A partir de 1 de julho o governo já anunciou que irá portajar as chamadas autoestradas sem custos para os utilizadores porque são suportados pelo Estado.
Todos concordam que o aperto orçamental deve passar pela diminuição da despesa pública, mas estas medidas acabam por transferir estes custos para o cidadão, levando a protestos registados nas últimas semanas. Dos 914 km de autoestradas neste regime, 54% situam-se no interior, onde as alternativas não existem ou estão em degradadas condições. Mas estes kms têm circulação que justifique a sua existência?
Convidados:
Helder Oliveira, Economista
Mário Fernandes, Dir de Relações Institucionais das Estradas de Portugal
Carla Carneiro, Empresária
Sofia Santos, Economista
34 comentários:
É revelador do estado de dependência rodoviária do povo português ao querer manter o seu estado insustentável de uso dos transportes automobilizados.
O principio do utilizador-pagador não lhes diz nada, e o poder politico aproveita o populismo para ser demagógico.
Se Portugal produzisse automóveis (e tivesse marcas próprias) fazia sentido continuar a construir eixos rodoviários e a subsidiá-os para promover o consumo de bens deste género... mas não, certo?
Portugal já tem DEMASIADAS auto-estradas e há que não as queira pagar para o resto das suas vidas, ok?
As SCUT's não respeitam os níveis de serviço de autoestradas estabelecidos no PRN - Plano Rodoviário Nacional?
As SCUT' têm zonas de acelaramento que são em simultâneo zona de desacelaração. Zonas perigosas.
As SCUT's vão tem preço de autoestrada mas não dão a mesma segurança. O número de nós é muito elevado.
DL 222/98 de 17 de Julho
As SCUTs vão ser portajadas, mas os habitantes locais vão ter descontos, as empresas de camionagem também vão ter descontos, os estrangeiros vão passar de borla... tudo discriminações, nada positivas! Ainda por cima para cobrar estas portagens querem obrigar TODOS os conductores a colocar chips de identificação nas viaturas, um método totalmente desproporcionado e intrusivo das liberdades civis.
Muito boa tarde.
Escrevo na opinião de uma simples utilizadora de SCUT, outrora frequente e agora menos.
Contudo, verifico e verifiquei, ao longo de vários anos, que as alternativas nas SCUT da zona do Grande Porto/Norte e Interior (no geral) são praticamente nulas.
No ano passado, felizmente, tive oportunidade de visitar a Suiça e fiquei pasmada com o sistema espectacular que têm relativamente às portagens. Acessível e de acordo com as utilizações, é possível adquirir "vinhetas" de X tempo para poder circular à vontade em qualquer auto-estrada existente.
Para além do mais, e segundo o que percebi - mas sem certeza desta informação, esses custos poderão ser transferidos entre viaturas de um mesmo agregado familiar, sendo que apenas um poderá circular de cada vez.
Partilho também das preocupações que todo o sistema económico irá sofrer em virtude do aumento dos custos de transportes de bens. Isso irá encarecer os produtos, o consumidor comprará menos e, consequentemente, o custo aumenta de novo, logo o consumidor menos comprará.
E as receitas do Estado... diminuirão!
Será que grandes decisores pensam nestes aspectos?
Gostaria, ainda, de referir que desde pequena viajo frequentemente por todo o país (nem sempre como condutora, obviamente) e nem passa na minha memória uma única vez em que tenha passado em auto-estradas sem passar por "obras".
No entanto, o valor das portagens nunca se alterou (só no sentido ascendente).
Por último, é sempre uma alegria viajar por Espanha onde existem boas estradas - que não auto-estradas - sem custos adicionais para o utilizador, pois como bem se comentou no Vosso programa, é o Contribuinte e não o Estado que, afinal, paga todos os serviços.
Assim, estamos, simplesmente, a pagar duas vezes a mesma situação.
Sucessos para o programa,
Helga Marques
Isto dos chips é uma terrível slipper slope. Já chipamos os cães, agora os carros... não tarda nada serão os presos, depois os idosos e finalmente os recém-nascidos. E tudo por boas razões: cães, para que se identifique o dono caso morda ou seja abandonado; carros para pagar portagens inteligentes; presos para que não fujam; idosos para que não se percam ou desapareçam, qd chegarmos aos bebés já estamos todos convertidos ao novo Estado polícia que nem notaremos. Todos os regimes fascistas começaram desta maneira, progressivamente e com o acordo das massas.
