sexta-feira, março 20

Ensino da história militar

Aproveitamos a abertura do site http://www.guerracolonial.org/ para dar a conhecer a nossa história militar contemporânea, que envolveu directamente cerca de 1 milhão de portugueses.
É urgente e necessário que as gerações tenham um claro conhecimento sobre a história recente do seu país, nomeadamente marcos históricos como a política do Estado Novo e a política colonial após a II Guerra Mundial?
Será que sabemos como os militares fizeram a Guerra do Ultramar? Como era o quotidiano da guerra?
E a situação militar na Guiné em 1973?
Como era vivida a guerra na retaguarda pelas famílias e amigos dos que partiam?
Como foi o processo de desmilitarização até ao culminar do 25 de Abril?
Convidados:
Pedro Lauret - Associação 25 de Abril
António Feijó - Instituto de Defesa Nacional
Joaquim Furtado - Jornalista
Filomena Pontífice - Professora de História

21 comentários:

Unknown disse...

" A common and natural result of an undue respect for law is, that you may see a file of soldiers, colonel, captain, corporal, privates, powder-monkeys,(5) and all, marching in admirable order over hill and dale to the wars, against their wills, ay, against their common sense and consciences, which makes it very steep marching indeed, and produces a palpitation of the heart. They have no doubt that it is a damnable business in which they are concerned; they are all peaceably inclined. " - Henry Thoreau

(5). Boys who carry gunpowder for soldiers

Unknown disse...

GUERRA COLONIAL = VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS (dos povos indígenas).

Estar a falar da Guerra colonial Portuguesa é o mesmo que falar da conquista de Timor pela Indonésia ou do Tibete pela China. No essencial não existem diferenças.


Sempre que falam da guerra colonial falam com algum orgulho, como se os Portugueses fossem os "bons da fita", e como se essas colónias pertencessem a este país, distorcendo completamente a REALIDADE DOS FACTOS HISTÓRICOS.

A REALIDADE É: Até ao 25 de Abril, Portugal foi um regime ditatorial que durante SÉCULOS literalmente invadiu vários países, explorou, torturou, matou, fez lavagem cerebral tentando destruir as culturas de vários povos, roubou, escravizou (etc) dezenas de milhões de pessoas, fosse no Brasil, Angola, Moçambique, Goa, Timor, etc etc.



Espero que este programa fala igualmente do quanto os povos indígenas sofreram durante séculos às mãos de Portugal e não mostrar um lado deturpado da História, a dos CONQUISTADORES.


Logo a seguir aos ditos "pseudo-descobrimentos", a guerra colonial representa uma das maiores vergonhas na História de Portugal no que diz respeito a extremas violações dos direitos humanos.

Ao longo dos séculos e no geral, tudo representa um genocídio.
Quem lutou nessas guerras pelo lado Português, esteve a contribuir para esse "genocídio", não vejo qualquer honra nisso, muito pelo contrário.

As "colónias" que Portugal controlava, nunca foram "nossas" e nunca deveriam ter sido conquistadas e exploradas aos seus habitantes indígenas, com todas as péssimas consequências que dai resultaram, nomeadamente guerras civis depois da retirada de Portugal dos mesmos.

Quem lamenta ter perdido as "colónias" e/ou só vê um lado da questão (portuguesa), é porque ou não percebe nada de história ou tem fortes tendências fascistas. Também dizem que esses indígenas foram beneficiados com essa invasão, o que é falso, porque além de forneceram mão de obra extremamente barata ou escrava, os recursos naturais desses países eram "sugados" para alimentar a economia portuguesa, isto sem contar com as constantes violações dos direitos humanos noutras áreas.

Se Portugal fizesse como a Alemanha fez depois da 1ª e 2ª Guerra Mundial, e tentar "compensar" aqueles que sofreram com as suas invasões, o que seria justo, então ficaríamos pobres.


EM NOME DA DEMOCRACIA E DOS DIREITOS HUMANOS, AINDA BEM QUE PORTUGAL PERDEU AS COLÓNIAS QUE NUNCA NOS PERTENCERAM :)

Unknown disse...

