quinta-feira, junho 25

Como vingar na música

Com tantos concursos de talentos musicais, vale a pena perguntar: quem segue, efectivamente, a carreira de músico? Os talentos nascem de geração espontânea ou são desenvolvidos no Conservatório? Vale a pena estudar música ou o que conta é o tão apregoado “dom”? E, em bom rigor, quem consegue ganhar a vida como músico?
É provavelmente a carreira mais ambicionada pelos jovens – e não só, atendendo ao fenómeno Susan Boyle –, logo a seguir à de futebolista. Há várias alternativas, desde a banda de garagem que ensaia para actuar em arraiais, até ao “habilidoso” que grava um vídeo e alcança o estrelato no You Tube, passando pela violoncelista que estuda 7 ou mais anos. Todas as opções são válidas.

Convidados:
Vitorino Salomé, Músico
Miguel Francisco Cadete, Director da Blitz
Luís Jardim, Produtor
Carminho, Fadista

64 comentários:

Anónimo disse...

talvez 90% procure o estilo de vida, a visibilidade ou a fortuna dos grandes musicos e não o sonho dentro de sí.
Ruben Machado

Carla Larião disse...

O meu filho começou a estudar numa escola de musica de uma sociedade recreativa ,hoje a escola foi elevada a Conservatório D`Artes de Loures situado no Catujal, só e pena que não haja apoios para os pequenos que tanto gosta desta arte, na minha perspectiva acho que todos os músicos deveriam de saber ler uma pauta.Carla Larião

Martinha disse...

Gosto, basicamente, de Rodrigo Leão, Madredeus e Jorge Palma. Depois há mais um ou outro cantor de que gosto também, como Carlos do Carmo e Tony carreira...

Neste momento ando a ouvir Lily Allen e o álbum: "It´s not me, it´s you".

Depois adoro o cineasta e músico Emir Kusturica...enfim...ter o "dom" e cantar com alma é, realmente, a qualidade essencial para vingar no mundo da música.

cumprimentos
Martinha

António Silva disse...

Boa tarde
Aínda bem que falaram da Islãndia, eu adoro a música alternativa de lá (Bjork, Sigur Rós...)Gostava de perguntar a Vitorino se já pensou em fazer música alternativa (menos tradicional)!
Não concordo com o Luis, e da sua ideia que a pop é que impulsiona um músico para as luzes da rivalta... Secalhar há músicos que gostam de cantar o que lhes vai na alma, e não com o intuito de conquistar multidões... (muito mais valiosa na minha opinião)!
O dom é inato, mas tem de ser trabahado com estudo!
Abraço para vocês!

Lúcia disse...

Para vingar na música é preciso mais do que ser "pop", é preciso que haja uma proposta diferente, que se distinga de alguma forma.

Não concordo que não se deva investir no fado, por exemplo grupos que o trabalham com novas sonoridades (A Naifa, Donna Maria, Deolinda, Amália Hoje) mostram que se pode ter sucesso conjugando tradição com uma vertente mais comercial.

Acima de tudo é preciso paixão, gostar do que se faz e investir muito nisso.

Para mim o início da carreira dos The Gift é ilustrativa de como as editoras se enganam naquilo que pode vingar ou não: foi preciso eles tomarem a iniciativa e editarem o seu próprio album e hoje são um dos grupos portugueses de maior sucesso.

Unknown disse...

Olá, boa tarde. Antes de mais devo dizer que sou fã da boa música portuguesa e, talvez até por isso, dê mais importancia ao que me podem dizer os artistas através do myspace e acompanhar as suas carreiras por lá, pois por questão de princípio não compro revistas cor-de-rosa por darem mais ênfase à vida pessoal dos artistas do que à sua carreira. Kisses Ass: Telma

Bunny disse...

Acima de tudo quero dar/lhe os parabens pelo programa. Penso que a musica foi feita para quebrar barreiras e, como tal, nao deveriam descurar o facto de que os EUA sao um melting pot e que, a musica que ouvimos e uma uniao de diferentes vivencias.
Sou compositora ha sensivelmente dez anos ja ganhei festivais e ninguem me pega no estilo rock jazz, algum conselho?

moonlover disse...