Pois se não existissem scuts se calhar muitas pessoas não se tinham "radicado" em muitos locais onde moram. E vice versa.
Resposta aos cortes dos gastos de estado em "flores", concertos, salários dos deputados etc etc...isso não vai reduzir o defice....e as scuts tb não....mas contribuem...e que tal então contribuir tudo, não entendo porque o esforço têm sempre que partir de baixo e não de cima!
Vou a Espanha....ou melhor passo já para o outro lado...compro lá o carro, pago menos e depois venho "curtir" as scuts gratuítamente para Portugal....ou vão colocar chips nos carros de matricula estrangeira?
Sou funcionário da brisa, umas das consequencias, graves que vai ocorrer com a introdução do pagamento nas scuts, sera a obrigatoriedade da introdução de identificadores.Alguem tem noção do que vai acontecer a funcionários da brisa, aenor, autoestradas do atlantico, mafra atlantico, gestiponte, lusoponte?.
São milhares de novos desempregados.
Estou a ver o programa ao vivo e gostaria de comentar o seguinte:
Copiam-se muitas coisas lá de fora mas as melhores nem por isso... Segundo sei, na Suiça os utilizadores automóveis compram um selo anual, como o nosso antigo selo do imposto municipal de veiculos, para poderem usar as auto-estradas.
Aqui bem que se poderia fazer o mesmo: Um "selo" ou o tao falado chip com um valor fixo e nao abusivo para o proprietario colocar no carro e utilizar todas as estradas de portugal. Para quem nao tiver esse "selo" ou chip, paga a portagem individual, mas esta sim com o valor abusivo e exorbitante para que leve todos os proprietarios a comprar o "selo" ou chip rondando valores abaixo dos 50€, por exemplo. Já fizeram as contas de quanto dinheiro seria arrecadado para o estado? Quanto dinheiro haveria para recuperar estradas? Certamente haveria reclamaçoes mas seriam muito poucas porque seria uma medida a agradar a 99% dos condutores e cidadaos.
Cumprimentos,
Sérgio Guerra
Em relação ao pagamento das scut's por via electrónica surge uma dúvida... se os veículos nacionais terão de usar obrigatoriamente um dispositivo electrónico, visto ser esta a única forma de pagamento (semelhante ao que acontece com a VIA VERDE), como vão todos os veículos não nacionais que circulam nas nossas estradas pagar as mesmas scut's? Haverá portagens? Circulam sem pagar enquanto os nacionais pagam?
Esta é uma dúvida que ainda não consegui ver esclarecida.
É natural k o chip lhe faça confusão, Sofia Santos. O estado tem sido completamente nubloso e opaco sobre a matéria, tentando deliberadamente não chamar a atenção, evitar suscitar o debate, para que a medida apareça como facto consumado em momento de máxima distracção social (Mundial de futebol, férias, crise).
Tanto quanto sei: O chip será obrigatório para todos porque permitirá:
1) cobrar portagens,
2) fiscalizar situação legal dos veículos (seguro, imposto, inspecção, veículo dado como furtado)
3) passar multas automáticas por excesso de velocidade (por cálcudo de tempo e distância entre dois pórticos de leitura dos chips)
4) recolher dados estatísticos sobre utilização das estradas
Tudo receitas para o Estado polícia, que deve ter sido contabilizado nos estudos de custo-benefício que determinaram os chips. Só k ninguém quer falar nisso.
Boa tarde!
Sou lisboeta e tomei há 5 anos a decisão de ir viver para o Oeste, numa zona muito pouco povoada. Para me deslocar para as Caldas da Rainha e para outros pontos do Oeste como a Lourinhã, locais onde trabalho como explicadora, tenho que usar as estradas nacionais. Estas estradas não obedecem à definição de estrada nacional já que o crescimento urbano as encheu de zonas onde só se pode circular a 50 Km/h, ou seja, zonas residenciais e não só. Como estas estradas existem muitas no nosso país e são estas mesmas que estão a ser sugeridas como alternativas às SCUT. Para não falar do estado em que muitas vezes se encontram, esburacadas e, desde as últimas chuvadas, algumas completamente desniveladas. Com o aumento de tráfego sobre estas estradas só se pode esperar um aumento do seu desgaste e do preço da sua manutenção, que recairá no contribuinte. Portanto a questão do contribuinte-pagador continuará a existir.
