O que é que faz falta a Portugal? Em que setores precisamos de urgente intervenção? A reflexão vai ser feita com base no estudo recente “Necessidades em Portugal – tradição e tendências emergentes”, do ISCTE. A que conclusões se chega quando se avalia áreas como trabalho, nível de vida, ambiente, educação, família, confiança, tempo, bem-estar e saúde física e mental. A título de exemplo, 86% dos portugueses sente que o desempenho do seu trabalho contribui para o bem-estar pessoal. Somos felizes? O que precisamos para ser um país próspero?
Convidados:
João Meneses, Presidente da TESE – Associação para o Desenvolvimento
Luísa Valle, Directora do Programa Gulbenkian de Desenvolvimento Humano
José Vítor Malheiros, Jornalista (Cronista Jornal Público)
Maria João Valente Rosa, Directora Pordata e Co-autora “Portugal – os números”
20 comentários:
JOÃO
Segundo um estudo realizado pela ALTEC a 32 entidades públicas e privadas que durou 3 anos para entender a relação entre a comunidade científica e instituições e empresas, apenas 2 responderam em 48h, outras só ao fim de 1 ano, e algumas nunca responderam.
Será que alguns empresários e instituições recebem apoios do estado para atrasar a industrialização em Portugal?
Porque é que as pessoas têm que andar com sucata (moedas de 1 e 2 cent) nos bolsos e carteiras? Quando entramos em super e hiper-mercados e vemos aqueles preços a acabar em 9 como por ex, 69, não somos atrasados ao ponto de pôr sequer a hipótese de o dono daquele estabelecimento estar a ter prejuízo, na verdade está a ter lucros enormes.
eu acho que os portugueses, sofrem daquilo a que eu chamo de felicidite aguda, acredito que portugal tem grandes recursos, boa mao de obra, nao serão é devidamente estimulados, ganha-se mal e vive-se abaixo do limiar da pobreza. Por outro lado qualquer pequena vitoria( nem que seja a selecção nacional a ganhar 7-0 à coreia), nos torna felizes, deve ter haver com o fantastico sol que nos banho e o oceano atlantico...
Acerca da degradação das condições de trabalho.
Até ao sec. XIX havia gente que capturava indivíduos, que vendia para trabalhar como escravos. Eram os execráveis esclavagistas e negreiros, que toda a gente decente censura com toda a razão. Terminada a época do esclavagismo, em cujo fim Portugal foi juridicamente dos primeiros, surgiram uns senhores que, em África, "contratavam" e vendiam trabalhadores para as plantações e até trabalho do Estado. Já não eram os vergonhosos negreiros; eram os civilizados contratadores.
Agora, passada essa negra era de exploração, temos empresas que fornecem trabalhadores a grandes empresas, e até ao Estado, obtendo chorudos lucros no negócio. Os trabalhadores já não são os negros "massa bruta" do mato, mas licenciados em todas as áreas. Essas empresas tomam o nome de "empresas de trabalho temporário" ou "prestadoras de serviços" e o regime já não se chama esclavagismo, mas "economia de mercado".
Qual é a diderença?
Este estudo é bastante mais real, pois até agora diziam que o salário médio em portugal era de 900 Euros de cada pessoa.
Tenho 37 anos e os meus pais chegaram a ganhar 100 escudos por semana.
Falamos mas é de barriga cheia.
Luís
olá a todos!
na minha opinião é preciso ressuscitar o respeito por nós proprios, o aperto de mão como simbolo da honra, o que por sua vez daria uma urbanidade e uma maior cidadania no nosso país, que certamente só pode ser feito através da Educação institucional, na diversidade que é a familia.
"familia a familia se constroi um País".
Até à bem pouco realizei um trabalho sobre a Pobreza e Exclusão Social devido ao facto de 2010 ser o ano europeu contra a Pobreza e a Exclusão Social e acho que é altura de acabar com a apatia relativamente ao problema sério que é a pobreza e a exclusão social.
É notória e compreensível a existência de diferenças na sociedade, aliás, estas estão incluídas no seu próprio conceito. Pensar numa sociedade completamente equalitária seria uma utopia.
A existência de diferenças não é o problema. Este subsiste quando a dramatização e acentuação das diferenças culmina na discriminação.
O problema é conhecido por todos, mas ignorado.
Dada a grave crise económica que assolou a Europa, a exclusão social atingiu dimensões tais, que nos devem deixar muito preocupados.
O aumento do desemprego e consequente perda de rendimentos por parte de famílias podem privar o seu acesso a bens essenciais, como a alimentação, saúde, educação e habitação.