Temos alguns exemplos de talentos descobertos por concursos como a Sara Tavares ou a Marta Plantier mas precisam de acertar no agente ou editora certa, porque as rádios continuam com a playlists feitas pelas grandes editoras não dando espaço a novos músicos!
Pelo que eu sei é muito difícil sobreviver só da música em Portugal.

Parabéns pelo programa
um beijo
elisabete

its-m-i-n-e disse...

É mesmo pena que as nossas rádios não passem boa música portuguesa. O que se passa com os Portugueses que não gostam de si?
Ouve-se tanta coisa estrangeira má e tão batida na rádio, que não dá para acreditar que quem passa, não saiba que temos melhor!
Parece mesmo que não se lembram!

Bunny disse...

Sou compositora ha 10 anos e ja ganhei festivais, escrevo em portugues e ingles rock jazz e mesmo assim ninguem me ouve? nao acredito que seja apenas uma questao de sorte....
Acho importante perceberem acima de tudo que a musica americana reflecte uma mistura de culturas dai a facilidade de marketing e comunicacao sem barreiras, ate porque independentemente da musica o objectivo e sentir...

Tiago David Presley disse...

As rádios transmitem as músicas que os ouvintes dessa rádio ouvem. Por exemplo, a rádio da minha Terra, Marcoense FM, passa essencialmente música pimba e tradicional portuguesa. E além fronteiras essa música “não pega”, pois não transmitem uma mensagem.
As músicas que estão na ribalta mundial, são “imitações” nas músicas dos anos 60, 70 3 80. Podemos equiparar a música actual ao renascimento, em que a imitação dos clássicos era copia-los com espírito criativo e crítico. É o que acontece actualmente com a música actual.

TIAGO PEREIRA, 15 ANOS

sonharamar disse...

Gostava de saber quando é que haverá rádio DVB-SH em Portugal. O FM é coisa pré-histórica e de muito má qualidade.

ASS: Pedro Silva

Unknown disse...

1. Quem segue a carreira de músico é quem entende as regras do mercado. Quem se enquadra com a realidade global e entende que fazer música é tambem fazer passar a sua mensagem ao mais vasto auditório possivel. Só depois de uma carreira estruturada e uma imagem defenida, se pode tocar/produzir aquilo que mais sensibiliza o autor.

2. É sempre muito melhor ter conhecimentos de música sob pena de não haver evolução intelectualmente estruturada, mas a audição e compilação de sonoridades a que os DJ's (por exemplo) estão mais atentos pode enriquecer a composição de um músico de formação.

3. Quem consegue ganhar a música como músico, é como em tudo na vida, aquele que passa melhor a sua mensagem (escolhendo e estudadndo bem o seu target) e mais atento está a sensibilidade das correntes e percursos da humanidade.

Abraço de um Músico para o Vitorino.
Helder Nascimento (filho de Jorge Nascimento)

Patrícia Xará disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Graza disse...

Estou a almoçar, acabei de entrar na RTP2, mal sei qual é o tema porque não tive tempo de ler, mas pela amostra que aí tem e pelo pouco que já ouvi não posso deixar de lhe dar os meus parabéns por tê-los trazido aí...

Anónimo disse...

De uma maneira ou outra as radios controlam a musica em portugal

Hugo Cunha disse...

A música Portuguesa é boa tem é falta de divulgação,essa tal de RFM é muito má repetitiva e pouco original. Vejam o caso recente da Carminho ou Oquestrada levaram 7 anos para gravar o Album são excelentes e merecem mais divulgação. precisava-se de uma rádio Nacional que fosse diferente do existe e porque não criar um canal de cabo que passa-se todas operadoras equase só passa-se música Portuguesa, é uma pena não existir isso em Espanha por exemplo existe que eu já o vi e ainda bem. E tambem já agora á música Espanhola, Francesa Italiana, etc que não chega cá o que um pena.

