Segundo um estudo da Eurofund, os portugueses são os que trabalham menos horas dentro do espaço da União Europeia. A fraca produtividade dos autóctones está na ordem do dia, mas será devido ao número de horas que trabalhamos? Deveríamos organizar um esquema horário para conseguir mais produtividade? Será a proposta de retirar alguns feriados ou transferi-los para perto dos fins-de-semana permitiria ganhar dias decisivos de trabalho para o crescimento do PIB português?
Convidados:
Teresa Venda, Co-autora projecto “Solidariedade – um caminho para a competitividade”
Bagão Félix, Ex-Ministro do Trabalho
Miguel Faro Viana, Direcção APG – Ass. Port. Dos Gestores e Técnicos dos Recursos Humanos
Comendador Mário Pereira Gonçalves, Presidente AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal
13 comentários:
Não é batendo no ceguinho, que ele passa a a ver. Não são os feriados e nem as horas de trabalho que são o problema da produtividade. Pois vemos os portugueses lá fora a serem reconhecidos pelo seu valor e empenho. O problema é mesmo de sempre, falta de motivição, péssimos locais e ferramentas de trabalho, falta duma verdadeira meritocracia, uns quandos ganham 18 a 20 vezes mais, que os seus homónimos europeus, quando os trabalhadores portugueses são os q recebem menos na europa. E é com mais horas de trabalho para quem? Para os mesmo de sempre? E os gestores e patrões desde país, nem 8 horas fazem, chegam tarde, saiem quando querem, quando estão no local trabalho, ñ fazem nada, só ladram ordens, a riqueza das empresas ñ é d boa gestão do gestores q temos, mas d empenho dos trabalhadores. Temos q acabar com essa treta q nós ñ fazemos nada e q os gestores são brilhantes. Mas contudo onde existe uma verdadeira balbúrdia é na função pública, quem ñ foi, já a uma repartição pública, e espera horas na bicha, há 10 balcões de atendimento e só 2 é q funcionam, isto é um exemplo, q o problema começa de cima e ñ por baixo.
Concordo no corte de feriados se vier com aumento de ordenado.
Até porque muitos portugueses trabalham aos feriados e recebem a dobrar.
Acho que todos concordamos que trabalhar mais por menos dinheiro, seja com aumento de impostos ou com trabalho mais precário é já uma medida em curso.
O povo português é um povo trabalhador e produtivo, mas só lá fora claro, onde é justamente remunerado.
Perguntem a um patrão francês, canadiano, espanhol ou alemão e verão que a opinião é unânime.
Como se disse no início do programa, no estrangeiro os portugueses são considerados como bons trabalhadores. Acho por isso estranho, e provavelmente falso, que ultimamente se veja o trabalhador como o culpado da falta de produção, até pelo facto destes, tradicionalmente, até fazerem horas extra, pelo menos nos sectores primário e secundário. Não será antes a inercia do patronato de acatar a inovação, mantendo as PME's num funcionamento tradicionalista, a causa da falta de competitividade?
José Reis
João
A meu ver não tem nada a ver.
Podemos aprender algo com a economia israelita na forma como um país passa a crescer das remessas ao desenvolvimento da massa cinzenta.
Os empresários têm mais influência na economia do que os trabalhados pois são eles que ditam o valor dos produtos nas exportações ao serviço do país.
Faz-nos falta uma marca automóvel nacional e talvez algo ligado ao ramo militar, armas ou viaturas blindadas.
Temos que largar a economia dos tostões (azeite, curtiça, vinho) e apostar na economia dos milhões.
Há mesmo muitas pessoas que não têm nada que fazer. A baixa produtividade tem essencialmente a ver com a falta de formação dos empresários portugueses, bem como a falta de organização típica dos portugueses.
Muitos feriados calham aos fins-de-semana. Por outro, há que ver que uns têm a ver com a religião católica e devem manter-se, como respeito pela tradição religiosa, estando eu à vontade pois sou ateu. Por outro lado, alterar as datas da comemoração não tem pés, nem cabeça. São aquelas datas ou então acabam-se com eles. Poderíamos começar pelo dia de Portugal. Que tal?
Quem tem estas ideias deveria era trabalhar a sério e não andar a fazer contas pseudo-estatísticas, para não me alongar.