Boa tarde SC e Fernanda.
Estas são perguntas válidas mas cuja resposta creio que se torna um pouco obscura,quase filosófica.
Não,não somos felizes.
Porque enquanto sociedade estamos habituados a olhar para nós como indivíduos pouco válidos.
Por cá ainda se houve muito aquela frase do,"lá fora isto não acontecia e somos uns desgraçadinhos".
Ou seja continuamos Fadistas por dentro e por fora.
Apontem-nos futilidades e tornamo-nos fúteis.
Apontem-nos utilidades e tornamo-nos...como é que é ?
Úteis, muito bem !
Falta voltar a acreditar naquela frase das bolachas que diz: O QUE É NACIONAL É BOM !
E obviamente que não me refiro à selecção.
lol
VALE SEMPRE A PENA...
Portugal é perito em análises. Nós não precisamos de análises. Já temos muitas. Toda a gente sabe quais são os problemas. Precisamos é de soluções e acções!
Existe muita coisa que podia ser mudada em Portugal:
A educação, hoje formam-se para estatísticas e não para evolução. Cursos como os EFA fazem de nós falsos formados.
Reformem as pessoas mais cedo para que os jovens possam trabalhar e constituir família mais facilmente.
Reduzam os subsidios de emprego e de inserção social, a necessidade é uma fonte criativa pois quem se encontra em casa e a receber o suficiente para se manter em casa sem nada fazer não tem vontade de mudar a sua situação.
e vamos descentralizar o emprego, as grandes oportunidades não podem estar só nos grandes centros.
Sou licenciada, à procura do primeiro emprego e gostaria de ter o meu emprego onde vivo no Alentejo, pois ainda há jovens que a opção de sair do interior é unicamente por falta de trabalho.
A evolução tem de passar por tudo o país e não apenas nos grandes centros.
Vamos educar a sério e mudar Portugal.
Boa tarde
Quero abordar duas questões que estão relacionadas. Relativamente à educação, mais do que quantidade, é urgente melhorar-se a qualidade. Vemos pessoas com diploma mas que simplesmente não "sabem fazer". Formar para as estatisticas é um erro crasso. Em outros países não se passa tanto tempo na escola e a formação é muito melhor. Só cá é que se tem a ideia que as pessoas para serem bons profissionais têm de passar 10h na escola e levar trabalho para casa. Nada mais errado. O problema é o ensino ser muito fraco no geral.
Outra questão é a da competitividade. Se continuarmos numa escalada de querermos (termos de) saber tudo e mais alguma coisa para poder fazer o trabalho de 2 ou 3 pessoas numa empresa, isto levará a uma enorme carga horária em formação e trabalho, o que não deixa tempo livre às pessoas e consequentemente leva a problemas psicológicos. Mais uma vez, nos outros países, trabalha-se menos e melhor. Do que necessitamos é de organização e qualidade, não de quantidade.
Outra questão ainda é a motivação em estudar. Sou a favor dos estudos mas entende-se que para ganhar 500 euros, não é necessário ser-se licenciado.
Boa tarde.
Adoro o seu programa mas não posso deixar de colocar a minha opinião. Como pedem para as pessoas estudarem e licenciarem, quando na realidade nem sequer temos empregos para tal? Fiz formação EFA de dupla certificação, a receber apenas metade do IAS em que nem dava para as despesas, mas com força para ter mais estudos. Fiquei desanimada quando quis entrar no mercado trabalho já não tenho idade para tal??!!!!Pois tenho mais de trinta anos.
Aquilo que não se diz é que a formação é cara! Como um Centro Novas Oportunidades de uma escola pública, somos abordados por imensa gente que quer, mas não tem condições para aceder à formação e as nossas gratuitas estão a abarrotar.
Graça Cruz
Inércia...
O problema é a generalidade das pessoas não saber o que é pensamento crítico. As pessoas precisão de informação, mas necessitam ainda mais de a saber interpretar.
Boa Tarde
Na década de 90 entrámos na Economia do Conhecimento, mas a formação em Portugal não foi atribuída às empresas e aos promotores como seguimento das escolas, das universidades e da experiência cognitiva individual e em grupo.
A formação serviu até hoje para distribuir a verba pública em formação passiva.
Não é a FDTI que deve dar a formação das novas tecnologias (actividade passiva e sabe-se porquê). São as empresas que através da formação criam a intuição dos trabalhadores preparando-os para desenvolver a mão-de-obra e o auto emprego.