Damo disse...

O grande Jorge Palma é o verdadeiro music-man, vive da música, e respira da mesma. É uma pena que só agora lhe tenha chegado o devido reconhecimento. Contudo, acho que neste país, se não fosse um Encosta-te a obra do Palma continuava a passar ao lado de toda a gente. É triste ver a quantidade de porcaria que importada que passa na rádio, quando cá dentro há coisas tão boas, que só não são reconhecidas porque não são mostradas. Música Portuguesa que passa é mínima, e muitas vezes quando é passada são escolhidas as versões mais antigas que estão pra lá na gaveta...
Enfim...

Ana Palma disse...

Penso que em Portugal só se pode viver da música quem toca para as massas. Em qualquer uma das artes, o artista só consegue sobreviver da sua arte se se "vender".

Acho que na França e na Alemanha, o Governo subsidia o artista desde que este apresente uma agenda de concertes ou mostre que realmente trabalha. Deste modo, se um mês corre mal ao artista, o Governo ajuda de forma a que este possa ter uma vida economicamente estável.

Ana

Anónimo disse...

Sendo baixista de uma banda de Hard Rock, sei que enfrento um futuro incerto quanto ao futuro da minha banda. Todos somos jovens e temos expectativas, mas sabemos que não basta trabalho. Em breve gravaremos um maqueta que terá de ser paga e sabemos que provavelmente não haverá qualquer retorno. Dessa forma não há uma "maquina" de produção, e a internet tornou-se essencial, incluindo o fórum da revista Blitz, onde dezenas de milhares de users partilham e descobrem novos valores todos os dias. Mais do que criticar as rádios, deve-se criticar as pessoas que ficam numa letargia intelectual chocante e preferem ouvir apenas aquilo que passa na radio, não se preocupando em descobrir coisas novas. Tenho 18 anos mas procuro saber sempre cada vez mais. Não e com leis que se mudam estas situaçoes, e com educação cultural.

André Silva

Joezz disse...

Pode-se viver da música nos ditos "grupos de baile" como os Função Publika, TV5, Hi-Fi, etc...
Estes actuam mais vezes do que os artistas. O problema reside na falta de transparência(fisco) nos salários!

Catherina Sanders disse...

Boa Tarde SC,

Para se "vingar" na música é ter instrução (estudo), lutar e teimar na profissão em ser músico.
Mesmo muitas portas se fecharem, deve-se continuar a lutar.

Quem tem um dom, não deve deixá-lo morrer.
Abraços,

Catherina

Synchronized System disse...

Olá Boa Tarde,

gostaria de perguntar o que acontece à música erudita ou instrumental feita por portugueses?

Falamos muito dos cantores, mas se calhar temos melhores músicos instrumentais do que cantores.

Tenho um projecto composto apenas por duas violas... até onde vou conseguir chegar?

www.myspace.com/synchronizedsystem

Cumprimentos,
Mário Barbosa

Anónimo disse...

A música inventa-se ?

Ou a música parte de pressupostos mais palpáveis que procuram uma (re)interpretação de tradições?

---

Um (re)escrever de um passado, é aquilo que nos mantém fiéis a uma identidade. É o trinar da guitarra portuguesa que me mantém em relação consubstancial, tal concha com a sua pérola, com aquilo que sou. A minha identidade. Sempre acreditei nisso.

Sónia Costa Campos disse...

No fundo, ou não fosse indústria (onde o que impera é o lucro, e as editoras é que ficam com tudo), acabam todos por ser uns vendidos. Daí que a qualidade, muitas vezes, seja sacrificada, esmagada mesmo, pela lógica das vendas (quantidade; imagem, etc.). Além disso, também é tudo uma questão de contactos (o factor C).
Hoje em dia, o factor "star" conta muito mais para a imediata mediatização. Porém, já não existe espaço para haver apenas um punhado de ídolos na música. Os públicos, e ainda bem, diversificaram-se, portanto, deveria haver lugar para todos os estilos em termos de vendas e, consequentemente, poderem viver da música.

