Há cerca de um mês, um sismo em Itália fez mais de 270 vítimas e destruiu parte da cidade de L’Aquila.
E se fosse em Portugal?
As conclusões do simulacro levado a cabo em Novembro de 2008 não deixam margem para dúvidas – as respostas das autoridades, Protecção Civil e INEM foram desadequadas. As comunicações entre forças de salvamento falharam, o que levou a uma resposta lenta face ao cenário de destruição.
E se fosse a sério? Que medidas estão a tomar as autoridades para enfrentar as catástrofes naturais? Os hospitais estão preparados para socorrer os feridos? As estruturas edificadas das cidades aguentar-se-iam de pé? E cada um de nós - temos já preparado um plano de emergência pessoal e familiar? O que dizem os especialistas? As respostas neste SC.
Convidados:
Fernando Santo, Bastonário da Ordem dos Engenheiros
Duarte Caldeira, Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses
Susana Silva, Diretora Nacional de Planeamento de Emergência da Autoridade Nacional de Protecção Civil
João Fonseca, Professor de Física do Instituto Superior Técnico e Sismólogo
13 comentários:
Eu penso que se devia começar a pensar num plano de requalificação dos centros históricos, desacelerar a construção de edifícios novos(que ja esta a contecer) e reinvestir no centro.
É um win win,
conseguiria-se preservar o património, mais segurança anti sísmica, menos tráfego periferia-centro,
o património português está francamente em risco, negligenciado e mal tratado, e quem o habita muito vulnerável ao que quer que possa acontecer,
só lamento que as coisas precisem acontecer primeiro para que se tomem as medidas logo a seguir,
Boa Tarde Exma Senhora e aos convidados.
Muito rápidamente as minhas felicitações pelo seu grandioso programa diário.
1 - Só passando por uma situação real ( salvo seja óbviamente) poder-se-á saber se Portugal estaria ou não preparado para tal tragédia;
2 - A qualidade de construção dos edificios de uma forma geral em Portugal é deficitária, o que em caso de catástrofe agravaria muito mais uma possível situação desta natureza, pois a falta de fiscalização na construção de edíficios deveria ser mais rigida, bem como a qualidade dos materias na construção civil deveria ser imperiosa sua composição, e não muitas vezes adulterada;
3 - Os simulacros poderão ser uma forma muito artificial de um povo reagir ao mau génio da natureza, uma coisa é brincar, pois todos o fazem bem e descontraídamente outra coisa será numa situação real, cada segundo é diferente, e cada minuto é curto para uma população saber reagir ás adversidades com os meios ou falta deles que estão ao dispôr.
Atentamente,
Fernando Barbosa
Boa tarde,
A actividade sísmica e o zonamento sísmico do nosso país, penso não ser devidamente conhecido pelos cidadãos.
Toda a faixa costeia sul, desde Cascais até ao Algarve, e toda a zona costeira do Algarve encontram-se na zona sísmica mais sensível.
Nas escolas posso dizer que raramente são feitos acções de esclarecimento e formação deixando as várias gerações sem preparação para saber lidar com um episódio de sismo.
Pelo que parece, a zona de Lisboa tem vindo a ser alvo de sismo de grande intensidade com uma preriocidade próxima de 250 em 250 anos, fazendo com que tal período já tenha sido ultrapassado desdo o sismo de 1755. Gostaria de saber o que está a ser feito para actuar caso venha a ocorrer um sismo violento nos p´roximos anos?
antes de tudo deixar o apontamento, mais uma vez, para a falta no programa de um geólogo. Lamentável discutir assuntos desta natureza sem a presença, legítima, destes profissionais, invisíveis para tantos. Resta perguntar porquê!
E entre outras coisas, saber assim como é possível não reparar, que antes de se falar em superestruturas ou em questões de engenharia Vs arqutitectura, e de matar as questões neste ponto, questionar o sítio, os terrenos onde são justificadas (ou não) por n-razões, construções que nunca deveriam existir! Percebe-se porque quase só existem engenheiros e arquitectos em Câmaras...
E ainda, deve-se falar em Perigo sísmico antes de passar a questão para outra coisa que é, o Risco Sísmico. Falta Rigor também...
Temo que seja uma catástrofe. Talvez os edifícios flexíveis que têm a estrutura de gaiola construídos logo após 1755 sejam mais seguros do que muitos outros do séc XX. Eu não sei o que fazer a não ser colocar-me debaixo de uma parede mestra ou fugir para a rua...
Boa tarde!
Tenho uma deficiência motora e tenho consciência que o edifício onde habito não tem qualquer plano de combate ao sismo e foi construído há 10 anos. Ah, o edifício é de Penafiel.
Se calhar vivemos numa coisa chamada país que não liga ao facto de poder haver um sismo e só se lembra das coisas após as desgraças acontecerem.
Infelizmente a maioria das pessoas só se lembram dos para incêndios...
Um bem haja a todos os convidados
Cumprimentos
Cristina Rocha
considero preocupante o estado do parque habitacional de Lisboa, em particular o dos edifícios anteriores à entrada em vigor do REBAP, fazendo com que as contruções anteriores aos anos 70/80 apresentem condições deficitárias para aguentar um episódio sísmico de maior intensidade. Falo de construções na sua grande maioria realizada com recurso a técnicas ultrapassadas, que não têm sido alvo de devida manutenção e recuperação e que podem vir a estar na origem de um cenário de catástrofe.
