como a do Leste, do Douro, do Corgo ou do Tua (que após muita polémica continua encerrada e corre o risco de desaparecer com a construção duma barragem) conhecerão melhores dias, potenciando as ligações à rede AV ou serão atiradas para uma lenta agonia e posterior encerramento?

Carlos Rebola disse...

Desculpem-me a ironia.

Se o andar depressa é o objectivo, então porque não se investe tudo o que há para investir na investigação do teletransporte?

Miriam Levi disse...

Infelizmente já não acredito na representante do Governo de Portugal.
Não acredito que o conhecimento fique em Portugal. Talvez como a Galp energia que é 48% "Europeia" sendo que mais de 25% não se sabe onde está... Do PIB da GALP quanto fica em Portugal?

A. SILVA disse...

EU GOSTARIA DE SABER, SE NÃO FOR MUITA OUSADIA DA MINHA PARTE, UMA VEZ QUE NÃO SOU EXPERT NA MATERIA, QUANTO TEMPO IRA DEMORAR O COMBOIO PARA A SERTÃ, PARA O NORDESTE DO PAIS DEPOIS DO TGV ESTAR PRONTO.

Unknown disse...

O TGV não é "amigo do ambiente"! O facto de se proporcionar como alternativa com baixas emissões de CO2 quando comparado com o tráfego aéreo e rodoviário, NÃO compensa se o impacto directo na biodiversidade for demasiado elevado. E todos recordamos que até os técnicos do Ministério do Ambiente indicaram que nenhuma das propostas de traçado (que cruza o Alentejo em zonas de protecção especial) eram inaceitáveis. Depois os mesmos técnicos foram afastados. Os media deram alguma atenção a este ponto no dia em que se soube e depois esqueceram de dar seguimento.

Primeiro que tudo será necessário averiguar se é possível algum traçado que não afecte a biodiversidade. Então aí sim, talvez valha a pena o TGV Lisboa-Madrid. Já agora, que se compensasse a fragmentação extra que essa linha trará ao território, desfazendo algumas das estradas que existem ao longo das mesmas regiões por onde passará a linha...

Joaquim disse...

Um dos grandes problemas da não utilização dos transportes públicos é os preços neles praticados. O metro do Porto, alem de parecer mais um eléctrico, é demasiado carro e de difícil utilização. O sistema do Andante não é claro, era melhor utilizar um sistema como o do Metro de Lisboa, de Londres e de Paris.

A. SILVA disse...

CLARO QUE TEM DE ACABAR O PROGRAMA DE PROPAGANDA DO PARTIDO E DO GOVERNO. PRESTOU UM BELO SERVIÇO, O SOCIEDADE CIVIL.