Tenho uma amiga francesa de Estrasburgo que, quando me veio visitar e fomos juntas ao Algarve usando as autoestradas, ficou escandalizada com a quantidade de portagens que passámos e com os preços praticados. Penso que isto diz tudo.
O problema é que, tal como todos os outros serviços públicos portugueses - telefones, água, internet, autoestradas - que deveriam servir as pessoas, o objectivo tem sido o lucro, que reverte a favor, não de todos, mas sim de alguns. Há outras maneiras de combater défices em estados supostamente democráticos.
Podem já imaginar as constantes batalhas que tenho travado com entidades públicas para conseguir ter serviços básicos dignos aqui onde vivo (incrivelmente a apenas 70 km de Lisboa), e que não compensam a estas empresas pela baixa densidade populacional da zona.
Agora percebo que eu própria quando vivia em Lisboa achava que Portugal era Lisboa. Nota-se perfeitamente que as decisões continuam a ser tomadas por pessoas que estão dentro de gabinetes, em elegantes edifícios e que não estão minimamente conscientes da realidade do resto do país. Não somos assim tão pequenos, quero acreditar...
Obrigada e desculpem o post tão longo.
Cumprimentos,
Catarina P.
PS - Sou obviamente contra o pagamento destas portagens ;)
O que as populações deveriam protestar era contra os contratos ruinosos que foram assinados pelo governo de António Guterres e pelo Ministro João cravinho que vendeu a ideias das Scut´s, sem custos para o utilizador, mas com custos para toda a população inclusive quem a utiliza, e responsabilizar e obrigar estes governantes a pagar pelos seus erros.
Para além disto tudo, o sistemas dos chips vai acabar por ser alargado às restantes AEs, levando ao despedimento dos portageiros da Brisa. Já andei em muitas AEs na portajadas na Europa, onde também há sistemas electrónicos de cobrança (tipo Via Verde) e sempre encontrei portageiros. Em alguns países (Suiça, Áustria) há necessidade de pagar uma vinheta na fronteira para usar as AEs, mas é uma VINHETA de papel, não um chip. Talvez fosse mais interessante um sistema desse tipo em vez do chip, que é verdadeiramente fascizante.
Anjos, os estrangeiros vão ter de adquirir um chip na fronteira. O chip não é só para cobrar portagens, é para fiscalizar os veículos e passar multas de excesso de velocidade automáticas e regular estatísticamente os volumes de tráfego.
Somos um país de tão iluminados "engenheiros" económicos, pena é que nunca lhes dá para beneficiar o interesse comum, ou seja o interesse do Estado e das contas públicas.
Nas obras públicas, os prazos de execução nunca são cumpridos, mas o Estado enquanto cliente ainda paga quando deveria ao invés ser indeminizado por ter adjudicado obras a empresas de seriedade duvidosa. Nas SCUT's e autoestradas temos o mesmo, a empresa tem a concessão de exploração e o Estado está lá para assumir o risco e dar o lucro à empresa. Assim é fácil ser gestor de concessionária! Temos tantos iluminados mas parece-me que de ideias fundidas...
Nem todos os nós de entrada/saída têm os pórticos com as antenas de cobrança. Vão-nos cobrar que percurso, o mais longo entre pórticos???
Sofia Santos, junte-se ao movimento anti-chips! Precisamos de todas as vozes contra a instauração progressiva do Estado-polícia e da vigilância total. Não nos interessam promessa ocas da Comissão de Protecção de Dados. A unica forma de garantir a protecção da privacidade é não instalar as tecnologias que permitem a vigilância total.
Quais as garantias que o sistema rfid é fiável, ou seja que não há roubo de identidade? Não será pela falta de segurança que os outros países não adoptam este sistema? O que é que se descobriu em Portugal que torne esta tecnologia segura?
Isto é mais uma 'palhaçada' do governo que vem gerar ainda mais dificuldades no dia-a-dia do portugueses. Espero que, a ser verdade, se deixem de usar essas SCUTS e que se mostrem como 'a manobra estúpido- política' que é.