Concorda com a alteração do calendário de feriados?
Que alteração?
Como é que se pode concordar ou descordar com algo que se desconhece?
As PME como gerem as pontes?
Podem todos os empregados fazer ponte, por exemplo no comércio retalhista?
Seria necessário votar todos os anos...
Mas que culpa temos nós de sermos o país mais velho da Europa, com quase 9 séculos de história? Os feriados reflectem essa história e são um orgulho nacional.
Boa tarde,
tendo trabalhado fora do país, não vejo como em Portugal se trabalham menos horas.
Isso é um mito!
Há muito mais tempo livre no Reino Unido, por exemplo, do que em Portugal!
Em Portugal trabalhamos mais horas!
Em relação à supressão dos feriados, este estudo é mais um ataque quer aos trabalhadores quer à cultura portuguesa.
Se quereis alterar alguma coisa, então ponha-se fim às pontes e à ambiguidade do "Carnaval".
A produtividade não depende do tempo de trabalho mas do valor acrescentado do que é produzido.
Discordo completamente desta iniciativa. Não é o número de feriados que influência a produtividade dos portugueses, mas sim o número de horas, ou melhor, a hora a que se começa a trabalhar e o número de horas de almoço que muita boa gente tem. Em vez de começar a trabalhar ás dez porque não começar ás 8 da manhã? e em vez de duas horas de almoço porque não ter apenas uma? em algumas situações meia hora bastava... tanto tempo de almoço dá sono!
Depois, deslocar os feriados dos dias a que pertencem retira-lhes o seu significado, porque se é aquele o dia festivo, é aquele e mais nenhum, por alguma razão também não mudamos o nosso dia de anos.
O exemplo que ainda agora deu da terça-feira de Carnaval, também não tem lógica, esse dia de folia é-o realizado na véspera de quarta porque é a última vez que posso ser "extravagante", por assim dizer, antes dos 40 dia de quaresma... O dia 10 de Camões é o dia da morte dele, e não a 11 ou a 13...
Acho sim, e com todo o meu apoio, que as ditas pontes sejam eliminadas, porque não fazem sentido existir ... elas sim acho que eliminam a produtividade do país e são-lhe um custo. Os feriados até podem uma oportunidade de negócio turistico e de lazer.
Depois, olhar sempre lá para fora como um exemplo e essa ideia de TER obrigatóriamente de estar na média da europa, é qualquer coisa de caricáto, nós somos nós, eles são eles...
Deixem os feriados como estão, acabem com as pontes, e sigamos o nosso caminho como somos por cá, e não por lá!
Viva Portugal
RúbenMaquêss - Torres Vedras
É verdade que temos muitos feriados mas, não concordo que os reduzam.
Concordo sim, que as empresas não fechem as portas e que paguem às pessoas pelo feriado trabalhado, assim as pessoas ganham mais, logo podem consumir mais ou então poupar.
A hotelaria e restauração não se queixe por pagar aos empregados pelo trabalho em dia feriado porque na hotelaria há épocas baixas e épocas altas e decerto que o preçário não é sempre o mesmo para os clientes.
A produtividade de uma empresa só pode ser correctamente calculada se tivermos em conta elementos como o lucro obtido por essa empresa. Ora, num pais onde todas as empresas fogem aos impostos, como se pode saber qual a produtividade real? Já agora deixo uma dica: è vulgar ouvir-se dizer, pelo menos nas empresas cá do norte "tal dinheirinho, tal trabalhinho". E a verdade é que quem diz isto são os mesmos trabalhadores que quando emigram, produzem tanto ou mais, que os outros colegas.
Uma incongruência que não foi falada, é o facto dos idosos com o complemento solidário, terem comparticipação nas reabilitações com próteses, mas como o programa só prevê 2 consultas curativas/preventivas e regra geral precisarem de mais para poderem ser reabilitados, a mesma não é feita por necessidade de tratamentos prévios
porquê o estado acha que a saúde oral tem que ser paga do bolso dos cidadâos? e porquê os cidadâos acham que não lhes é devido esse direito? Será que só o lobis mobilizam os decisores, se até já está prevista as cirurgias pagas para a estética e mudança e sexo. Faço muita caridade, mas as pessoas têm direitos e é vergonhosa terem de esteder a mao á caridade.
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