terça-feira, outubro 27

Viciados em tecnologias

Hoje em dia é indiferente falar em telemóveis ou Internet, já que o contacto com o mundo online podem ser feito através de ambos.
Mas que perigos existem nesta ferramenta que aparentemente é inofensiva? Conteúdos impróprios, tais como pornografia, pornografia infantil, violência, ódio e racismo estão acessíveis online. Mas são suficientes para formar (ou deformar) o carácter de um indivíduo? A par dos perigos no acesso à www está a tendência aditiva destas tecnologias. Mas como definir um uso salutar de um uso dependente? A partir de quantas sms por dia se pode considerar que quem as envia tem um problema? Estar em todas as redes sociais é saudável? Têm a palavra os especialistas do SC.
Convidados:
Susana Ramos, Vice-Presidente do IPJ
Graça Simões, Direção UMIC
Tito de Morais, Fundador Projeto MiudosSegurosNa.Net
Luís Pedro Nunes, Diretor Inimigo Público

13 comentários:

hc disse...

Boa tarde...
"A Internet é o lixo do Universo..."
Acho que esta frase ilustra na perfeição o que é a Internet nos dias que correm.
Obrigado.

marciorrsantos@gmail.com disse...

Este é sem dúvida um tema interessante, que me fascina particularmente enquanto professor.
Os nossos alunos estão cada vez mais rodeados de nova tecnologia e neste momento é ao professor que cabe a tarefa de se formar para conseguir estar um passo à frente daqueles com que lida diariamente.
Como em todas as mudanças de paradigmas, também na educação continuamos a ter uma forte resistência de muitos profissionais em se actualizarem.
A consequência é simples. Alunos que não encontram motivação nas aulas, onde não há novidade nem meios tão atrativos para o processo ensino-aprendizagem, como têm por exemplo em casa.
Tudo tem limites, mas uma coisa é certa, os tempos mudaram. Não é necessário usar quotidianamente o magalhães, mas por favor tirem as penas das mãos dos alunos. Eles imploram por novos desafios.

VTRR disse...

Boas tardes, eu acho que a maior parte dos utilizadores dessas tais tecnologias seja ela qual for, é tornada sempre para uso ofensivo que normalmente é feito de uma maneira involuntária, pelo desconhecimento, desleixo, pelo uso de tendências cibernautas da qual não têm o mínimo de conhecimento do seu uso.
Eu só pergunto, você quando sai de casa fecha a porta a chave não fecha, quando recebe o troco da sua compra confere não confere, quando vai comprar aquela televisão você vê as particularidades dela e lê o livro de instruções, pergunto será muito complicado para as pessoas começarem a criar hábitos como estes, para terem um uso mais seguro e minimizarem o seu próprio risco de serem alvos de 1001 artimanhas, onde quem fica sempre a perder é sempre o mero utilizador.

Ana disse...

Por falar em fishing ainda outro dia me veio para ao email um mail supostamente da Portugal Telecom que dizia que eu tinha dividas, era obvio ser falso, tanto porque nao tenho dividas e porque nao sou cliente mas o proprio grafismo da pagina era duvidoso, mandei esse mesmo mail para a verdadeira Portugal Telecom e eles resolveram o caso, mandando-me um mail a confirmar e a dizer que tinham tratado do assunto e tambem a dar conselhos... agora isto sou eu que tenho alguma experiencia quem nao tiver pode ser muito grave...

Sílvia Alves disse...

E se os nossos filhos querem ter uma conta no twitter? Prós? Contras?

http://twitter.com/Bruxinhadepapel

Andre Santo Amaro disse...

O problema actual é a existência de uma grande lacuna geracional na aptidão para lidar com estas tecnologias.

Há 20 Anos as crianças brincavam na rua e eram educados sobre os seus perigos e a forma de lidar com ela.

Hoje, temos uma sociedade em que os Professores, Pais e Avós não partilham os mesmos códigos de comunicação e experiências que lhes permitiria explicar os perigos existentes na Internet. Um pouco pior, também muitos da classe politica também não têm a informação necessário para poder avaliar este problema.

A internet é uma ferramenta única para todos os que a utilizam. Com ela todas as nossas potencialidades sociais e profissionais são maiores, com maior alcance e abrangência.

Qualquer miúdo de hoje, a partir dos 3 anos, ao utilizar o computador e a internet estará a adquirir competências para o seu dia-a-dia no futuro.