Da mesma maneira que é atribuída licenca de habitabilidade a um edificio, porque é que não lhe é retirada quando se verifica que não estão reunidas as condições de segurança minímas? Onde é que está a fiscalização camarária? e por parte dos bombeiros e protecção civil?
Estamos à espera que começem a cair edificios antigos, ocupados e devolutos para prestar atenção a este problema?
Acho que Portugal infelizmente não está preparado para um sismo, e se Portugal já teve em tempos uma preocupação e uma legislação rigorosa, presentemente à uma dessensibilização para o problema (talvez mude agora com o exemplo de Itália). E num país que pensa em TGV's e aeroportos não pensa no que existe e nas zonas de risco como são os centros históricos. Edifícios hospitalares e similares deviam ser alvo de inspecções do comportamento sísmico (e não só) e os respectivos planos de emergência revistos já que nalguns casos são antigos e desactualizados.
em Portugal nunca se aposta na prevenção. Os resultados dessa pseudo politica do deixa andar pode ser completamente desastrosa tendo como exemplo fulcral o de um sismo em território nacional. Tendo em conta os planos de protecção civil e o tipo e qualidade de construção dos edifícios só rezo para que no meu tempo de vida não tenha de assistir a um sismo. Mesmo que agora se tomem todas as medidas possíveis para minimizar os possíveis danos ainda seria muito insuficiente para evitar verdadeiras catástrofes. Mas nem tudo é mau, quem sabe o ornamento do território possa mudar, á semelhança de Lisboa de marquês de Pombal, ao menos não teremos tanto transito em Lisboa anos após um grande sismo.
ASS: Pedro Silva
Haverá possibilidade de divulgarem o título, autor e editoras das obras literárias que ao longo do programa foram mostradas?
Atentamente
antonio_brigida@hotmail.com
Vivi numa zona bastante cismica na Republica Dominicana, na qual passei 2 grandes terramotos, um de 6.1 e outro 6.4 em 2005, e verifiquei ao importante e ter contrucoes de habitacoes preparadas para isso.
Nesses dois terramotos so se verificou algumas poucas habitacoes estragadas, mas quando me mudei para Barbados (sul das Caraibas) na qual tivemos no ano passado um terramoto de 7.5 (Gigantesco) eu verifiquei muitos estragos mesmo sendo um terramoto maior do que os de Republica Dominicana, e isto se deve as habitacoes em Barbados, Martinique, etc... nao estarem preparados para sismos.
Desde já um bom aja a todos e muito obrigado pelas participações.
Mas não querendo ser mau dissente, nem pessimista, nem radical, mas simplesmente realista.
Como Eng.,. E estudante de sismologia e prevenções de segurança humana, sabendo um pouco de Eng.ª civil. Medicina, e ordem publica. Vou tentar dar o meu melhor.
Ou seja tentar explicar um possível cenário.
Caótico, como e de esperar.
Não vai ser nada como alguém queria infelizmente, porque será?
1.ª Pergunta.
- será que o bombeiros ou INEM do sitio?
Não! Pois também eles são afectados e por ventura ficaram sem meios logístico no local.
2.ªTeremos viaturas e capacidade para o tipo de sinistro?
Não, nem muito menos pessoa a altura, e preciso saber de estruturas a fim de a remover com segurança sem fazer mais estragos.
3.º Teremos capacidade MEDICA e hospital?
Não, pois não se pode deslocar, nem os efectivos para reforçar os hospitais que tb eles afectados e com alguma idade e sem sistemas anti-sísmico!
4.º Telecomunicações? Funcionaram!
Como estão dispostas e estruturadas e não autónomas, logo não!
Axo que o pouquinho que disse já chega, para verem o filme infelizmente!
COMO não sou Critico, Nem deita Baixo o trabalho de muitas pessoas, passo a explicar as minhas respostas fundamentadas.
Justificação da Resposta a pergunta 1:
Se temos bombeiros encurralados em corteis velhos e de fraca classe anti-sísmica, e fácil infelizmente de prever que lhe vão cair em cima a estruturas. As estruturas deferiam de ser metálicas ou mistas. Logo anti.sismicas.
Justificação da Resposta a pergunta 2:
Não temos pessoal estruturado afim de conhecer a estruturas afim de fazer um trab. de desencarcerando especifico nem viaturas mecânicas para o mesmo: tipo gruas, material de corte etc.
Justificação da Resposta a pergunta 3:
Hospitais velhos, e estradas cortadas com derrocadas, sem metro a funcionar, nem transportes públicos, muito difíceis as pessoas chegarem ao hospital. E provavelmente necessitamos de mais hospitais de campanha, que o Exército terá alguns!
Justificação da Resposta a pergunta :
Os postes e antenas de telecomunicações não são estruturas anti-sismica como referir.
Logo vai prejudicar e muito, muito menos tem auto alimentação. O que era óptimo.
E a principal central de comunicações também não.
Obrigado
E que DEUS nos ajude a todos, assina um simples cidadão.
Eliseu B.Vinagre
PS:
Teremos de fazer um trabalho de casa muito diferente do que o que esta a ser feito, isto e a minha prospectiva.
“… Muito simples, mas trabalhoso e complicativo, com directrizes tomadas e determinadas e efectuadas, afim de cada serviço saber o que fazer, ou melhor cada pessoa saber o que lhe compete fazer, sem necessitar de um comando ou ordem ou de um telefonema, todos autónomos para um FIM. …”
Obrigado mais uma vez.
E peço desde já desculpa de disse alguma coisa que esta errada! ou omite alguma verdade!
As minhas desculpas.
Enviar um comentário