Duvida um estramgeiro vem de carro para Portugal passa por essa scout como é que ele vai paga??
Somente quem desconhece por completo a EN13, poderá afirmar que e alternativa a A28. Convidava esse Senhor das Estradas de Portugal a viajar de Viana até ao Porto pela EN13. Aposto que não chega ao Porto.
Boa tarde,
Realmente a introdução de portagens nas SCUTS vem dificultar bastante as contas dos trabalhadores portugueses que diariamente lá passam.
Eu faço 700km de segunda à sexta, sendo que 550km em SCUTS, sou utilizador da A41 e A42, e diariamente me questiono como é que podem exigir o pagamento daquela via, quando as linhas não estão pintadas, o limite é 70% do troço limitado a 100km, rails por arranjar, piso penoso durante a condução à chuva. Questiono-me, mas não tenho respostas.
Estou com grande possibilidade de poder renovar o meu contracto por mais 1 ano, mas esta alteração levar-me-á a ponderar muito bem se aceito ou não tal privilégio.
Relativamente à questão de diminuir as despesas e incentivar o uso dos transportes públicos, penso que uma medida que ajudaria bastante seria, como fazem em alguns países, os políticos e respectivas comitivas passarem a andar de transportes públicos diariamente.
FUNCIONÁRIO DA BRISA,DE UMA vez por todas A via verde não é invenção portuguesa, metam na cabeça a via verde é invenção norueguesa da empresa q-free.
POrtugal não produz nem sequer antenas via verde . Portanto esse srº que está a dizer que portugal deu ao mundo esta contribuição, é um completo mito.Não respondeu o que aconteciam aos portageiros.?????
Eu sendo um estudante que faz semanalmente Paredes de Coura - Aveiro e vice-versa por mês irei gastar cerca de 100€ assumindo que o custo é de 8 cêntimos por Km isto já retirando alguns Km a contar com a zona do porto e a deslocação entre Paredes de Coura e Viana.
Quem diz que a estrada nacional é uma alternativa convido quem quiser a vir comigo de carro a meu lado o trajecto completo pela nacional. Sei que as scuts oferecem um serviço muito melhor e que para isso teoricamente devemos pagar mas venham fazer o trajecto todo pela nacional e venham ver como uma viagem de 2h e 30 mins em media passa para uma viagem que cumprindo todas as leis vigentes de circulação demoraria bem mais de 4h...
As scuts serão um mal necessário quando há gastos supérfluos a nível das obras públicas??? Não me parecem.
No meu ponto de vista as SCUTS são nada mais nada menos que uma sentença de morte ao norte, pois a nossa rede ferroviária é actualmente uma comédia onde não há passageiros suficientes para justificar mais do que 4 ou 5 ligações ao longo de um dia de campanhã até valença, e ainda vão fazer o fantastico TGV para ganhar 30mins entre lisboa e porto???
Valerá o norte pagar a factura de um estado despesista e megalómano?
Não precisamos de TGV nem muitas das outras obras agora a ser feitas precisamos sim de contenção nos gastos supérfluos a nivel de toda a classe politica que andam a ganhar rios e a gastar rios de dinheiro dos contribuintes.
Porque teremos de pagar 8cts/km por scuts com nivel de segurança inferior, quando o prêço/Km na A1 é de cerca 6 cts?!
Ver exemplo A29 e A1.
Julho, início da implementação do pagamento de portagens nas SCUTS coincide com a chegada dos emigrantes e da afluência de turistas; Como vão estes efectuar o pagamento? Haverá "chips" para viaturas de matrícula estrangeira? (será legal?)
Um galego que vem ao porto (vêm tantos ao IKEA) por uma vez, tem de comprar o identificador? Vai haver postos de venda nas fronteiras???
Miguel Negrão
E quanto aos transportes públicos?
aqueles que têm que passar por SCUT'S?
Sou estudante e vou de camioneta de alfena até ao porto passando pela IC24....já lá vi os chamados pórticos de identificação. Resultado: Os preços dos títulos e passes de transporte consequentemente aumentarão? Sei que e da responsabilidade da empresa transportadora, mas será o mais provável.