Porque a sociedade é indivisível, ou seja, o investimento tem de ser efectuado em quem garanta essa indivisibilidade.
Quando a formação não tem objectivo mas apenas o pluralismo, o investimento é perdido, é um investimento não-passivo.
O português precisa de saber quem é, quer como colectivo, quer como indivíduo.
Quando nos conhecermos (pontos bons e maus) é que podemos estabelecer objectivos, delinear um percurso e executá-lo.
Ter um objectivo e caminhar com ele em vista é algo que traz felicidade.
Se eu colaborar no caminho dos outros posso recerber ajuda no meu.
Quando cada português deixar de andar à deriva o país mudará para melhor.
Portugal pode tornar-se no que cada português quer. Há espaço para todos
Portugal esta com cancro em fase de metástase, pois esta espalhado por todo lado. O problemas são vários desde a educação e termina nos maus "Patrões" que são sem duvida uma maioria na PME's existentes em Portugal.
Na Educação o Objectivo a muito que deixou de ser a qualidade mas sim a quantidade de números conseguidos. É inadmissível que se consiga cumprir a escolaridade obrigatória sem saber o mínimo, pois foram passados as "paletes".
No fim da linha, estamos num pais que nada faz a "Patrões" que passam a vida a fazer a vida negra ao seus empregados, onde só importa se uma pessoa tem ou não emprego, a qualidade deste a ninguém interessa a não ser ao próprio funcionário, que vê a sua saúde mental e financeira a degradar-se a cada dia que passa. Passa a vida preocupado, nos encargos que tem, e sempre com o medo de que o "Tirano" o ponha na rua.
Penso que é chegada a altura que começar a Avaliar a capacidade de Gestão dos nosso "Patrões", quer da própria empresa como mesmo dos recursos humanos nela existentes.
Se é para mudar Portugal, comece-se por aqui já, e tudo muda no mesmo dia.
Ola a todos,
Penso claramente que nao esta na geneses, mas sim nos abitos dos portugueses. (resmungar e nao fazer nada) Somos um povo com pouca ambição, reagimos muito as situações e agimos pouco. Ou seja nunca estamos preparados ou achamos que o que acontece com os outros não nos atingira.
Portugal tem um potencial enorme, no entanto a mentalidade do povo nao permite o aproveitar desse potencial. O povo refila quanto as decisoes dos governantes, mas manifesta-se pouco nos locais proprios... o cafe não sera o melhor local.
Em Portugal trabalhamos para ganhar e nao para vencer !!!
Portugal seria muito melhor se todos os portugueses percebessem que não se deve enganar o Estado, pois com esse comportamento estamos a enganar-nos a nós próprios e a contribuir para o atraso do país. Mas, infelizmente, não existe motivação para isso e quem nos governa não consegue, através do exemplo, mobilizar os cidadãos para esse desígnio.
em minha opnião começava por modificar atitudes e comportamentos .
ainde se confunde neste País "Poder" com formação e isso nota~se em grandes Empresas onde por vezes a formação substitui a arrogancia levando á situação de que a formação pessoal é tambem uma forma de exploração intelectual por outros daí a Educação deveria ser a aposta continua num todo do ser humano.
vejo muita gente formada na estrada portando-se de forma irracional
"O que é preciso mudar em Portugal?"
Por onde começar...?
Repara-sse algo interessante...Em todas as turulias , comissões,...e todos os seus oradores se denota uma falha , que é que uma sociedade tem como alicerce não a economnia mas as suas basessocio-culturais..E quando falamos em Portugal, que devo acrescentar que ao longo de 30 anos houve alguma evolução, nãome deixo de preocupar pela a quase nulidade de sentido por parte do cumum cidadão para a as possibilidades que pode adver da cultura...
E lá eu volto ao mesmo..Os Media, que sempre tem como foco o lucro pelo o imediatismo por shares de audiência ou para unica satisfação quem alimenta finaceiramente essas mesmos media...
Mas permitam-me, porra mas será que ninguém ou não quer v~er que não é a falta de equiparação produtiva mas a sua própria estrutura que desde o sector administrativo na sua generalidade é pura anedota , quando ainda temos empresário com pensamentos do sec.19 , ou seja.."Não preciso de saber , somente de contratar para lucrar"
Mas voltando ao que eu acho essencial..Cultura..Mude-sse de dentro para fora, crie-sse a estumulação pelo o alargamento dos horizontes e sío boa cultura pode criar tal expansão...
Mas já diziam vozes históricas ..Cultura é liberdade...E um povo inteligente ao mesmo tempo que económicamente excelente , também socialmente letal...;)
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