As novas roupagens a músicas de todos os tempos, em português, especialmente quando são de autores falecidos, às vezes estragam os originais, só para serem mais comerciais. Há outras que resultam muito bem e enriquecem as novas gerações. O Carlos do Carmo, o Vitorino, o Sérgio Godinho, e outros, que se envolveram em projectos com Boss AC, Sam the Kid, Abrunhosa, Clã, etc., resultaram sempre muito bem.

Um bem-haja para os artistas que têm a coragem de lutar para viver da música sem detrimento da qualidade. Esses sim, fazem-nos sonhar e ter esperança.

Unknown disse...

Boa Tarde.
Eu tenho uma banda de punkrock portugues, que começou a cerca de 1 ano. Eu componho, faço as musicas, e toco, sendo guitarrista. Gravar uma EP saiu tudo à nossa custa, gravando num estudio improvisado, em que tive que aprender tecnicas de gravação e produção.

Como é natural, tantas portas fechadas surgiram, mas o que mais custou, foi ouvir que temos talento mas deviamos fazer material mais comercial.

Em Portugal, infelizmente, não se dá valor à musica genuina, mas sim à musica para agradar a massa comercial.

Parabens por falarem e darem espaço à musica feita em portugal.

Rui Costa,
banda QuatroeMeio

Zeta Draco disse...

Qualquer pessoa medianamente culta consegue citar pelo menos 3 compositores de renome internacional para cada país europeu, excepto Portugal. Portugal é o único país europeu que não tem verdadeiramente uma história da música. Pouco espanta que recorra a leis nacionalistas e regule o conteúdo das rádios. É por essas e por outras que eu não ouço rádio há mais de dez anos, excepto a Antena 2 de vez em quando. Já sei, sou "elitista"!
Tem razão e Carla Larião; os músicos devem saber ler uma pauta, e já agora fazer uns exercícios de harmonia e contraponto (e deixar-se dos acordes automáticos dos teclados electrónicos). Muitos dos que por aí fazem sucesso não passariam num exame da Escola Superior de Música; mas nã faz mal, a gente pimba! É como acabou de serdito - o esforço não compensa.

Unknown disse...

Boa Tarde, chamo-me Rafael tenho 16 anos e comecei a tocar à cerca de um ano que comecei a aprender a tocar guitarra e o que me teno apercebido é que há poucos meios de evoluir na musica só pelo simples facto de escolas de música é o conservatório e pouco mais. Ou seja, ou se tem um talento inato ou então chapeu. Se investisse em escolas próprias de música ou pôr mesmo no programa de educação algo relacionado com a música. Isto faria com que a música evoluisse em Portugal se produzisse mais artistas.

Concordo com mais programas músicais tanto que eu ia sair mas quando vi um programa de música fiquei em casa

Zeta Draco disse...

Qualquer pessoa medianamente culta consegue citar pelo menos 3 compositores de renome internacional para cada país europeu, excepto Portugal. Portugal é o único país europeu que não tem verdadeiramente uma história da música. Pouco espanta que recorra a leis nacionalistas e regule o conteúdo das rádios. É por essas e por outras que eu não ouço rádio há mais de dez anos, excepto a Antena 2 de vez em quando. Já sei, sou "elitista"!
Tem razão e Carla Larião; os músicos devem saber ler uma pauta, e já agora fazer uns exercícios de harmonia e contraponto (e deixar-se dos acordes automáticos dos teclados electrónicos). Muitos dos que por aí fazem sucesso não passariam num exame da Escola Superior de Música; mas não faz mal, a gente pimba! É como acabou de ser dito - o esforço não compensa.

Rui Correia disse...

Não ouço ninguém a falar sobre Arte. Que importância ainda tem falar dessa descoberta essencial sem falar das "indústias criativas" e o negócio? será isso uma puerilidade?

Rui Correia disse...

