sexta-feira, janeiro 15

Beber álcool em família educa?

O estudo chega-nos da Univ. de Liverpool: se quiser evitar que o seu filho tenha comportamentos excessivos no consumo de álcool deve iniciá-lo nesta bebida em família!
O estudo conclui ainda que as famílias que promovem a abstinência podem levar a que os filhos caíam no consumo excessivo.
No entanto, também adverte para o facto de “apesar de a abstinência impedir o risco do consumo de álcool [...] pode também fazer com que as crianças acedam à bebida fora do ambiente familiar e contribuir para um maior risco de malefícios". O que pensam pais, educadores, pedagogos e pediatras sobre este assunto? Adapta-se à realidade portuguesa? É arriscado?
Convidados:
Fernando Pádua, Presidente Fundação Professor Fernando Pádua
Margarida Neto, Associação Portuguesa de Medicina da Adição
Guilherme Macedo, Presidente Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado
Sofia Pimenta, Coordenadora Gabinete Saúde do IPJ

16 comentários:

Eva Gonçalves disse...

Penso que é na família que se educa, ponto final. O alcool não é excepção. Se os pais, não bebem, incentivam a não beber. Se bebem moderadamente, educam para o consumo moderado, e se há alcoolismo..não educam, mas dão exemplos.... Penso que os pais que não consomem devem aceitar o facto de que os filhos podem experimentar e gostar de beber alcool e que isso em si, não é mau, mas que devem aprender a beber. O problema coloca-se nos exemplos de quem consome em demasia(quer tenha ou não, consciência disso). Não é que seja arriscado. Talvez muitos pais ainda não tenham pensado nisso, que é melhor ensinar a apreciar um bom vinho, beber apenas um copo, beber apenas uma cerveja ou duas e não conduzir quando se bebe. Mas impôr a abstinência... como em tudo, nunca é bom modelo!
Cumprimentos

nuno disse...

Muitas reportagens se fazem do álcool nos jovens, mas ninguém refere que o desporto promove o álcool pois temos uma liga de futebol que se chama liga sagres, e outra a taça da liga da calrsberg....
Como é possivél deixaram escapar isto, ja na formula 1 em temos se tirou os patrocinios do tabaco.

Fernanda Loureiro disse...

Sou estudante do ensino superior e consumo álcool por vontade propria. Em tres anos na universidade nunca ninguem me obrigou ou coagiu a beber o que quer que fosse. As pessoas no ensino superior sao todas maiores de idade e portanto responsaveis por si. obviamente por vezes existem excessos mas nesses casos existem sempre os amigos.
Faco uma critica a algo que acontece sistematicamente com os orgaos de comunicação social: as associaçoes academicas nada e rigorosamente nada têm a ver com a praxe. Na praxe na Universidade de aveiro é extritamente proibido o consumo ou sequer a presença em praxe sob efeito de alcool. quer caloiros quer veteranos. e posso garantir que é uma regra cumprida. se calhar é uma das razoes para a nossa praxe nao TER os excessos sistematicamente referidos na comunicação social.

foam_born disse...

parece algo impensável que os pais de uma criança possam antecipar, minuciosamente, todas as unidades de risco e a programem a ser alheia a cada uma delas. seria mais sensato, pedir-lhes que façam o máximo possível para garantir que cresçam no sentido a tornarem-se (pré)/adultos conscientes, com auto estima suficiente, para discernir livremente o que realmente querem fazer com a vida.
é preciso combater o excesso de intervenção parental porque a alcoolemia, como qualquer outro comportamento de risco, relaciona-se com um arremesso de factores sobre os quais os pais não conseguem agir.
portanto, less is more, quanto mais se ferve o biberão mais individuos são obrigados a enfrentar alergias

ANGELA VALE disse...

de modo algum beber alcool em familia poderá educar.Temos de dar o bom exemplo para que os nossos filhos o possam seguir , quer neste aspecto como em qualquer outro.

Obrigada

aBesta disse...

Boa tarde, sou estudante Universitário e convivi de perto com situações de álcool excessivo e creio que realmente a filosofia que é adquirida aquando as praxes é que o consumo deste género de bebidas é algo que é "obrigatório" entre os estudantes servindo muitas das vezes como desculpa para a integração no grupo. Conheço os meus limites e saliento a importância de manter o controlo da situação de modo a evitar excessos cometidos nas praxes, jantares, festas etc. A diversão com os amigos vai muito para além de consumo do álcool, só tenho pena que nem todos pensem assim.

Alexandre disse...

