sexta-feira, julho 16

Os meus pais não me entendem!

“DAAHHHH Nunca me irás compreender!”. Soa-lhe familiar? É porque tem um adolescente em casa. O fosso entre gerações acentua-se sobretudo nesta fase da vida: é tempo de descobertas e de desafiar limites ( por vezes os da paciência dos pais…) . Contudo, os pais são os grandes responsáveis pela manutenção de um diálogo aberto e franco com os mais novos, de forma a não os empurrar para “dentro de um armário” de onde só sairão passados alguns anos. Neste programa vamos ouvir as queixas dos pais e as reclamações dos filhos. E, claro, encontrar soluções.

Convidados:
Helena Águeda Marujo
, Psicóloga
Susana Ramos, Presidente Associação Margens
Júlio Isidro,Apresentador TV
Mariana Isidro, Filha Júlio Isidro

12 comentários:

Vera disse...

Este tema é-me muito querido. Sendo Mãe de quatro Filhos entre os 19 anos e os 9 anos, sei bem o que são crianças, adolescentes e jovens. Muitas vezes, ao ouvir outros Pais, de outros Adolescentes, penso que há muita coisa que nunca aconteceu com os meus Filhos e comigo. Como é que eu consigo? O que é que faço de diferente? Não sei bem. Durante 10 anos fui sendo Mãe. Tenho tido sempre como lema a confiança e o respeito. Ou seja, incuto nos meus Filhos a certeza de que podem confiar em mim, sempre, e que eu, confio neles absolutamente. Não precisam de me mentir. Precisam de ter a certeza de que estarei sempre disposta para os ouvir! Tenho tido um bom feed-back. Os meus Filhos veêm-me como Mãe, mas também uma parceira. Uma pessoa de quem eles gostam muito e com quem gostam de estar, partilhando amizades, partilhando momentos. Sei que posso confiar neles e sei que eles confiam em mim. Quanto aos gostos comuns, eles são muito importantes. As idas à praia, ao surf, aos campeonatos, a utilização dos sms no telemóvel para comunicar com eles, a utilização do computador sem receios, os passeios, as idas a exposições...são pontos que nos têm vindo a unir MUITO.
Tenho a certeza de que quando falam de mim, os meus Filhos, fazem-no de forma um pouco diferente...cota/velha, não são vocábulos que utilizem.
Enfim. Acho que tenho muita sorte e que tenho sabido educar bem.

Unknown disse...

penso que o problema será como muitos outros, as pessoas não se ouviram, no caso dos pais com adolescente adolescentes, será por falta de memoria dos pais, porque todos passamos pelo mesmo, só é necessário actualizar, e isso até os nossos filhos nos podem ajudar a ajuda-los, só é necessário comunicação. Parabéns pelo programa.

Inês Pereira disse...

Ser adolescente é ser problemático. Talves bipolar, inconformado, revoltado, sem certezas, inseguro, tantos adjectivos caracterizam a fase mediana entre a infância e a adultez. Muitas pessoas falam da adolescência como uma fase estúpida, ou complicada. Por que será que nós adolescentes nos comportamos assim?
A vida adulta é cheia de responsabilidades extrínsecas, cheia de coisas tão pouco impotantes. Enquanto, que na infância viviamos num mundo em que conhecer, aprender, viver, amar e aproveitar tudo o que nos dão é essencial, na adultez as pessoas procupam-se com o que pensam as pessoas delas própias. Preocupam-se com impressionar, com que os outros gostem do que fazem e até mesmo com o facto de serem os melhores e preservarem o tal “amor-próprio”. Ouvi várias pessoas ditas adultas dizerem que estão maguadas porque lhe feriram o “amor-próprio”.
Enquanto era criança, preocupava-me com divertir-me, com sentir, ou então, não me preocupava. Vivia!
Ser adolescente é ver as responsabilidades e as opiniões chegarem. É inconformarmo-nos com a injustiça. É resmungar, é dar opiniões. Sempre demos. Agora as opiniões contam mais, são mais ouvidas, nem sempre bem intrepertadas. Mas apontadas como defeito. Vemos a inocência no discurso das crianças, como ainda vejo em muitos adolescentes. Nós queremos essa inocência. Todos os que já se conformaram com a adultez, todos os que já foram adolescentes vencidos, não nos deixam viver como crianças.