Não ouço ninguém a falar sobre Arte. Que importância ainda tem falar dessa descoberta essencial sem falar das "indústias criativas" e o negócio? será isso uma puerilidade?

Casinhas disse...

Boa tarde a todos os presentes. Desde já parabens por tão bom programa. é dos programas que eu acho que merecia estar em horario nobre na RTP1. é por causa destes programas que a RTP2 é o melhor canal português. existe necessidade de fazer mais programas deste genero.

a minha questão ao painel de hoje é: como é que é possivel, em comparação com itália e espanha, o bilhete mais barato de um concerto dos U2 (por exemplo) custar quase o dobro cá no nosso cantinho?

itália entre 30 e 40€
espanha entre 30 e 40€
portugal sempre superior a 60€

Metropolis disse...

A própria divulgação de música portuguesa é difícil. As editoras mandam discos aos magotes das Shakiras e de todo e qulquer novo talento britânico, mas quando peço em disco de Rodrigo Leão ou de Virgem Suta, para preparar um especial ou uma entrevista, dizem-me que não têm...
Acabo, muitas vezes, por ter que pedir emprestado (para não dizer piratear) para produzir um programa semanal sobre música moderna portuguesa.

Rogério Gomes

Patrícia Xará disse...

Boa tarde!

Não posso concordar com o que o Miguel Cadete disse pois hoje em dia o ouvinte é obrigado a procurar aquilo que gosta de ouvir.
A rádio não nos mostra novas bandas, a televisão e revistas como a Blitz também não o fazem. É em sites como YouTube ou MySpace que procuramos e encontramos as novas bandas que fazem a música que queremos ouvir.

Cumprimentos,
Patrícia Xará

Unknown disse...

Olá! Parabéns pelo programa, pois este assunto raramente é falado nos media.
Não tenho dúvida que um artista pode ser maravilhoso e ter um talento imenso para ter sucesso mas se não tiver uma máquina de promoção que o ajude, difilmente pode vingar.

Há muitos exemplos de bandas que andam aí à muito tempo e continuam sem divulgação massiça, bandas como os Dazkarieh por exemplo. Têm dez anos de carreira, fazem um trabalho importantissimo de divulgação de reportorio tradicional português com uma cultura actual e ainda não conseguiram romper os meios de divulgação de grande alcance porque fazem parte de uma editora independente.

São casos que nos fazem pensar. O que pensam disto????

Daniel Gomes

Unknown disse...

Qual é o nome da banda que foi falado no programa?

PSI disse...

Boa tarde,
penso que ainda não falaram na revolução que o site MySpace trouxe ao mundo da música.
Actualmente qualquer pessoa pode divulgar a sua própria música sem a necessidade de ter um 'disco'.

Diogo Oliveira

Tiago David Presley disse...

João Jardim, quais são as qualidades que um cantor português tem de ter para vingar internacionalmente? E para si qual dos cantores, ou qual das bandas tem mais capacidades, actualmente em Portugal, para o conseguir?


Tiago Pereira

Instituto NBdrums disse...

Boa tarde. Sou baterista há 15 anos e hoje em dia 'dói-me' ao ver o que se passa no meio musical em Portugal. Começando pela parte em que a música nem sequer é considerada cultura por parte governamental, já que tudo tem um IVA 'de luxo'(20%)... É vergonhoso.
Depois, a parte em que grande parte dos artistas se esquece do feeling, pensando mais na imagem e se vai vender.
Admiro a carreira e a postura profissional desse grande senhor Luis Jardim, e infelizmente o que ele disse é a pura verdade.
Depois vem a parte do apoio, em que há uma lei que obriga as rádios a passar cerca de 40% de musica portuguesa, e a maioria nem deve passar dos 15 a 20%: Ora cumpra-se a lei.
Quanto a editoras nem vou comentar...
O que é triste realmente, é que um artista ou banda só começa a ser valorizado em Portugal, depois de ser consagrado num qualquer pais estranjeiro... é triste!!!
Depois admiram-se que cada vez haja mais gente a abandonar o país...
Eu pessoalmente (graças ao Myspace e Youtube), já recebi alguns convites por parte de músicos estranjeiros... e certamente não terei outra opção senão 'levantar voo'.