Gostaria de referir uma questão importante do nosso ensino:

Há alguns anos enquanto estudei história de Portugal, tanto acerca dos "descobrimentos" como da guerra colonial, nessas aulas, nos livros e pelos professores, NUNCA SEQUER FOI REFERIDO o sofrimento dos povos indígenas e as violações que sofriam nas mãos de Portugal, pelo contrário as aulas mostravam SEMPRE uma perspectiva de os Portugueses serem os heróis incentivando que os alunos (inconscientes) sejam manipulados e sintam orgulho nessa dita história de "heróis".


Como exemplo, claramente que isto faz lembrar os neo-nazis a afirmarem que o holocausto nunca aconteceu.


Se isto acontecesse no tempo do Estado novo, seria perfeitamente normal, mas é uma vergonha para o ensino Português e para Portugal que em "democracia" se manipule desta forma os factos históricos acerca das responsabilidades morais/éticas acerca de todo o sofrimento infligido a outros povos em nome do poder, dinheiro e religião.

Unknown disse...

Falam muito de Portugal e dos seus soldados e do que estes passaram, mas "estranhamente" não falam das suas VITIMAS, os povos que foram brutalmente chacinados.

Não convém não é...

Unknown disse...

pe é a primeira vez que quase concordo consigo. Mas não se esqueça que os cúmplices do Salazarismo e da guerra colonial foram todos os que não fizeram frente ao regime e não apenas os soldados que sofreram a guerra. É fácil para mim dizer isto porque não estava lá ;)

Unknown disse...

No SC dizem:

"Portugal tentou manter uma politica de NEUTRALIDADE durante a 2ª guerra mundial"

DESCULPEM ????????????

Portugal era um dos aliados e colaboradores do regime nazi de Adolph Hitler, assim como Franco (ditador espanhol) também o foi.

Se dependesse de Salazar, muitos milhares de judeus e outras minorias teriam sido mortos.


Pelos vistos neste programa fala-se de tudo menos de história (também não é de admirar vindo de militares). Lamentável.

Pedro Rodrigues Costa disse...

Boas tardes!
Parabéns pela escolha do tema de hoje.
Não fui combatente no Ultramar, mas considero-me da geração dos filhos daqueles que estiveram no Ultramar. Recordações da "Guerra" só tenho a chegada no Vera Cruz.
O meu pai, foi alferes em Angola, em zona de combate, durante anos pouco falou da guerra, ainda hoje não gosta do tema "Guerra Colonial". Mas por vezes lá fala um pouco da Guerra.
Aproveito para dar os parabéns ao programa de Joaquim Furtado, e a RTP por ter apostado no relato de um tema ainda hoje "fracturante" e que muitos não querem falar.
O meu pai, dizia que quem escrevia os relatos "mais dramáticos" era o cozinheiro do quartel! Alguém que não estava na frente do combate, por isso contar a verdade e o real nem sempre é fácil, daí o meu louvor ao Joaquim Furtado, têm havido uma boa escolha de quem entrevista ou entrevistou.
Está e muito bem a dar os dois lados da Guerra Colonial, um excelente e imparcial programa que vai ficar na história da RTP e do nosso País.
Por último, o orgulho, de ter a certeza que o meu pai, não abusou ao contrário de muita gente das pessoas que viviam nas zonas de combate.
E aqui deixo uma frase dum mail recebido há dias: "A guerra colonial foi dura para mim por muitas razões:
Primeiro, por deixar um Filho que queria ver crescer e uma Mulher que é a Mulher da minha vida.
Depois porque já tinha consciência política e sabia que era um sacrifício perfeitamente inútil.
Terceiro porque as condições de vida e os acasos da guerra tornaram a vida nesses anos muito dura e difícil. É um passado de que não gosto, nem quero falar.
É um passado de que nem me orgulho, nem me envergonho."
Bem-Haja!
Pedro Rodrigues Costa

jose costa disse...

