quinta-feira, março 18

Responsabilidade social das empresas

Quais são as empresas com mais projetos de responsabilidade social? Que estratégias utilizam para fazer cumprir os seus projetos, ainda que em tempo de crise? Há legislação que obrigue as grandes empresas a doarem parte dos seus monumentais lucros para acções de responsabilidade social? Que benefícios são concedidos, nomeadamente a nível fiscal? Que projetos existem para incentivar a integração de pessoas portadoras de deficiência? Que instituições da sociedade civil podem beneficiar destes apoios?

Convidados:
Jorge Líbano Monteiro
, Associação Cristã de Empresários e Gestores
Alexandra Pimenta, Directora do Instituto Nacional para a Reabilitação
José Pena do Amaral, Administrador de entidade bancária
Conceição Zagalo, Presidente Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial

6 comentários:

Partido de Todos os Portugueses disse...

E assim se cultiva uma sociedade com base na humilhação do ser humano, a obrigar alguns a suplicar por caridade. Quando existem lucros com origem em "mais valias", isto é, usura de poucos.

As empresas que fornecem serviços básicos, EDP, GALP, ÁGUAS de PORTUGAL... etc. Devem contribuir para o ESTADO e resdistribuir equitativamente o redimento entre TODOS os Portugueses.

Responsabilidade Social tem de ser a obrigação de pagar impostos. E não fugir aos impostos.

A sociedade de caridade NÃO é responsabilidade social. É humilhação social!

José disse...

Boa tarde,

Apenas deixar um comentário.

Acho que em muitas empresas (principalmente nas de grande dimensão) a política de Responsabilidade Social não é mais do que uma forma de melhorar a sua reputação e imagem junto dos consumidores e assim obter vantagens competitivas face aos seus concorrentes.

Na realidade, a grande motivação acaba sempre por ser o lucro...

Por exemplo, recebo todos os meses uma newsletter de uma empresa com uma lista das acções de Responsabilidade Social que vão fazendo. Que mais não é isto senão uma acção de Marketing?

Obrigado

Sociedade Civil disse...

"Boa-tarde.
Acho que a definição e apoio de quem tem deficiência devia ser analisada de modo cruel, desprovida de emoções, porque as pessoas com deficiência adquirida devido aos seus actos, doenças que lhes surjam ao longo da vida e acidentes laborais, de viação, no lazer, etc., deviam ser discriminadas, excluídas, rejeitadas por todos, (inclusive, pelos verdadeiros deficiente) os que promovem a igualdade, a inclusão, responsabilidade social...
Apesar da Sociedade apresentar dificuldades sociais, profissionais, quem mais beneficia da propanga de promoção de quem tem deficiência, são as pessoas que subitamente chegam ao nosso mundo, com uma incapacidade adquirida.
Acho injusto, e considero-os oportunistas!
Lamento que os azares da vida, acidentes, doenças, não sejam maiores que a reduzida percentagem anual que continua a não ter impacto num país, ou no mundo. Seria justo que uma população visse o aumento progressivo da deficiência, mesmo essa adquirida, 10%/20% ao ano.
Relativamente ao envolvimento das empresas, responsabilidade social, medidas pessoais, sociais, etc, eu teria muito a dizer, mas vou esperar até um dia...

José M."

(via e-mail)

Tiago Alexandre disse...

Boa tarde!
Gostaria de focar o debate num outro aspecto da responsabilidade social, não só das empresas, mas das entidades patronais.
Tal como muitos dos meus amigos sou recém-licenciado, pelo que o tema corrente nas nossas conversas de café é sempre "o que fazer agora?" Felizmente os meus amigos formados na área das novas tecnologias conseguiram estágios remunerados com condições relativamente boas. Contudo amigos formados noutras áreas, tal como eu próprio, não encontram condições mínimas para começarem a sua actividade profissional! E os grandes responsáveis por tal acontecer são as entidades patronais e a sua falta de responsabilidade social! Os estágios são utilizados para "tapar buracos", preencher lacunas de falta de mão de obra!
Eu próprio estagiei no sector público, fora da minha área de habitação, com remuneração 0 (zero)! A bom ver, estive a pagar para estagiar! Falavam à pouco dos jovens desanimados... bem, com exemplos destes, como é que não deveríamos estar?
Este é daqueles exemplos em que a (falta de) responsabilidade social está a 100% do lado da entidade patronal!
E gostava de relembrar os convidados: estes estágios estão protegidos pela legislação em vigor!
Pergunto: porque não resolver de uma vez por todas esta lacuna dos estágios não-remunerados?!?

Bem haja e muito obrigado!

Tiago Alves

Anónimo disse...

Peço desculpa pela frontalidade, mas se até o estado se anda a descartar a pouco e pouco das suas responsabilidades, como é possível pensar que as empresas têm responsabilidades sociais? Aliás, nem essa é a sua função. Tomáramos nós que as empresas funcionassem bem e pagassem salários como nos outros países da CE, o que permitiria resolver os outros problemas...
Ovbiamente se optamos pelo capitalismo, a única responsabilidade das empresas é o lucro e o crescimento, por mais bem intencionados que sejam os oradores presentes, o resto deveria ser feito pelo estado.
Calro que existem excepções, até por parte dos empresários mais perperspicazes, que percebem que ao fazer isso estão a melhorar o ambiente na empresa e portanto a produtividade.
Nota: eu sou trabalhor e não empresário.

Sociedade Civil disse...

"Eu, como jovem( tenho 23 anos) acredito que se iniciarmos o voluntariado logo jovens, de certo que ao nos integrarmos numa empresa, teremos a possibilidade de impulsionar a responsabilidade social nas empresas, pois estas são as pessoas que nelas trabalham. Todos devem contribuir independentemente da idade
Gostei bastante da ideia de voluntariado social. Este programa está muito bom.

Parabéns à equipa"

Stella Esteves