sexta-feira, outubro 22

Como reduzir os gastos com medicamentos?

300 milhões de euros é quanto os portugueses vão pagar a mais pela saúde, neste caso pelos medicamentos que deixam de ser comparticipados a partir deste mês.
Os números não foram assumidos pelo Ministério da Saúde, mas a Associação Nacional das Farmácias estima que ao descer de escalão, muitos portugueses vão pagar uma maior fatura quando saírem da farmácia.
São, essencialmente, antiácidos, antiulcerosos e anti-inflamatórios, para tratamento de problemas gastrointestinais, reumáticos e dores, entre outros.
Como vai ser possível às pessoas de estratos económicos mais baixos comprarem os medicamentos? Temos todos de pagar a crise? E tem de ser na saúde?


Convidados:
José Manuel Silva, Prof. Faculdade Medicina de Coimbra e Médico de Medicina Interna
Carlos Braga, Movimento de Utentes dos Serviços Públicos
Sónia Queirós, Assessora da Associação Nacional das Farmácias
Victor Mendonça, Assessor do Conselho Diretivo do Infarmed

17 comentários:

Ana Luísa Pedro disse...

Sou farmacêutica de oficina e acho que todos os meus colegas deviam ensinar isto aos seus utentes. Ganham os utentes porque aprendem a racionalizar os gastos, ganham as farmacias porque gerem melhor as suas compras e stocks, e ganha o país porque não paga tanto em comparticipações. Se calhar só não ganha a industria, mas está na hora dos que mais têm darem de volta à sociedade, e como sabem tão bem fazer quando lhes interessa, mudar de paradigma.
Ana Pedro

litos disse...

quase todos os anos existem alterações na area da saude o que dá para perceber que os estado é incompetente para gerir o SNS.

Silvajo disse...

As farmácias não deveriam ser autorizadas a oferecer cartões de pontos.Não tem sentido "fidelizar clientes", pois não vendem medicamentos - DISPENSAM medicamentos.
Assim, transformam-se em supermercados ou afins, pelo que não deve ser impedida a venda de medicamentos em áreas de saúde de outros estabelecimentos.

Carlos R., Santarém disse...

Deixa me triste pk se for um drogado tem as seringas GRATIS pra se drogar. O idoso k presisa dos medicamentos PAGA E CALA. é a vergonha Podre em k vivemos

José Costa disse...

A solução é tão óbvia que somos levados a concluir que os governos, partidos e gente ligada a eles e ao sector da saúde a começar pela ministra, actuam de má-fé porque ao ocuparem postos de responsabilidade no estado utilizam-os para seu próprio interesse e proveito e não para melhorarem o nível de vida dos portugueses. 1ª medida: 50% dos medicamentos vendidos não são utilizados e aí terá que haver uma atitude cívica que é devolverem (após recuperarem da doença que os afectou, ás farmácias da zona onde vivem (que conhecem os mais indefesos em termos sociais, os medicamentos em excesso que fariam parte de um banco de medicamentos a ceder gratuitamente, na própria farmácia, utilizando como base o princípio activo. 2ª medida. Reactivar os laboratórios militares para fornecer genéricos a preços reduzidos à população e aproveitamento de medicamentos que ultrapassaram ligeiramente o prazo,etc....

Unknown disse...

Sou farmacêutico de Oficina e congratulo-me com o que está a ser dito pelo Dr. Vitor Mendonça, quando informa que estas medidas são melhores para os nossos utentes e não contribuem para um acréscimo na despesa de medicamentos para os Utentes. Pergunto-me então:
1) Como dizer a utentes do Regime Especial de comparticipação de medicamentos que o valor real da sua medicação habitual (anti inflamatórios e anti depressivos, por exemplo) que aumentou 200% na factura e em muitos outros casos muito superior a isso.
2) Como querer que as farmácias suportem a dedução de 6% quando, a partir de 15 de Outubro os laboratórios são obrigados a enviar medicamentos com os preços actualizados e ainda por cima com o barramento de preço (quando afinal isso não está a acontecer)
3) Como é que o Infarmed I.P. quer explicar como a farmácia de oficina procederá para devolver todo o seu stock de medicamentos superiores a 3,00 € num prazo tão curto, prazo esse igual ao do distribuidor, podendo originar sérias rupturas de fornecimento de medicamentos nos dias adjacentes à sua devolução como também causar problemas sérios de tesouraria dado a necessidade de obter novo stock de medicamentos e não ter um prazo de regularização obrigatoriamente curto para com o laboratório e a farmácia.
Obrigado

Hugo Loureiro

Carlos R., Santarém disse...

ana pedro, a sra vive numa utopia. qnd ek os fortes e os poderosos vão kerer perder lucros? NUNCA... a nao ser k sejam obrigados. e mesmo assim graças a corrupção k prolifera no nosso país, estão sempre safos...

Unknown disse...