Só pergunto uma coisa: O que seria do mundo sem música???!

Nuno Baião (NBDrums)

www.nbdrums.com.sapo.pt

Dahir Bauer disse...

Olá... Gostei muito deste debate, e antes demais, penso que deveria de existir na programação televisiva, mais iniciativas destas.
O ano passado, tive na edição do rock in rio, e tinha conhecimento do cartaz que estavam a decorrer nos dois palcos.
Acredito que o problema para a não afirmação dos nomes portugueses, das mais variadas correntes musicais(hip-hop, musica ttradicional, fado, entre outras), não se consegue afirmar devido à não aposta dos nossos musicos, em deteririorimento dos chamados 'nomes grandes' da indutria musical que preenchem o percuros europeu de festivais, e à qual que Portugal também já se habituou, pelo menos nos ultimos anos.
Há que apostar mais e mais nos nomes da nossa musica, e há que dizer que o Festival do sudoeste TMN, à semelhança do ano passado, aposta também em muitos nomes portugueses para os seus palcos, tanto o principal, como o secundário; o ano passado o Camané; este ano, a Mariza.
Há que dizer que o Rock In Rio nao é o exemplo de festival, dado que só se realiza de dois em dois anos, e não é organizado por uma promotora portuguesa. Aí, só se trazem grandes nomes, que nesta última década conseguiu trazer grandes nomes e grandes bandas estrangeiras ao nosso país, e deixou-se de apostar nos nomes portugueses.
Há que saber consciencializar, tanto o poder central(o ministério da cultura) e a própria industria musical portuguesa, para fazer face a este fenómeno crescente que veio para ficar.
Dahir Bauer, 17 anos.

João Mateus disse...

Gostaria de perguntar ao senhor Luis Jardim, como é que o disco que ele produziu para o vencedor do programa idolos não vendeu ?

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jackie disse...

Um grupo de um amigo que editou um 1ªalbum e que foi muito bem "cotado" (dentro do género de Death Metal ), quando tentou lançar o segundo teve de criar a sua própria editora para poder avançar com o projecto.
Os Theriomorphic lançaram finalmente um (excelente) 2ºalbum em cd e como gracinha também em formato K7...
Infelizmente o Metal, em Portugal, está quase posto num canto.

Carla Larião disse...

Falaram das escolas e o esino articulado sabem o que e?

Soce disse...

LONEARS são uma grande banda portuguesa que conheci através do Mypace
Vao fazer uma Tour nos EUA, no Texas, enquanto que ca em Portugal mal sao conhecidos...Dão pouquíssimos concertos.
Como é possível isto aconceter?

Gustavo Andrade disse...

chegamos ontem de Londres, somos os the doups. gravamos la em abril e ontem tocamos na final do supajam 2009 e, embora nao tivessemos ganho levamos a musica portuguesa lá fora, o vencedor vai tocar ao festival benicassim com oasis, the killers, kings of leon. www.myspace.com/thedoups

marta disse...

viva! Gostaria de perguntar ao Luis Jardim qual a razão pela qual bandas como os X-Wife ou os The Gift ou a Rita Redshoes ou o David Fonseca não se conseguem internacionalizar sendo tão bons. Cumprimentos

Curso Logistica e Armazenagem Nera disse...

Ando na area da musica (em part-time) como compositor, e tenho andado a trabalhar com amigos que querem tentar vencer na area da musica,pois por muito que tentamos so temos algum sucesso na net,que ja é bom....Se as pessoas gostam, porquê as editoras e os responsaveis , não nos "pegam" ?????

Harley disse...

Penso que em Portugal continua-se a dar o protagonismo sempre aos mesmos musicos e aos mesmos tipos de musica (falando na TV). Perdemos a conta ás vezes que a Ana Malhoa (é só um exemplo) apareceu na televisão só este ano. Eu perguntava aos elementos da mesa se conhecem o trabalho dos RAMP, dos Moonspell e dos Tarantula.
Um Abraço.
Antonio Finha, Moura

Ricardo Fonseca disse...

