sexta-feira, abril 30

Empresas promovem igualdade

Na Véspera do Dia do Trabalhador, o SC quer dar a conhecer o projeto “Diálogo Social e Igualdade das Empresas”.
Em linhas gerais, este projeto visa promover as boas práticas em matéria de igualdade de género e da não discriminação entre homens e mulheres. Mas a realidade não é projetada: ainda existe uma diferença salarial de 22,5% entre homens e mulheres.
Como é que se mudam mentalidades empresariais quando a sociedade ainda está a tentar encaixar a mulher na vida pública? Como se promove o diálogo da igualdade? Haverá um dia em que este diálogo estará obsoleto?
Opiniões, explicações e exemplos de boas práticas, hoje, no SC.

Convidados:
Sara Falcão Casaca, Presidente Comissão para a Igualdade de Género
Sandra Ribeiro, Presidente Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego
Fátima Carioca, Professora na AESE – Escola de Direcção e Negócios
Manuel Sousa Antunes, Vice-presidente da Associação Portuguesa dos Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos

11 comentários:

Raquel disse...

Igualdade entre homens e mulheres nas empresas? Como, se as mulheres são diferentes dos homens? Porque apesar de eles ajudarem em casa, as tarefas domésticas, os cuidados com os filhos, se os houverem, o cuidado com os pais/sogros idosos, etc, continua a ser, na maioria das vezes, responsabilidade da mulher. E são elas que engravidam e ficam frágeis com isso, e têm o parto e amamentam...
Para além disso, a mulher é mais sujeita ao assédio sexual e exigem mais da sua imagem exterior e continuam a exigir melhores resultados académicos em relação aos homens. Veja-se, por exemplo, as mulheres na política...
Estas empresas da igualdade são sonhadoras... flexibilização de horário? Onde, eu também quero...se for só em Lisboa não dá!
E o teletrabalho? Onde há? Bem que me dava jeito...

João Marialva disse...

O problema de muitos movimentos para a igualdade, é que acabam por introduzir diferenciações, ao adoptarem soluções de privilégio de grupos, e impondo outras diferenças!
Quanto à igualdade de géneros, ela não pode ser vista independentemente dos atributos de cada género e do que se precisa para a função laboral em cada empresa!
As empresas tendem a pagar menos à mulher, por assumirem maior absentismo. Para haver igualdade de oportunidade e remuneração, bastava que a Lei contemplasse penalização total do absentismo, e remuneração proporcional à produtividade de cada indivíduo, devido às diferentes condições fisiológicas e físicas, normais dos sexos!

Emanuel Boavista disse...

Boa tarde!

A verdade é que a diferença é notória entre os salários.
No entanto, esta questão ainda é muito significativa em outros sectores, isto é, nos lares, por exemplo, a mulher ainda é, em muitos casos, a pessoa principal em relação a tarefas domésticas...
Desta forma, penso que primeiro é necessário mudar esta mentalidade (que faz parte da base) para depois chegar-se a outros campos como o emprego, etc

Obrigado :)

Luis disse...

Desde novo sou contra discriminações e pela igualdade de condições e oportunidades independentemente daquilo que nos diferencia, género, etc. mas para todas as condições, de entre as quais o trabalho, e não só algumas.
Embora extravasando um pouco o tema em discussão gostaria de perguntar à Dra. Sara Falcão Casaca, como Presidente da Comissão para a Igualdade de Género, se acha que nos processos de divórcio e de regulação das responsabilidades parentais existe igualdade de tratamento do género.

Luis disse...

Desde novo sou contra discriminações e pela igualdade de condições e oportunidades independentemente daquilo que nos diferencia, género, etc. mas para todas as condições, de entre as quais o trabalho, e não só algumas.
Embora extravasando um pouco o tema em discussão gostaria de perguntar à Dra. Sara Falcão Casaca, como Presidente da Comissão para a Igualdade de Género, se acha que nos processos de divórcio e de regulação das responsabilidades parentais existe igualdade de tratamento do género.

aderitus disse...