Tiago disse...

A adolescência é uma fase única na vida de uma pessoa. Começa a formar-se verdadeiramente a personalidade e por isso mesmo penso que a família deve ter paciência e diálogo com o adolescente e sobretudo tentar compreender as ideias que o movem e essencialmente o porquê dessas mesmas ideias. Nunca refutem os ideais dos vossos filhos sem antes os tentar compreender.

Anónimo disse...

Olá Sociedade Civil, sou o Fábio Gomes e tenho 19 anos, e tive a sorte de os meus pais me compreender em algumas situações, noutras não mas passado dias compreendia o porquê deles não me compreenderem, os meus pais sempre me falaram abertamente sobre de tudo, desde a sexualidade às drogas e etc. Não posso dizer que os meus pais são "chatos", são sim pais protectores.
Sei que posso confiar neles sempre.

FV disse...

Boa tarde,
Acerca do tema,em todos os tempos, houve diferenças intergeracionais. Não tem, na minha opinião nada a ver, na maioria com a falta de comunicação. Faz simplesmente parte do crescimento de se virar, na adolescência, mais para os pares e os amigos ou professores do que para os pais. E os pais que se lembrem disso: são pais, mesmo quando os filhos têm 26 anos ou mais. O lugar dos filho não será sempre em casa dos pais. Os filhos precisam de aprender a autonomia mais cedo pois não o conseguirão ser, de repente aos 18 anos. É bonito ouvir falar o Sr. Isidro mas a vida dele não é a vida da filha dele, tal como a minha vida não é a vida das minhas filhas. OS filhos precisam de tirar as elações das suas próprias experiências. É bom também discernir bem entre o que é a informação e o que é o conhecimento....

Sociedade Civil disse...

Hermínio José Corrêa
O grande problema é que quase ninguém os ouve.Os adultos discutem os seus problemas , sem a sua presença,decidem o que "acham que é melhor para eles" sem os consultarem.Não só os pais os devem ouvir, eles devem também ser ouvidos na escola para compreendermos os seus anseios, as suas dificuldades e as suas perspectivas de futuro.
Por certo muito iremos aprender com eles
Oiçam os jovens, ou já não se lembram quão zangados ficavámos quando eramos jovens e ninguém nos queria ouvir ? Eu ficava danado.....

Sociedade Civil disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João disse...

Gostaria de dar os parabéns ao Júlio Isidro e à Mariana. A maturidade que ela reflecte, certamente que é devida a forma como os temas são abordados no Lar.
Cumprimentos

Cristina disse...

Estou a ver pela primeira vez o vosso programa no Canal 2, pois estou de férias.
E não entendo uma coisa: como é que um programa tão bom, com temas tão interessantes e actuais passa neste horário, em que só poderei ver enquanto estiver de férias...
Porque é que à noite temos de levar com as novelas todas e programas sem conteúdo, se poderíamos estar a aprender algo com programas como este.
Tenho um filho com 10 anos, com quem sempre falei de tudo desde pequenino, e com à vontade, espero que esta seja a receita para a sua adolescência calma.
Parabéns pelo programa, estou a adorar.

Elisabete Castro disse...

Boa tarde, estou a ver o vosso programa e sempre pensei que os muitos dos pais não estão preparados para educar e orientar os filhos devido às demandas serem muitas e não estamos preparados para elas. Onde e como podemos pedir ajuda? Tenho dito a muitos amigos que deveria haver orientação obrigatória para os pais sob a pena de ficarem sem o abono de família se não comparecessem ou outra penalização qualquer. Os filhos são a sociedade do amanhã e devíamos investir mais nesta situação
Cumprimentos
Maria Ferreira

Jesus Valente disse...

Não asisti a este programa!..pena há dias que tem que ser.
O tema é pertinente.Sou avó e o meu neto de onze anos apesar de morar longe diz que eu vou ficar sempre assim...Tenho pena por não poder ver e ouvir o J Isidro de quem gosto imenso e de sua filha que nem conheço