COMO É POSSIVEL DISCUTIR A REDUÇÃO DOS GASTOS COM MEDICAMENTOS.
SE OS ORGANISMOS RESPONSAVEIS, ESTADO E FARMACIAS E A PRÓPRIA
CLASSE MEDICA , NAO FORÇAM A VENDA DOS MEDICAMENTOS ATRAVÉS DA UNI DOSE.

Valente disse...

É muito fácil dizer que o doente é que deve escolher, noentanto, o doente (na sua maioria) não tem conhecimento suficiente para perceber o que é escolher um genérico.
Não sabe o que é um genérico...

Se se diz que é igual ( o que é mentira) então o Estado português nem devia comparticipar as marcas...

Azrael disse...

Questão técnica.

Boa tarde, sou estudante de ciências farmacêuticas e gostaria de saber porque razão o Dr. José Manuel Silva manifesta preocupação em saber as biodisponibilidades dos medicamentos genéricos e não dos medicamentos de marca, sendo que, ao contrário do que afirmou, a biodisponibilidade destes não é sempre de 100%.

Com efeito, ao contrário do que muitas pessoas pensam, quando os medicamentos de marca mudam de formulação (um excipiente, por exemplo, procedimento que acontece com muita frequência) também têm que apenas se submeter a testes de bioequivalência cujos limites de biodisponibilidade são os mesmos 80% - 120% concedidos aos genéricos.

De facto os limites 80 - 120 não foram impostos aos genéricos por acaso, são os mesmos valores que já eram há anos para garantir a bioequivalência de medicamentos de marca, ainda antes de existirem genéricos.

Por fim, questiono porque razão o Dr. José Manuel Silva confere ao Infarmed a confiança para avaliar a qualidade de um medicamento de marca mas desconfia destes quando se trata de avaliar medicamentos genéricos.

Obrigado

Unknown disse...

Caro amigo Alvarinho.

O Conceito de Unidose, na sua visão mais geral é completamente aceite pela classe farmacêutica a Unidose. São completas melhorias para o Utente, Farmácia e Estado, sem dúvida. Mas a maneira como está construída a regulamentação da dispensa em Unidose, fazendo com que a grande maioria da despesa para o seu funcionamento pertença novamente à farmácia (Rótulos, Embalagens individuais, blistagem individual, impressão de "bulas" de medicamentos, etc.) não são imputadas nem ao laboratório, nem ao distribuidor, nem podem ser imputados igualmente no Utente.
O conceito é correcto e pormissor... Precisa, na minha opinião, de sérias alterações para poder ser implementado.

Unknown disse...

Dr. Vitor Mendonça:
Especifique conceito de Avaliação de Dossier?

Não há análises em laboratório para avaliação de bioequivalência???

Unknown disse...

Dra Fernanda Freitas:
Permita-me, em primeiro lugar, dar-lhe os parabéns pelo programa.
Sou médico interno de medicina Geral e Familiar no Centro de Saúde de Ermesinde.
Sou favorável à redução de custos com medicamentos e valorização dos mesmos pelos utentes, nomeadamente através do fim dos medicamentos sem qualquer custo para os utentes, no entanto a troca obrigatória de um medicamento de marca por um genérico vai necessariamente originar problemas.
Num país em que, segundo os censos de 2001, quase 30% da população não sabe ler nem escrever ou não teve escolaridade (sim, estes dados são reais!) não se pode pensar que esta troca de medicamentos de uma marca por outra decorre sem problemas, eventualmente fatais! Vai haver doentes que vão olhar para as caixas novas de genéricos sem fazer a mínima ideia do medicamento que é, para que serve e como se toma. Se a caixa deixa de ser a vermelha que toma de manhã e a amarela que toma à noite, vai haver um total incumprimento da terapêutica.z

Unknown disse...

Gostava que me esclarecessem sobre o que o Sr. do Infarmed está a dizer ( só fala em escalões ). Efectivamente eu pago mais pelos medicamentos. Não entendo!

António Oliveira

Alexandre disse...

O nível de variação referido pelo médico presente não é detectável, em ambulatório, pelo médico ou doente uma vez que depende do que o utente comeu...
Se comeu uma boa feijoada ou se comeu apenas uma maçã...

Nos medicamentos em que o acompanhamento é importante ainda não há genéricos ex: Letter, Lanoxin...

O resto são apenas interesses comerciais, viagens ou ofertas pelo número de vendas de determinada marca...

Cordiais saudações,
Alexandre

José Costa disse...

reactivar os laboratórios militares para fabrico de medicamentos genéricos. Farmácias hospitalares para fornecerem genéricos, em todos os centros de saúde e hospitais. Os médicos e farmacêuticos têm a sua formação paga por todos nós, temos instalações para montar essas farmácias e onde os médicos dão as consultas e passam as receitas. A ministra da saúde está à espera de quê? Ou é paga pelos laboratórios e Associação Nacional das Farmácias, para dificultar a redução das despesas?

Sociedade Civil disse...

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/GENERICOS/ARTIGOS_OPINIAO


info infarmed sobre Genericos