Outra questão: Tenho 19 anos e incomoda-me a quantidade excessiva de auto-estradas construidas sem qualquer propósito sustentavelmente forte. E pior, sem qualquer preocupação com a circunstância em que são construídas. Rompendo com locais de interesse social, ambiental e cultural.
Olá,
Eu ponho apenas 5 questões:
1- Porque é que deixo de ter a oportunidade de pagar a dinheiro? Afinal não é um direito que tenho?
2- Se eu vou fazer um trabalho para a empresa onde trabalho, em que a empresa paga-me a gasolina/ Gasóleo gasto mais as portagens, como poderá pagar-me se o recibo virá em meu nome e não em nome da empresa, pelo que não pode descontar.
3- Os estrangeiros, como não têm matriculas com chip, passam nas autoestradas sem pagar? Mas Todos os cidadãos comunitários não são iguais? Não há aqui descriminação?
4- Fala-se de justiça social umas scuts serem a pagar e outras não. Para mim é descriminação social. Eu penso que ou se paga em todas ou não se paga. Porque é que para alguns sítios tenho de pagar e para outros não.
5 - E que transportes alternativos existem? Nem todas as regiões têm comboios directos para as grandes cidades.
E quanto aos transportes públicos?
aqueles que têm que passar por SCUT'S?
Sou estudante e vou de camioneta de alfena até ao porto passando pela IC24....já lá vi os chamados pórticos de identificação. Resultado: Os preços dos títulos e passes de transporte consequentemente aumentarão? Sei que e da responsabilidade da empresa transportadora, mas será o mais provável.
Outra questão: Tenho 19 anos e incomoda-me a quantidade excessiva de auto-estradas construidas sem qualquer propósito sustentavelmente forte. E pior, sem qualquer preocupação com a circunstância em que são construídas. Rompendo com locais de interesse social, ambiental e cultural.
O princípio do utilizador pagador é correcto se houver alternativas viáveis. O grave problema é que as alternativas com qualidade não existem o que inserem este problema numa procura descarada de mais recursos financeiros por parte do governo para compensar a má-fé e incompetência em gerir os dinheiros do povo. Com a agravante de que esta medida vai agravar a importação de petróleo contribuindo para o agravamento do défice. Um exemplo é o que aconteceu em na CREL (A9), com a introdução de portagens em 1 de Janeiro de 2003 que «retirou» daquela via rápida - fundamental nas ligações norte-sul - 76 mil veículos/dia. A «quebra» da opção pelas auto--estradas, nos percursos casa/emprego, não significa que o automóvel tivesse passado a ficar em casa. Pelo contrário, os indicadores das vendas do consumo de combustível, em alta, evidenciam a preferência pelas vias não portajadas nos trajectos urbanos. Apesar de, na maior parte dos casos, não serem alternativa célere ou ecológica, as estradas nacionais à volta da AML assumem-se estrategicamente como a opção mais económica. Dados da Direcção-Geral de Energia indicam um aumento de 43 toneladas nas vendas da gasolina 95, de 2002 para 2003, o mesmo sucedendo com o gasóleo rodoviário, com mais 21 toneladas. Em 2004, mantém-se esta tendência. De Janeiro a Agosto, venderam-se mais 37 toneladas de 95 e mais 125 toneladas de gasóleo, comparativamente ao período homólogo de 2003. Também agora vai acontecer o mesmo com a agravante de “intupir” as estradas alternativas a grande maioria sem condições para os carros circularem com rapidez relativa e segurança. Posso citar-vos vários casos mas um especialmente que pode servir de exemplo é a estrada nacional Tocha- Aveiro que em alguns troços mais parece um caminho de cabras ou uma picada em África.
Acho pouco provável, a passagem de Espanha para Portugal em Vila Nova de Cerveira não têm qualquer fronteira.
O problema das portagens é o mesmo por todo o lado, há muita gente que infamemente desperdiça rios de recursos e muito poucos a trabalhar e a produzir para compensar esse desvario, depois há que cobrar mais e mais não interessa como, está tudo á venda. Se metade das verbas usadas para construir auto estradas fosse usada na adequada manutenção das estrada nacionais e no melhoramento delas muitos destes problemas nao se poriam, mas interessa uma rede de estradas Nacionais em mau estado para que a teia de auto-estradas seja rentavel e mais um negocio da china para os amigos de alguns amigos.
