segunda-feira, fevereiro 21

Abandono de idosos

O país ficou chocado com o caso de Augusta Martinho, encontrada morta em casa há nove anos. Um episódio de tal forma alarmante que leva o Sociedade Civil a voltar a discutir o tema do abandono de idosos. O que falhou neste e em outros casos? A quem cabe a responsabilidade primeira de zelar pelo bem-estar dos idosos: á família (ainda que afastada) ou ao Estado? Por que razão as entidades policiais não podem entrar nas residências quando há denuncias de desaparecimento? Como e a quem denunciar casos de abandono ou maus-tratos?

Convidados:
Susana Amador, Pres. Câmara Municipal de Odivelas
Edmundo Martinho, Presidente do Instituto da Segurança Social
Teresa Costa Macedo, Presidente CNAF
Inês Guerreiro, Coordenadora da Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados do Ministério da Saúde

11 comentários:

paleozinha disse...

Pessoas que vivem sós, e que acabam por morrer sós, sempre existiram e continuarão a existir. Mas o caso da D. Augusta é surreal. Devem ser responsabilizadas as pessoas que ignoraram os pedidos de ajuda da sua vizinha. Esta senhora, não só vi ignorados os seus pedidos de ajuda como ainda foi gozada por achar que a sua amiga poderia estar morta. Acho que os policias que fizeram a diligência à porta do apartamento deviam aprender um bocadinho de lógica pois “se cheira mal…pode-se concluir que está morto” mas “se não cheira mal…não se pode concluir que não está morto”. Isto chama-se lógica aprende-se em Matemática do 9º ano!!

paleozinha disse...

Pessoas que vivem sós, e que acabam por morrer sós, sempre existiram e continuarão a existir. Mas o caso da D. Augusta é surreal. Devem ser responsabilizadas as pessoas que ignoraram os pedidos de ajuda da sua vizinha. Esta senhora, não só vi ignorados os seus pedidos de ajuda como ainda foi gozada por achar que a sua amiga poderia estar morta. Acho que os policias que fizeram a diligência à porta do apartamento deviam aprender um bocadinho de lógica pois “se cheira mal…pode-se concluir que está morto” mas “se não cheira mal…não se pode concluir que não está morto”. Isto chama-se lógica aprende-se em Matemática do 9º ano!!

Maria disse...

Gostaria de ter a seguinte informação:

qtos idosos a viver sozinhos estão referenciados pela Segurança Social em todo o País?
Obgado
Maria Ramalho

maria disse...

eu sou a Maria da zona de sintra na minha opiniao, podia-se a nivel de condominio por cada predio ser feito um levantamento destes casos e inventariar junto das juntas de freguesia estes casos para que os proprios tivessem conhecimento e ser feito algo. e aproveitava o sr presidente da segunça social para perguntar o porque de nao haver um dia fixo (como em espanha) para pagar os subsidios de desemprego. as pessoas tem datas fixas para pagar as suas contas e um serviço social nao esta minimamente preocupado com os seus beneficiarios. obrigado

Unknown disse...

O abandono de idosos, deve-se, na maior parte dos casos, por razões de, falta de relacionamento familiar, razões económicas e também porque muitos idosos, preferem ficar sozinhos do que incomodar alguém.

Mara disse...

Boa tarde,

queria partilhar a minha história.

A minha avó tem 96 anos e sempre viveu connosco. Eu tenho 32 anos, a minha irmã 34 e partilhamos "a custódia", o tempo, os afectos da minha avó. Actualmente vivemos cada uma em sua casa e a avó faz parte dos nossos agregados. Felizmente, apesar da sua idade, a minha avó é perfeitamente autónoma pelo que podemos deixá-la sozinha o dia todo para irmos trabalhar. Raramente trabalhamos menos de 9 ou 10 horas. A nossa ausência é aumentada pelos tempos de deslocações. Temos uma preocupação crescente o que fazer com ela quando a sua autonomia for reduzida, como vimos vindo a assistir de forma gradual. Porque apesar de termos rendimentos mais elevados do que a média, esses rendimentos não chegam para colocar em casa alguém inteiramente dedicado aos cuidados que a avó possa vir a necessitar. E confesso que a solução lar não parece bem a nenhuma de nós.

Creio que existem muitas soluções, mas são todas inalcansáveis para a maioria da população porque são demasiado caras.

Obrigada pela atenção,

Carla Macedo

Maria disse...

Indicadores de Envelhecimento, encontra-se na Pordata 2º os Censos até 2001http://www.pordata.pt/azap_runtime/?n=

Este tema deveria ser discutido de outra forma, pque na verdade este tipo de "lenga-lenga" não convence. O que até ag foi dito , ok , nunca será demais repetir, mas avancemos.

Que projectos existem, qdo na realidade um idoso não quer deixar a sua casa, as suas "coisinhas"?
E pque não quererá? receio do q "ouve" ( o tal diz q se diz) dos lares etc? Tv fosse interessante saber, não?

Pergunto de novo, já q se encontra o Presidente do Instituto de Segurança Social: que % de idosos sozinhos existem em Portugal?

Obgado
Maria Ramalho

Maria disse...

Fernanda: esta noticia do Publico julgo q terá tido lido. Se lhe passou aqui vai o link

http://digital.publico.pt/Sociedade/aumentam-casos-de-idosos-que-morrem-sozinhos-em-casa_1479684

Maria Ramalho

Jayme Ferrer de Carvalho disse...

Penso que enquanto existir um paradigma socialista e social democrata português, o chamado "problema dos idosos " ocorrerá sempre. Nas sociedade Liberais e capitalistas este problema está minimizado porque todos possuem uma educação autónoma e autosuficiente que permite os convívios sociais saudáveis.As práticas para idosos são muitodiferentes.Penso que a adesão ao "Objectivismo" das sociedades livres alterará o paradigma actual.

tina forbes disse...

sugestão para Portugal/Sociedade
Estruturas que liguem todas as fachas etárias previligiando crianças e seniores na sociedade: as autarquias (e outros) responsáveis por criar e dar oportunidade a espaços dinâmicos e criativos na comunidade: voluntariado; trabalhos tradicionias; exercicio fisico; passeios e programas culturais, palestras – informação, saúde, alimentação.
Incentivar o voluntariado: as empresas podem ajudar permitindo apoio comunitário por parte dos seus empregados (rotativo ...mensal ...etc)
Mais emprego para Portugal: turnos/part time –trabalho remonerado, mais tempo para familia, casa, saúde, estudos, realização, auto estima

Mara disse...

Boa tarde,
Sou Gerontóloga e este é sem dúvida um tema que me interessa. Ao mesmo tempo causa-me imensa tristeza e revolta que só depois do aparecimento de uma série de casos as pessoas se lembrem dos idosos.
Os idosos deviam ser prioridade de intervenção, pois devemos sempre nos lembrar que os idosos de hoje contribuiram em muito para a nossa sociedade e chegam a um estado em que basicamente são abanadonados pela sociedade para a qual contribuiram para construir. E nós devemos lembrarmo-nos que hoje somos jovens, adultos e activos, mas que um dia chegará a nossa vez de sermos idosos, e deviamos colocar questões para nós próprios: Será que quero que aconteça o mesmo quando eu for mais idoso? Será que não quero ter outros tipos de respostas para o meu envelhecimento?


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Sandra Dias