terça-feira, janeiro 18

Ensino médico

A discussão sobre a falta de médicos em Portugal é antiga e sem fim à vista. Aliás, a ministra Ana Jorge já disse que é urgente formar mais médicos. Há oito cursos de medicina a serem ministrados em Portugal, oito no continente e dois ciclos básicos nas regiões autónomas. A Associação Nacional de Estudantes de Medicina lamenta que as politicas de saúde não passem por criar condições para que os novos médicos se fixem nas regiões mais necessitadas. Mas que articulação têm os cursos com os hospitais? Quem fiscaliza a qualidade? Como podem licenciados de outras áreas fazer um upgrade em Medicina? Uma discussão sobre a importância do ensino da Medicina em Portugal.

Convidados:
José Ponte, Dir. curso de Medicina da Universidade do Algarve
Adelaide Belo, Médica Internista e Presidente do Conselho de Administração do Hospital Litoral Alentejano
Rubina Correia, Médica de família e Vice-presidente APMCG
Miguel Cabral, Presidente ANEM - Associação Nacional de Estudantes de Medicina

6 comentários:

ana disse...

boa tarde,

eu sou uma das pessoas sem médico de família atualmente.

recentemente mudei-me para o pinhal novo, onde a lista de espera para arranjar um médico de família (segundo ouvi)é de anos. antes pertencia à unidade de saúde familiar de sta mª feira e devo dizer que o sistema utilizado era mto bom, desde tempos de espera e atendimento à população. porque não implementar mais usf em todo o país?

obrigada pela atenção,
ana bento

Anónimo disse...

Boa tarde, tenho 18 anos, sempre quis entrar em medicina, acabei o 12º ano, contudo devido às elevadas médias não consegui entrar, encontrando-me então no 1º ano de Ciências Farmacêuticas.

Pretendo voltar a tentar mas pondero também pagar um curso de espanhol e candidatar-me a Espanha, visto que nesse país não existem estas imposições da média.
Sei contudo que o regresso a Portugal tem muitas barreiras...

Considero também um absurdo os regimes especiais existentes para estudantes das regiões autónomas ...têm entrada facilitada porque nasceram numa ilha ? devo culpar o meu pai por ter nascido no continente ?
Não falando sequer nos atletas federados que também têm um regime especial e de que se conhecem casos públicos de corrupção...

Se há falta de médicos e as escolas existentes não têm condições para albergar mais estudantes, porque não criar mais cursos de Medicina ? Em Universidades que ainda não os possuem ?


Penso ainda que deveria existir um teste vocacional como pré requisito de entrada neste curso, uma vez que conheço muitas, muitas pessoas, que sempre estudaram imenso no secundário, tinham outros sonhos e apenas ingressaram em Medicina por terem média suficiente, ou por vontade dos pais, ou mesmo porque sabem que dá dinheiro!!! Serão isto os bons médicos que Portugal está a formar ?!? Para ser um bom médico basta ficar colado a livros e explicaçoes desde os 15 anos ?

Anónimo disse...

"Ser médico será uma vocação"

Penso que deveria existir um teste vocacional como pré requisito de entrada neste curso, uma vez que conheço muitas, muitas pessoas, que sempre estudaram imenso no secundário, tinham outros sonhos e apenas ingressaram em Medicina por terem média suficiente, ou por vontade dos pais, ou mesmo porque sabem que dá dinheiro!!! Serão isto os bons médicos que Portugal está a formar ?!?

Unknown disse...

O vosso programa provou que a existência da universidade de algarve não faz sentido pelos seguintes motivos:
1ºfoi supostamente criado com o intuito de fazer com que os médicos fiquem lá, contudo tiram a especialidade noutros locais sem ser o algarve e formam lá família, mantendo-se o problema
2º Se abriram vagas a mais não é mais uma universidade (e a de aveiro) que vai solucionar o problema, faz precisamente o contrário
3º O método de ensino é um método experimental com 4 anos práticos

Sou estudante de medicina e vejo que outros alunos de outros cursos no final do curso não têm as bases teóricas que eu tenho com 3 anos TEORICOS e 3 anos PRATICOS - método clássico

Unknown disse...

Mais um pequeno detalhe em relação a outro assunto. Na reportagem na Universidade do Algarve mencionaram a abertura da Universidade como resposta à falta de médicos em Portugal. Esta informação está errada. Existe uma má gestão de recursos humanos. Existem hospitais com 60 oftalmologistas e outros com 1 ou 2.

A Ordem dos Médicos já enviou circulares a demonstrar o problema em que se está a colocar o país ao aumentar as vagas desenfreadamente sem ponderar as consequências e os motivos infundados.

Joaquim disse...

Assunto oportuno e pertinente.

No concelho de Abrantes e limítrofes as populações vivem o flagelo da falta de médicos de família, uns porque adoecem e metem baixa e outros porque passaram à reforma!O Vale do Tejo uma das regiões carentes de assistência médica às populações onde os médicos recém formados não terão dificuldade em encontrar colocação! Haja boa vontade dos nossos políticos e dos organismos estatais de assistência à saúde daqueles que são convidados a dirigirem-se ás mesas de voto!
Aproveito para vos enviar um link do artigo que um cidadão de Abrantes lançou em blogue e que satiricamente oportunamente alertou para o flagelo.

http://ocidadaoabt.blogspot.com/2009/12/uma-aventura.html


Cumprimentos.