Gostaria que os comentadores que aí estão debatessem a "verdadeira" guerra que nos fez ir para África defender, não a terra que sempre pertenceu a quem a habitava desde sempre mas os portugueses e tudo aquilo que eles construíram, que lá viviam, brancos, pretos e mulatos!
A verdadeira história da guerra e o 25 de Abril começa aqui na Europa e principalmente em Paris. Querem debater as reuniões entre a delegação da URSS, que financiou o PS chefiado por Mário Soares, o PCP com Alvaro Cunha, os católicos progressistas ligados á esquerda portuguesa, os fugitivos de Argel e a Maçonaria? Parece-me que não pois toda a esquerda e todos os militares revolucionários ligados ao 25 de Abril, fogem disso. Permitam que deixe aqui uma pergunta que gostaria ver respondida: que miserável grupo de militares abandona os seus mortos e todos os pretos (40% da totalidade da tropa ou seja 800 mil que prestavam meritórios serviços nas nossas anedóticas forças armadas , quando fugiram para a Metrópole? Lembrem-se que as forças armadas nas nossas províncias ultramarinas eram na sua totalidade mais ou menos 200.000 que fugiram perante menos de 10.000 mil terroristas, abandonando á sua sorte milhares de portugueses que inclusive foram mortos perante a passividade de soldados armados! Permitam que defina as nossas forças armadas como miseráveis por tudo aquilo que não fizeram pelos seus cidadãos e pelo país!passejafer

Unknown disse...

Pedro:
"Está e muito bem a dar os dois lados da Guerra Colonial, um excelente e imparcial programa que vai ficar na história da RTP e do nosso País."



Desculpe lá, mas deve estar a ver outro programa só pode, porque até agora não vi e ouvi falar de quase NADA acerca das VERDADEIRAS VITIMAS (excepto este PEQUENINO comentário pouco relevante dado neste momento por uma das pessoas), acerca das violações dos direitos humanos realizadas durante séculos por este país chamado Portugal.

De imparcial para mim este programa tem muito pouco, e os militares presentes apenas confirmam isso com o que dizem e "esquecem" de dizer.

Maria disse...

Boa tarde,

Tenho pena que a História no secundário seja dado a correr. Os professores em vez de estarem preocupados com o saber dos alunos, estão preocupados em comprir o programa. No entanto, isso não é justificação para que os alunos não saibam o que é o 25 de abril, o primeiro rei de portugal e actualmente, o primeiro ministro. No ano passado, estava no 12ºano e lembro-me, como fosse hoje, a professora de história perguntar a turma de onde vinha o nosso dinheiro... Qual foi a resposta? Que vinha do Banif, Stander, etc. Responderam tudo menos o Banco de Portugal. Fui unica a acertar na resposta e fiquei parva e a pensar o que é que os jovens, hoje em dia, andam a fazer, pois parecem que estão no "mundo da lua" e não no mundo real.

Unknown disse...

"lembrem-se que as forças armadas nas nossas províncias ultramarinas eram na sua totalidade mais ou menos 200.000 que fugiram perante menos de 10.000 mil terroristas"


Será que percebi bem, então considera que quem defende a sua terra e o seu povo de um PAIS OPRESSOR que muito os prejudicou durante séculos, são designados como terroristas, é isso???

Então por essa lógica anedótica Mahatma Ghandi também era terrorista.

Se alguém tenta-se assaltar a sua casa e disparar contra si, se retaliar também você seria considerado um terrorista. O que os outros "terroristas" estavam a a fazer, era apenas defender a SUA "casa".

Se reclama de portugueses terem sido mortos nessas guerras, mais sentido fazia reclamar que em primeiro lugar portugal os tivesse invadido. Se isso não tivesse acontecido não teriam morrido portugueses nenhuns, CERTO?


Está-se mesmo a ver que deve ser daqueles que adoram Salazar.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
jose costa disse...

Amilcar Cabral disse que a guerra não era contra os portugueses mas ele também disse que se a Guiné pudesse tornar-se parte integrante do território nacional em regime de estado federado com a possibilidade de puder concorrer democraticamente a qualquer lugar na administração pública a guerra na Guiné acabava imediatamente! Então a pergunta é: quando aconteceu o 25 de Abril qual a razão para que isso não tivesse acontecido com "democratas" como Mário Soares, Álvaro Cunhal e os militares de Abril á frente do governo da nação? Mais uma vez pergunto ao Joaquim Furtado: Tem coragem para explicar aos portugueses a "verdadeira guerra colonial e a situação no país antes e após o vergonhoso 25 de Abril?

Unknown disse...