Mais do que formar as crianças, que sempre brincaram na rua com todos os seus perigos, é necessário formar os pais e os professores. Eles sim, têm que estar preparados para lidar com esta realidade e aprender a educar crianças nesta realidade. Porque eles bricaram na rua e trabalham on-line mas, não conhecem as experiencias de socializar e jogar on-line.

as disse...

O uso fácil desta ferramenta ajudou à criação de alguns comportamentos padrão, um novo modo de comunicar, divertir-se, informar-se e relacionar-se. Este modo “virtual” tem como exemplo as novas amizades, estas não requerem necessariamente uma apresentação formal nem uma presença “ao vivo”. Lembremos a publicidade referente a uma operadora de comunicação, a TMN, que apresenta o slogan “I moche you” associado a uma jovem que tem cerca de mil amizades virtuais, e a ideia é que quantas mais amizades melhor. este facto para mim ja se torna um enorme problema no tipo de relações sociais existentes nos jovens.
andreia 25 anos porto

Victor Correia disse...

Boa tarde
Excelente programa o vosso o qual acompanho frequentemente.
Tenho 26 anos e agradeço a minha formação em grande parte a boa televisão que desde 1991 acompanho religiosamente.Tenho internet a mais de 8 anos e sem dúvida que expandiu os meus conhecimentos em todas as areas. Nunca passei por nada que me afecta-se pessoalmente apesar de passar mais de 12h por dia ligado a rede,e usar todas as suas capacidades, apesar de entender as vossas cautelas em relação ao serviço da internet penso que não seja com censura que irám controlar os mais novos utilizadores. Na minha opinião a maturidade dos utilizadores da internet é tudo, e advém dai todos os riscos ou benfeiturias que o serviço propurciona. Se os pais controlarem o rácio de maturidade, idade de quem vai utilizar o serviço grande parte dos riscos seram anulados no meu entender.

Victor Correia

Anónimo disse...

Quem acha que a internet é um perigo para a sua integridade moral, certamente que diz o mesmo da sociedade onde convive. A diferença entre a sociedade "Real" e a Virtual não me parece que seja muito diferente. Em relação às consequêcias a internet está muito à frente, deixando às supostas vitimas a escolha de continuarem a fazer parte de um mundo que os martiriza.
Por exemplo, comparar Bullying com Ciber-Bullying não será um exagero?
Os pais de que falam os comentadores têm culpa? Têm, pois à muito que a educação em casa foi posta de lado. Não é desculpa a falta de informação nem de formação, mas pode ser desculpa a falta de tempo?

AFlee disse...

Para lá de todos os problemas que a internet pode gerar o mais grave é o facto de "matar" as pessoas.
Estamos a trocar árvores por betão, e a alma pela ilusão.
As pessoas já não vivem, apenas existem na ilusão de serem quem não são.
É triste haver quem não sinta o que "o lá fora" tem para nos dar.

Sou uma jovem universitária triste por não ter quem compartilhe as vivências de uma infância feliz em harmonia com a natureza e mais importante rodeada de amigos REAIS.

AFlee disse...

Para lá de todos os problemas que a internet pode gerar o mais grave é o facto de "matar" as pessoas.
Estamos a trocar árvores por betão, e a alma pela ilusão.
As pessoas já não vivem, apenas existem na ilusão de serem quem não são.
É triste haver quem não sinta o que "o lá fora" tem para nos dar.

Sou uma jovem universitária triste por não ter quem compartilhe as vivências de uma infância feliz em harmonia com a natureza e mais importante rodeada de amigos REAIS.

PA disse...

adorei o programa... Cara Fernanda Freitas.

Exactamente por que sinto que já sou dependente da Net, para tratar de quase tudo na minha vida, e também porque a minha interacção com o mundo é feita em primeiro lugar pelo online. Fico por aqui, mas poderia dizer muito mais...:-)

www.twitter.com/pezinhosnareia

só mais uma achega ao tema...

Uma vez ouvi um investigador da Interpol que se dedica ao crime da pedofilia e da pornografia infantil dizer o seguinte:

- A internet é o espelho do mundo real. E por isso tem coisas boas e más tal como o mundo real.

Anónimo disse...

O problema fundamental é a questão da educação para a tecnologia, que passa não pela limitação no acesso à informação mas sim por saber utilizar os meios. E saber utilizar tem a ver obviamente com segurança, seja do utilizador comum, seja da criança. E a melhor fonte para aprender e informar é a própria internet.