Concordo com que todas as pessoas ganhem o mesmo, pelo o mesmo trabalho efectuado. No entanto, porque passamos sempre, nestas discussões, da pseudo igualdade entre gêneros, para a defesa da superioridade feminina? a defesa da integração numa sociedade onde independentemente dos sexos, as pessoas sejam valorizadas pelas suas capacidades, dá-vos o direito de iniciarem uma campanha sexista contra os homens? Porque não falam da enormíssima percentagem de jovens masculinos que abandonam precocemente as escolas? Seremos nós mais burros ou menos capazes que as mulheres? porque não falam de como, muitas vezes, nos divórcios as mulheres são muito mais protegidas que os maridos, inclusive na tutela dos filhos? E nos assédios sexuais e violência doméstica, física e psicológica,perpetuada por mulheres e cujas as vitimas são simplesmente ignoradas e enxovalhadas? A igualdade serve para os dois lados não só para um...obrigado

noEnigma disse...

Se as empresas Portuguesas, dificilmente atingem o objectivo de uma boa gestão organizacional, pergunto-me quando atingiremos o desafio da promoçao da igualdade.
A fuga do ( know how ), nao so acontece entre as mulheres e os homens. Acho que passa ja por ai, para atingir essa vontade.

cumprimentos

JC

Sónia disse...

Boa tarde,

É muito bom assistir à discussão destes assuntos, com clareza, com objectividade e com optimos exemplos e conselhos.
A igualdade de que se fala é muito mais a de oportunidades, é fundamental que mulheres e homens sejam considerados iguais, que a avaliação seja a do dsempenho e do mérito e não outra qualquer.
As mentalidades estão a mudar, mas é necessário que mudem mais ainda, em casa, na educação dos filhos, na assistência à família (filhos, e outros parentes)cabe também aos homens transformar alguns direitos em deveres efectivos, como por exemplo a licença de parentalidade. Verbos como AJUDAR ou COLABORAR, pressupõem uma situação desigual, devemos substituí-los imediatamente no nosso quotidiano por outros como DIVIDIR e PARTILHAR...

Cumprimentos a todos, um beijo especial para a minha antiga colega Sandra Ribeiro.

susana disse...

Boa tarde.

Muitos parabéns pela excelente qualidade deste programa.
Gostaria que me informassem como se pode adquirir o jogo de promoção da igualdade, que foi aqui divulgado.

Obrigada

Sociedade Civil disse...

O baralho de cartas é grátis pode ser pedido à CIG:
Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género
Sede - Av. da República, 32 - 1º
1050-193 Lisboa Portugal
Tel. 21 798 30 00... Ver mais
Fax 21 798 30 98
Email: cig@cig.gov.pt

Delegação Regional
R. Ferreira Borges, 69 - 2º C
4050-253 Porto Portugal
Tel. 22 207 43 70
Fax 22 207 43 98
Email: cignorte@cig.gov.pt

Raquel disse...

Alguém que trabalhou no local, disse-me que nos hipermercados as funcionárias das caixas e acho que os outros, em geral, têm um salário inferior ao dos homens, executando o mesmo trabalho. Isto é só um pequeno exemplo, pois há injustiça noutros locais de trabalho também. No entanto, as diferenças de pagamentos entre homem e mulher tem sido menor, com a luta da feministas ao longo dos anos, atenuou-se. Relembro, que ainda há cerca de 30 e tal anos para trás, as mulheres não tinham direito a votar em Portugal, só por ser mulher.
Informem-se da atribuição de prémios aos atletas: a Rosa Mota disse que há 20 anos as mulheres receberam uma máquina de costura pelo primeiro lugar e o homem vencedor um automóvel! Ainda hoje os prémios são sempre inferiores para as mulheres pelo mesmo esforço. Não estou a inventar nada. A Mulher ainda está em desvantagem só por ser mulher. Espero que, também não apareçam feministas extremistas. Nem "8 nem 80"...
E o sr. Aderitus vem com uma conversa de as mulheres quererem ser superiores, que idiotice... a maioria das mulheres continuam a ser inferiorizadas e mal pagas. Mas cuidado com as gananciosas e radicais, é claro, e as criminosas, mas são poucas!
O ser masculino é quem faz e participa brutalmente nas guerras, o principal responsável por grandes desastres ecológicos (lembrem-se dos derrames de petróleo), etc.
Porém, as pessoas bondosas são-no independentemente de serem do sexo masculino ou feminino.
Precisamos é de mais empresas que promovam a igualdade de pagamento, que promovam direitos justos para ambos os sexos, porque mudar as mentalidades é mais difícil.
Esse jogo de promoção de igualdade devia ser distribuído nas escolas de todo o país.