Para vingar na música tem de haver uma conjugação de factores. Mas o principal é o talento. Temos em Portugal um grande exemplo que começa a abrir portas no estrangeiro, David Fonseca.

È dono de uma voz invulgar, aliada a uma capacidade incrível de criação de grandes temas musicais.

Ao que julgo saber não tem uma formação musical de relevo e chegou lá pelo talento. Inicialmente pelos Silence 4, muito rejeitados à partida e, posteriormente, com álbuns a solo muito aclamados pela crítica.

Os artistas que vingam pela imagem mais tarde ou mais cedo desaparecem. Tão depressa como apareceram...

Ricardo Rosa disse...

Como é que grupos pequenos conseguem chegar a uma visibilidade nacional, quando os que se dizem grandes, têm dificuldades em expor as suas próprias produções, pois os donos da música de Portugal, só olham para os de fora. Tenho uma banda pequena, lançamos o disco para mais de cinco mil pessoas e já vendemos mais de uns milhares de disco e alguém nos conhece? não é claro....

Ricardo disse...

Se repararem, dos concursos de musica da TV, quantos vingaram? De momento só me lembro da Sara Tavares.

A industria da musica em Portugal está podre.

As radios também. Ja ha muito deixei de ouvir a musica que me impoem. Agora procuro na internet.

Cumprimentos a todos em especial ao Luis Jardim, que é um gajo que aprecio.

Scherzan disse...

Boa tarde a todos os comentadores e o meu bem haja por este fabuloso programa que todos os dias nos saúda com temas fantásticos sobre a composição da nossa sociedade.
Uma saudação especial ao meu conterrâneo Luís Jardim.
Para vingar na música, mais que dom ou oportunidade é o gosto e o interesse.
Sou violoncelista e comecei o estudo aos 19 anos na Madeira contra algum preconceito de quem achava que não iria muito longe.
É um facto que cheguei e neste momento, após 8 anos de estudo do instrumento, finalizo o meu mestrado na Universidade de Évora.
É um facto que em Portugal as escola não têm muito para dar, um pouco por falta de professores que, ainda sendo da velha escola, pouco dinâmicos, não nos transmitem muita força de motivação nem nos põe a par do que na realidade se passa na Europa. Raras são as excepções mas ainda bem que existem.
Ainda assim, 90% do trabalho tem de vir do aluno e 10% do professor.
Saudações

Flauta Mágica disse...

Olá boa tarde.
Ao contrario do que o Vitorino disse, a musica ca começa desde nascença. Portugal é dos paises da Europa que mais trabalha no ambito de musica para bebes até 6 anos. No entanto não temos ca qualificaçoes para isso (os meus cursos foram tirados nos EUA), continuamos a nao ser reconhecidos e mais.... UMA QUESTAO QUE NAO FALARAM, É POSSIVEL VIVER DA MUSICA (EU VIVO) MAS COM UMA FORMA TAO INSTAVEL QUE NAO FAZ SENTIDO, E PORQUE???? PORQUE TRABALHAMOS A RECIBOS VERDES, E POR ISSO A VIDA DE UM MUSICO NUNCA E ESTAVEL. IMPORTANTE ESTE FATO, POIS NAO TEMOS CONDIÇOES PARA DESENVOLVER O NOSSO TRABALHO.

OBRIGADO

Instituto NBdrums disse...

A principal razão dos downloads ilegais, é o preço excessivo do original.
Eu já tive um disco editado, esteve à venda por 15€ e nós, a banda, recebiamos apenas 0,97€ por cada CD vendido...
Música em portugal é um luxo!!!

Nuno Baião (NBdrums)

Inês Carvalho disse...

Ser um verdadeiro músico é transmitir às pessoas o sentimento e o quão é importante para ele aquilo que faz. Na minha opinião acho que se essa pessoa for instruida e conseguir alcançar oportunidades que lhe dêm o devido talento, excelente!

