quinta-feira, outubro 8

Quanto vale o património religioso?

O santuário de Fátima foi penhorado quando a TVI contraiu um empréstimo para iniciar as emissões. Mas para além deste monumento, que é o mais conhecido dentro e fora de Portugal, sabe-se quanto vale o restante património religioso?
Os santuários portugueses registam 40 a 50 milhões de visitas por ano e as autoridades religiosas defendem que é urgente valorizar este património.
A aposta passa pela restauração e construção de novos equipamentos religiosos como marca da arquitectura religiosa moderna. Mas a quem pertence este património?

Convidados:
Pedro Marques de Abreu, Arquitecto
Artur Goulart, Coordenador técnico e científico do projecto do inventário artístico da arquidiocese de Évora da Fundação Eugénio de Almeida
Elísio Summavielle, Director IGESPAR - Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico
Maria Calado, Vice-presidente do Centro Nacional de Cultura

9 comentários:

Cristina Rocha disse...

Boa tarde!
Mais do que pagar a Igreja quem deia pagar era o Vaticano ou, mais perto, o Santuário de Fátima.
PEDIR a quem pouco pode é que não está certo!
Eu sou ateia e não concordo que o Estado pague, até porque é com o dinheiro de todos os portugueses.

Cumprimentos

Sextacorda disse...

Concordo..e tendo em conta aquilo que se diz sobre as possibilidades do vaticano, poderia bem exercer\ter maior próximidade das suas células.

Cristina Rocha disse...

Sou obviamente a favor da preservação do património, seja ele qual for.
A minha opinião é quem paga.
O Vaticano é o Estado mais rico do mundo e o Santuário de Fátima (para estas últimas obras) nem precisou "mexer no seu património".

Pea disse...

Olá Boa tarde!
Mas não entendo porque é que a igreja não usa os milhares de euros que entram nos seus cofres através das doações dos fiéis,para manter todo esse património religioso. Como por exemplo usar aqueles milhões "investidos" pelas freiras naquele banco que faliu.. Vivi e cresci num meio religioso católico, e vi esse dinheiro a entrar. A meu ver a igreja tem dinheiro. Pois que o use.

Ricardo disse...

Boa tarde.
Vivo na Batalha e tenho ás portas de casa uma verdadeira aberração, em termos de preservação do património. É incrível termos a 50 metros do Mosteiro da Batalha, uma via (neste caso o IC2), onde circulam por dia milhares de veículos, principalmente pesados. Estão provados os inconvenientes desta circulação em termos estruturais para o monumento e apesar disso não se passa das palavras aos actos.

Cumprimentos

Manuela Paraíso disse...

Importante programa! - mas será igualmente importante não esquecer outro património religioso, o musical, que é sempre relegado para último plano. Quantos instrumentos musicais, nomeadamente órgãos históricos, quantas partituras seculares e fundamentais para se conhecer a nossa música antiga sacra, estão esquecidos, fechados ou são destruídos? Aproveito para divulgar o Fórum Musicológico que se realiza nesta 6ª feira e sábado, no Palácio dos Aciprestes. em Linda-a-Velha, sobre "O Património Musical em Portugal - Inventariação, Projectos, Urgências".

Anónimo disse...

Apenas quero mostrar o meu desagrado pela possibilidade de se hipotecar um patrimonio nacional em prol de uma instituição privada.
Se os santuarios recebem milhões de visitas e os seus donativos devem ser utilizados em sua beneficiação e não em beneficio de terceiros.
Pedro Gomes, de Braga.

Sylvie disse...

Concordo com a @Conceição. Também não entendo porque que a Igreja não usa o dinheiro dos fiéis para recuperar o património religioso. Neste caso falam especificamente no santuário de Fátima mas eu acho que deveria ser assim para o restante património religioso do país inteiro. Entendo se me disserem que há terras situadas em meios pequenos em que as igrejas não têm doações suficientes. O que eu não entendo é porque é que as Igrejas não trabalham em cooperação umas com as outras! (inter ajudando-se). As mais ricas poderiam dar ás mais pobres. Não é essa a própria "Lei" de Deus? porque é que eles próprios não a aplicam?
O Mundo inteiro sabe que a Igreja tem dinheiro! (só não vê quem não quiser).
Portanto, sou totalmente contra o Estado ter algum tipo de responsabilidade na recuperação do Património religioso de Fátima. Aliás, acho que o Estado é o Estado e a Igreja é a Igreja e nunca mas nunca se deveríam misturar.
Cmp.

hc disse...

Boa tarde,
O património pertence obviamente, a quem retira os dividendos do mesmo...a Igreja!
Não seria de todo injusto que assim não fosse?
Logo, quem tem que suportar eventuais despesas terá que ser...a Igreja!Seria correcto que o Vaticano ajudasse a suportar as despesas, quando também tem direito a uma parte dos lucros! Ou estarei errado?
Cumprimentos