Quanto aos chips das matriculas, mais uma habilidade de uns quantos amigos de quem comanda. Esta é a unica maneira que os senhores tao famosos e quase tidos como herois do conhecimento Nacional tiveram de fazer face a um problema chamado via verde caduca e mal organizada, os chips so vão para a frente para tentar resolver o problema da fraude com as portagens da via verde porque esta é um verdadeiro fiasco no aspecto da segurança e eficacia contra a fraude. A raíz do sistema via verde talvez a maioria das pessoas nao saiba até porque se apregoa sempre o contrario, não foi nada inventado cá no nucleo universitario de Aveiro, é de origem Dinamarquesa em que esse sistema era utilizado para permitir o acesso aos parques das empresas pelos funcionarios dessas mesmas empresas sem a necessidade de ter gente nas entradas das mesmas a controlar, e um dia um senhor português teve conhecimento disso e resolveu adapta-lo ás auto-estradas como se tivesse descoberto a polvora, a unica ideia portuguesa nesse capitulo, foi o adaptar o uso desse sistema ás auto-estradas mas como o sistem nao foi concebido de raíz para esse uso e logo era desprovido no terreno de uma maneira que o tornasse anti-fraude o fiasco está á vista e quem vai pagar mais uma vez as contas dos desvarios sonhos e fantasias daqueles que nao fazem nenhum é sempre o mesmo. Acham que se a via verde fosse um sistema tão bom e eficiente já outros não teriam pensado neles antes ? Como é sabido temos anos de atraso tecnologico que só agora recentemente começa a diminuir e eramos logo nós os primeiros a pensar nele ? Se isso fosse um sistema tão bom e eficaz como apregoam, porque diabo é que o actual sistema que andam a instalar nas ditas SCUDS não tem nada a ver com a via verde nem é produzido ou de arquictectura tecnologica Nacional ? Vai ter detectores via verde, mas em conjunto com outros sistemas para evitar a tal fraude, mas não é nada de invenção Nacional, se não estou em erro é de uma empresa internacional de nome Ascend. Aqui é sempre o mesmo, um chico esperto tem uma ideia, porque se acha o melhor e o mais inteligente poe-na em pratica sem ter em atenção todos os pormenores futuros e depois quando a coisa corre mal não há problema porque é amigo de uns quantos amigos e eles logo o socorrem á custa do tanso do cidadao. A razão do chips nada tem a ver com a segurança dos veículos é simplesmente para resolver um falhanço de eficácia da via verde. Até porque o novo sistema que estão a instalar baseia-se no reconhecimento digital em tempo real das matriculas dos veículos atraves de imagens que são captadas no momento pelas muitas camaras instaladas nos porticos que já estao instalados por aí nas tais SCUDS que vao ser a pagantes. O sistema dectector via verde só lá está para manter a compatibilidade e permitir conferir que a matricula associada ao identificador é a mesma que o veículo tem no momento em que passa debaixo desse portico identificador. Se o problema é a segurança do cidadão e do sistema rodoviario como apregoam, porque diabo então nao andam a instalar os tais sistemas nas estradas Nacionais ?! Caramba zé povinho... façam um esforço, pensem um bocadinho que nao doi nada e só vos favorece para verem o quanto andam a ser enganados.
Não uso, pq ñ tenho carro e nem emprego. lol. Mas só mesmo em Portugal, q há SCUTS (sem custos p/ utilizador), onde há de facto custos para os mesmo. É uma piada de mal gosto. E ainda por cima, ainda se continuam a chamar SCUTS, deviam-se chamar CCUTS (Cm custos para utilizadores). Vamos facilitar a entrada aos espanhóis no país com TGVs e desculpem a linguagem, vamos lixar os que habitam aqui. Cada vez mais, Portugal é o país dos e para os estrangeiros e menos para os portugueses. Já que Algarve, agora é Allgarve, Portugal devia-se chamar, Port Ugal ou Portugall. É triste ninguém faça quando a isto, votando no mesmos, que promovem isto. Para isto, mais valia uma anarquia ou total e verdadeira desorganização, do que uma organização desorganizada e a constante conivência de tds, com a desculpa que é melhor assim. Se é melhor assim, ñ se queixam. É tudo ou nada. Quando mais tarde perceberem isso, será pior para todos.
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