segunda-feira, abril 20

Planeta em alerta

Alterações climáticas, direitos humanos, sociedade de informação e futuro das cidades – quatro temas que servem de base a um mês de conferências na Culturgest, em Lisboa. Juntar estas temáticas sob o titulo genérico “Um alerta para o Planeta” pode parecer ambicioso, mas é cada vez mais comum tocar nestas áreas quando se preconizam discussões sobre o futuro do planeta e da humanidade.
Falar disto é analisar a sustentabilidade; é também discutir a ética empresarial, as suas práticas ambientais e os contributos para uma vivência em sociedade. É analisar a reabilitação e, sobretudo, perceber quais os direitos e deveres que temos como cidadãos para ajudar no equilíbrio de um planeta que apenas pedimos emprestado às gerações futuras.

Convidados:
Francisco Ferreira, Vice-Presidente da Quercus
Luísa Schmidt, Socióloga do Ambiente
Luís Rochartre, Secretário-geral do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável
Luís Lucas, Coordenador do Departamento de Ambiente da AMI

14 comentários:

Unknown disse...

Em termos ambientais para mim o grande risco é a escassez de água. Segundo um artigo do The Economist a grande causa é o aumento no consumo de carne:

1kg de carne de vaca = 15.000 litros de água
1kg de trigo = 1.000 litros de água

Alimentação de um europeu/americano requer 5.000 litros por dia 100-250 litros para beber e higiene.

Dieta de um asiático (com menor consumo de carne) requer 2.000 litros.

Não acredito no aquecimento global tal como é contado e tanto quanto se sabe as temperaturas eram bastante mais elevadas na Idade Média e ninguém se queixou. (Faz-me lembrar o "a 2000 chegarás de 2000 não passarás" ou "fantasma" da superpopulação). Mas acredito no perigo real da próxima era glacial.

Unknown disse...

Em termos sociais, o grande perigo para mim, são os “fazedores de bem”. Ao longo da história a humanidade tem sido escravizada para o seu próprio bem e as maiores barbaridade têm sido cometidas em nome do bem comum. Sinceramente são essas as pessoas que eu temo mais do que ninguém, principalmente quando chegam ao poder. Aqueles que querem impor as suas utopias pessoais aos outros em vez de tentar criar as sua utopias individuais e respeitar a liberdade dos outros fazerem o mesmo.

Martinha disse...

Os filmes "Wall-E" e "The Day After Tomorrow", serão exagerados ou, pelo contrário, serão um retrato daquilo que será o nosso futuro próximo, a médio prazo.
Partindo do pressuposto de que o comportamento humano pouco ou nada mudará, devemos admitir que as lesões planetárias serão irreversíveis... tarde demais!
O ser humano chegou a um patamar, do qual não consegue abdicar, nem quer!
Por um lado tem consciência dos erros que comete, mas por outro lado, não consegue abdicar de previlégios e regalias que, fruto da evolução da sua inteligência, foi conseguindo conquistar ao longo dos anos.
Pessoalmente entristece-me isto: somos uma "pequena" praga no planeta.

os melhores cumprimentos
Martinha

Anónimo disse...

Sem dúvida que tanto os governos como as empresas têm um papel fundamental na resolução dos problemas ambientais.

No entanto, será que cada um de nós, como consumidores individuais, não poderemos influenciar de forma decisiva através das nossas escolhas?

Mais do que reciclar, será importante reduzir e re-utilizar, dando primazia ao consumo ético, que privilegia factores não só ambientais, mas também sociais, nomeadamente ao nível dos direitos humanos.

Cada vez que fazemos uma compra estamos a declarar o nosso voto no que queremos que o mundo que nos rodeia seja.

ana chagas disse...

Boa tarde,

Esta crise em todas as frentes, (ambiental, social, económica, etc), que assola o mundo inteiro é, numa perspectiva positiva, uma oportunidade para as sociedades evoluírem, na forma como lidam entre si e com a Natureza.
Basta navegar na internet, onde tantos milhões de indivíduos se expressam, falam sobre o que lhes interessa.
Experimentem pesquisar sobre estes temas na nossa língua e encontrarão imensos blogs portugueses sobre permacultura, sustentabilidade, ecologia, mudança de atitudes e acções positivas. Ficarão como eu: com a noção de que existem muitas, imensas pessoas que se preocupam e querem fazer a diferença e, que há esperança para nós.

Um abraço. Ana Chagas

Catherina Sanders disse...

Boa tarde SC,
Desculpem mas vou responder e comentar a um bloguer.

Olá Jota,
Sem nada contra si....
Não acho que seja essa temática de um quilo de carne vale X de água, que nos vai consciencializar a não comer carne.
O ser humano é carnívoro, podendo cada povo ser mais ou menos.
Tem-se que administrar adequadamente a água potável que temos, para o que precisamos.
Se pensarmos que um determinado animal consome Y de bens naturais, que são essenciais para a sobrevivência do planeta e nosso. Vamos matá-lo por isso?
Essa ideia de um quilo de carne vale X de água, nunca me entrou na cabeça. Lol
Abraços,

Catherina

Gustavo Santos Costa disse...