Com estudo, talento, paixão, dedicação e vontade de ir mais além tudo se faz. É preciso é acreditar ;)

Inês Carvalho*

Antonio Alves disse...

Olá estou na venezuela e sempre estou a ouvir música portuguesa de todos os generos mas eu so posso obterla uzando os programa P2P já que aqui ninguen traz música portuguesa, deberiam fazer um chamado ao governo para que os consulados e embaichadas dos paises com uma grande quantidade de emigrantes portugueses divulgasem tambén a música actual e não o folklore.

Sílvia dos Santos disse...

ARTinHEART www.voiceblue-yeda.blogspot.com Come up and hear it on: www.youtube.com/voiceblue www.myspace.com/yedasom

Jordan disse...

Em relação aos downloads e ao "roubo" de música, é verdade que é um factor que pode retirar margem de manobra às editoras na hora de apostar ou não em novos (ou não tão novos) valores da música.
Mas a verdade é, também, que a maior parte dos fundos provenientes da venda de CDs vai para as editoras e não para os músicos - quem sente mais não são os músicos, portanto. Por outro lado, a internet e os downloads podem (e são) uma ferramenta que permite dar a conhecer os trabalhos dos artistas (há bandas que pedem, inclusive, a blogs que ponham links para que se possa descarregar os seus álbuns!

E uma das mais recentes e importantes revoluções da indústria musical deu-se por mão dos Radiohead: uma banda com bastantes álbuns editados e uma enorme legião de fãs por todo o mundo lançou o seu último álbum em formato digital sem apoio de editoras - o álbum estava alojado num servidor acedido através do site da banda, e cada um pagava o que achava justo pelo trabalho.
É verdade que muita gente o descarregou "à borla", mas a verdade é que os Radiohead lucraram mais com as vendas deste álbum do que com qualquer um dos outros da sua discografia!
Diogo Simões

olga disse...

Obrigado pela promoção...

Podem visitar o nosso site em www.olgamusic.com

Rui Mac disse...

O que acontece com a nossa música é simples – nós não a sabemos defender convenientemente. Se a lei da rádio existe, que seja posta em prática, eu não consigo ouvir música portuguesa nas nossas rádios.
Considero a questão da internacionalização uma questão secundária, o que eu quero é ter em Portugal grupos que tenham qualidade e felizmente existem e em grande quantidade.
Vamos defender a música Portuguesa

Dialectos disse...

Boa tarde, nós somos uma banda jovem vimaranense.. Apreciamos muito o programa de hoje.. Por experiência própria, sabemos das dificuldades que uma banda portuguesa passa.. Mas com muito amor e paixao pela música lá vamos nós passao a passo conseguindo concretizar os nossos sonhos... Fica dewsde ja o nosso contacto:)
dialectosmusic.blogspot.com
e para ouvir as musicas em:
myspace.com/dialectosmusic...

Unknown disse...

Agradeço e felicito o vosso programa.
Para conhecer duas importantes artistas portuguesas de renome internacional não conhecidas em Portugal agradeço uma visita ao blog fundacao-cico.blogspot.com.
Obrigado pelo seu comentário.
Alberto Elias

Unknown disse...

Penso que em todas as áreas aconteçem coisas estranhas. Eu por exemplo tenho uma licenciatura em Artes/plásticas-Pintura - de 5 anos - (completa)pela Faculdade de belas artes da universidade de lisboa e estou a meio de um mestrado - de 2 anos -interminável; e a coisa não serve para nada.
Não é por ai que se é melhor ou pior pintor ou escultor. Por outro lado também sou "músico" - Guitarras electricas e afins; que talvez a coisa que mais gosto mesmo antes das artes visuais. Agora a minha questão é a seguinte: será assim tão importante a teoria músical para ser um bom músico. É que para mim não vejo alternativa se não tentar por esta área (muito embora a minha practica seja empirica), que é aquilo que mais gozo me dá fazer?