Não seria melhor educar o consumo, e o lazer? A enorme solidão a que a nossa sociedade vota o individuo, e o consumo como unica saída. Seja alcool ou o que for e por isso afecta os paises mais "desenvolvidos".Promover o convivio ao invéz de proibir. A unica campanha de educativa foi mesmo das empresas de alcool, a ANEBE.

Unknown disse...

Boa tarde sociedade civil

Tenho 23 anos, e consumo alcool, em dias de festa, ou outras ocasiões, moderadamente, estou tambem no ensino superior, e na minha opinião a maioria dos jovens, bebem para não se sentirem "excluidos" pelos amigos, por não beber, ou bebem para se refigiar de certos problemas da vida, não pensando nas consequencias.
Pois para além da informação a que todos tem acessso, sobre alcoolismo os jovens deviam deviam agir com mais maturidade, e escolher talvez melhor os amigos com quem convivem, pois festa nao implica o sinonimo de beber ate cair.com isto nunca esquecer que os bons princípios, partem da educação que levam de casa.

Alexandre disse...

Em casa bebo alcool COM MODERAÇÃO, os meus filhos vivem ciom isso, como com tudo. Na missa também a celebração é feita com vinho. Não se pode fingir que as coisas não existem, ou banir a realidade, mas sim construir.

Sylvie disse...

Boa tarde!
Conforme disse o Dr. Fernando P. deviam ter jovens hoje no programa para podermos ouvir/saber as suas opiniões!

Acho que os jovens começam a beber principalmente para se integrarem num determinado grupo com o qual se identificam mais.
Fazem-no com o álcool como com os cigarros, e por aí fora!

sara carvalho disse...

Acho que a educação em casa é a base principal. Como professora vejo que essa vontade de educar por vezes é incomodativa, chata e cansativa. Há que saber dizer não e muitos pais não querem ser os maus da fita, principalmente porque passam muito tempo fora e sentem-se culpados quando dizem não.

Mariana Pinto Ascensão disse...

Fala-se em desinibição e em integração, mas ninguém refere que ,muitas vezes, o intuito da "bebedeira rápida" é o da fuga intensa, a nossa sociedade é altamente individualista e, não sendo algo consciente, tenho 24 anos e apercebo-me que tanto eu, como os meus pares, vivemos uma solidão camuflada e um desânimo latente, não há aqui culpados, nem vítimas, porém oiço os meus pais referir que socializavam e se apoiavam uns aos outros, aquando da sua juventude, hoje, é cada um por si e os valores nos jovens escasseiam!! Sugiro que não se atribuam responsabilidades, existem famílias e famílias, mas gostaria de referir que é fundamental,em família, dotarem-nos a nós, jovens, de um abraço, de um olhar que nos veja, de algum tempo de qualidade passado connosco, porque temos é sede de amor e de ter uma referência, um rumo!!

The teacher disse...

NUNCA!Sou pai e professor e penso que dialogar educa mas com álcool nunca. Ainda ontem iniciei uma unidade temática em Inglês intitulada: Dependências e começámos a abordar alguns vícios. Falei com os meus alunos na destruição dos neurónios e no beber quanto mais tarde melhor. Foi uma aula muito interessante por ter chegado aos meus alunos de uma forma que eles próprios não esperavam, mostrando-lhes os malefícios e as graves consequências da ingestão das bebidas alcoólicas. Todos nós, pais , educadores e sociedade civil devemos mudar este rumo inexorável de vícios e dependências que só destroem...

Gil Montalverne disse...

Fernanda Freitas acabei de telefonar para a RTP protestando junto do Gab. de apoio ao telespectador por na sequência do seu excelente programa ter sido imediatamente transmitido um programa sobre Produção e Consumo de Vinhos. Fiquei chocado pelo que ouvi,género "criar o interesse dos jovens pelo consumo do bom vinho", "os rosés estão cada vez mais na moda sobretudo na juventude", etc. Até que ponto chega a falta de consciência de uma estação que, embora programado, teria tido 1 hora e meia para alterar o programa que se seguiria ao seu, excelente como sempre. Desculpe este desabafo sabendo que a solução não estava nas suas mãos. Em que mãos estamos nós?

Atena disse...

E já agora, será que também é o fado que instroí? Por amor de Deus beber em família? Eu acho bem se for sumo, àgua, e afins... Alcool em familia só em dias de festa e julgo que para adultos.
Cumprimentos.

Anónimo disse...

é isso ai, devemos beber pra nossos filhos não beberem, mas pensa só. se mat-los eles tbm não vão beber.