Concordo com quase tudo o que até aqui foi dito mas é importante ver por exemplo o que acontece em Portugal.
Tanto eu como a minha mulher tentamos incutir no filho o respeito pelo ambiente, mas devo confessar que chego a um ponto em que noto que o meu esforço é sempre contra.
Tenho utilizado tecnologias limpas tanto no negócio como em casa, até cozinha solar em casa e damo-nos conta no que conta a impostos somos sempre prejudicados. Ainda não utilizei aquecimento ou electricidade solar pois investi em caldeiras eléctricas e lâmpadas de baixo consumo, mas para ter as caldeiras foi sempre preciso aumentar a potência de electricidade o que aumenta a factura em mais de 45%.
Apesar de todos os incentivos que foram dados agora e das quais eu fiquei um pouco desiludido, talvez lá para o ano 2012 eu possa colocar tanto no negócio como em casa.

Gustavo Santos Costa

Daniela disse...

Eu considero-me uma ambientalista... é um asunto que me preocupa muito.
Faço tudo o que está ao meu alcançe e gostaria de saber quando pode custar uma casa amiga do ambiente, em média?

vítor sá disse...

Viva!
São mesmo muitos os problemas aqui, ali, acolá, acoli, ao virar da esquina.
Mas, sabem, é preciso... agir!
É muito bonito e enternecedor “ouver” os ilustres ambientalistas a falar de Quioto, da crise, da fauna/flora em perigo e afins, é! Algumas famosas ONGAs e até alguns partidos que muito elevam a bandeira do Ambiente, falam, falam, falam e, depois, na prática, nicles, niente, (quase) zero!!!
Não basta falar, falar, no sofá, nos blogs, na tv… urge (re)agir!
Um exemplo: no passado sábado, a Associação para a Protecção do Vale do Coronado e a Campo Aberto (Porto) organizaram uma caminhada no Vale do Coronado (Trofa/Maia, Grande Porto), com o objectivo sensibilizar os participantes para a valorização e conservação do Vale do Coronado e alertar para a ameaça ambiental em causa com a possível construção da Plataforma Logística Maia-Trofa naquela zona. As tais ONGAs foram devidamente convidadas e… não apareceram, ora! Aliás, pouco ou nada têm feito perante o anunciado maior crime ambiental da história do Grande Porto, com a destruição de 160-hectares-160 de RAN do Vale do Coronado!!!
Basta de conformismo, cinzentismo, amorfismo!
Juntem-se à eco-causa do Coronado. Serão bem-vindos!
Mais acções surgirão! a APVC está aberta a sugestões, parcerias e tudo à volta.

Até de repente!
vítor @ APVC / BIFE RadioShow
http://valedocoronado.blogspot.com
http://www.myspace.com/biferadioshow
;)

Unknown disse...

Catherina aquilo que eu estou a dizer é que esse é o custo em termos de água para produzir os referidos alimentos. Obviamente o vegetariano gasta muito menos água com a sua alimentação que um "carnívoro" mas cada um age de acordo com a sua consciência. Eu sou vegetariano e não tenho problemas. Mas não acredito que se deva impôr o vegetarianismo às pessoas. Se se tornar uma realidade a escassez de água vai se reflectir no custo da carne.

Já agora discordar de um ponto de vista não quer dizer ter alguma coisa contra a pessoa. Agradeço que discorde sempre que achar ;)

Fernando disse...

Só não percebo porque é que hoje fartam-se de ler as mensagens do blog, e na passada sexta-feira nem uma foi lida... depois dizem que não existe uma cumplicidade dos meios de comunicação, e de alguns jornalistas, em relação ao Darwinismo.

Nelson Lopes disse...

é fundamental que abordem:

http://www.zeitgeistmovie.com/

http://thezeitgeistmovement.com/

http://www.thevenusproject.com/

mais informações passem pelo meu blog:

http://reconstruindoamente.blogs.sapo.pt/

o futuro passa por estes projectos! divulguem-nos na tv POR FAVOR!!

Abraços

Sociedade Civil disse...

O programa da passada sexta feira não foi emitido em directo- razao pela qual não foi possivel a leitura de nenhum comentário. Não quisemos contudo deixar de ter o habitual espaço de debate entre os espectadores.

Saudações civis

Catherina Sanders disse...

Eu não sou vegetaria Jota, mas às vezes quase como comida vegetariana.
A haver a evidência da escassez da água, toda a nossa alimentação, seja ela qual for, será afectada.
E aí nascerá um plano alimentar adequado ao existente.

O que me faz confusão, é que "nós" criamos o gado bovino, suíno, etc para a alimentação. Mas são animais que domesticamos! Na natureza existe milhares de animais, e cada um é essencial.
Podemos estar a "produzir" demais os animais para consumir. Todavia, às vezes, a natureza faz das suas e retira parte dessa produção para si mesma.
A natureza ao ter um desequilibrio, tenta-se equilibrar.

Peço-lhe Jota que seja um vegetariano consciencioso. E substituir bem a falta da carne e do peixe. Só para não ter problemas na sua saúde.

Discordar de um ponto de vista não é mau, desde que se converse.
Só coloquei um "aviso", porque estava a entrar no tema com garra demais. E as palavras podiam ser mal entendidas.
:-)
Abraços,

Catherina