Bendito capitalismo mercantilista e racional que acabou com as necessidades imperialistas e predatórias.

Unknown disse...

Se querem aprender de forma imparcial FACTOS HISTÓRICOS acerca da guerra colonial, então não visitem o site indicado no SC (que é elaborado por fontes militares e estatais... é preciso dizer mais?), mas pesquisem por outras fontes verdadeiramente independentes.

Unknown disse...

"Jota disse...
Bendito capitalismo mercantilista e racional que acabou com as necessidades imperialistas e predatórias."

.. economia e consumo que está a destruir o planeta.

jose costa disse...

Caro Pe, posso deixar-lhe aqui um conselho. Leia mas leia muito mais do que aquilo que ouve na televisão ou vê nos documentários de Joaquim furtado. Mas aqueles livros que o poderão elucidar, estão esgotados. Talvez lendo alguns artigos na Net ou descobrindo esses livros em alfarrabistas. Posso aconselhar que leia um livro que ainda poderá encontrar no mercado e que só o encontra porque o povo português é constituído, na sua grande maioria por idiotas e iletrados.Tente encontrar o "Foi Assim" da Zita Seabra! Ou então o livro de Rui Mateus sobre a podridão do PS! Estes servem como rastilho que lhe permitirá abrir a sua cachola para a verdadeira podridão do sistema maçónico, republicano e socialista! E como pedra de aremesso aqui vai outra: leia a verdadeira história da revolução de 1910 contada pelo seu herói "Machado Santos" e por si próprio dê trabalho aos neurónios que por aí estão no descanso! Poderá constatar que a mesma não é a bandeira com as cores da nação mas simplesmente a bandeira da Maçonaria.Que foi cobardemente imposta ao povo que na sua grande maioria se manifestou contra essa imposição! Bem haja e ala que se faz tarde!

jose costa disse...

Caro Pe, posso deixar-lhe aqui um conselho. Leia mas leia muito mais do que aquilo que ouve na televisão ou vê nos documentários de Joaquim furtado. Mas aqueles livros que o poderão elucidar, estão esgotados. Talvez lendo alguns artigos na Net ou descobrindo esses livros em alfarrabistas. Posso aconselhar que leia um livro que ainda poderá encontrar no mercado e que só o encontra porque o povo português é constituído, na sua grande maioria por idiotas e iletrados.Tente encontrar o "Foi Assim" da Zita Seabra! Ou então o livro de Rui Mateus sobre a podridão do PS! Estes servem como rastilho que lhe permitirá abrir a sua cachola para a verdadeira podridão do sistema maçónico, republicano e socialista! E como pedra de aremesso aqui vai outra: leia a verdadeira história da revolução de 1910 contada pelo seu herói "Machado Santos" e por si próprio dê trabalho aos neurónios que por aí estão no descanso! Poderá constatar que a mesma não é a bandeira com as cores da nação mas simplesmente a bandeira da Maçonaria.Que foi cobardemente imposta ao povo que na sua grande maioria se manifestou contra essa imposição! Bem haja e ala que se faz tarde!

Unknown disse...

Bendito capitalismo que dá a liberdade de escolha ao consumidor e permite escolher o quê e quanto consumir. E coloca a grande responsabilidade na mão dos consumidores.

Unknown disse...

jose costa também não gosto de socialismo, mas se vai sair daí um "no tempo fascismo é que estavamos bem" convém lembrar que o fascismo e o comunismo/socialismo têm a mesma base filosófica por oposição à democracia e a base filosófica é basicamente que as pessoas são demasiado estúpidas para se autogovernar e precisam de um grupo de paizinhos intelectuais que lhes digam o que fazer.

Por oposição a base da Democracia é que as pessoas são efectivamente capazes de se autogovernar.

Como disse o Reagan:"You and I are told increasingly that we have to choose between a left or right, but I would like to suggest that there is no such thing as a left or right. There is only an up or down — up to a man’s age-old dream, the ultimate in individual freedom consistent with law and order — or down to the ant heap of totalitarianism, and regardless of their sincerity, their humanitarian motives, those who would trade our freedom for security have embarked on this downward course."

Unknown disse...

O fascismo e o comunismo/socialismo pertencem ambos ao caminho descendente para o formigueiro do totalitarismo.