Há uma perspetiva que raramente é levada em linha de conta quando abordarmos as florestas: o valor económico. É este valor intrínseco que é preciso preservar e, acima de tudo, saber quanto vale o nosso parque florestal. Desde a produção à transformação, passando pelos mercados de bens e serviços até ao âmbito cultural e turístico. As estimativas mais recentes apontavam para que a floresta portuguesa, representasse 4% do PIB, 5% do emprego e 9% das exportações (sobretudo pasta de papel e derivados). No Ano Internacional das Florestas queremos avaliar a saúde dos “pulmões de Portugal” com os melhores especialistas na matéria.
Convidados:
Rui Pedro Barreiro, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural
Joaquim Sande Silva, Coordenador do Grupo de Florestas da LPN e Professor de Defesa da Floresta Contra Incêndios Escola Superior Agrária de Coimbra
Maria Antónia Figueiredo, Confagri
Manuel Mota, Ordem dos Biólogos e Prof. Universidade de Évora
5 comentários:
Os governos do Centrão despediram os guardas florestais e agora querem atacar a propriedade privada? Querem ficar com as terras?
Os governos podiam ter guardas florestais activos responsáveis pela manutenção e catalogação do terreno mas isso não interessa aos grupos económicos que pretende plantar espécies de alto risco de incêndio...
Esta é uma visão verdadeira da realidade.
Portugal praticamenete não tem florestas. Temos de saber distinguir culturas abóreas de floresta. Na actualidade, num determinado terreno cresce única e exclusivamente uma espécie de árvores, na maior parte das vezes pinheiro bravo ou eucalipto. Ambas estas espécies são muito pouco resistentes ao fogo, se é que o são. A verdadeira floresta é biodiversa, ou seja, encontramos uma grande variedade de flora que é bastante resistente ao fogo como os carvalhos.
Porque é que não se distinguem os conceitos de floresta e de cultura arbórea?
ass:Pedro Coito
Olá boa tarde .
Sou um admirador do programa Sociedade Civil.
Falando de floresta e como alentejano tenho obrigação de falar sobre o nosso montado.
È lamentável que se verifique a existência de sobreiros e azinheiras contaminadas com infestantes ou arvores já enestado de decomposição ,troncos raízes em contacto com árvores novas o que torna o montado mais frágil.
A complexidade para a retirada destas plantas è dificil levando por isso ao seu abando .
E a plantação de novos sobreiros e a azinheiras?
Há vinte anos já havia agricultores espanhóis a comprar bolota para viveiros na zona de Setúbal.
Cumprimentos
Obrgado
Armando facas
Gostaria de perguntar ao Sr. Sec. Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, porque é que o Governo não agregou no Ministério da Agricultura, toda a Investigação relacionada com os produtos florestais que estão dispersos por vários organismos e ministérios, de forma a ter massa crítica para apoio à resolução dos problemas e no sentido de alcançar-se maior valor acrescentado para os produtos da floresta dando-lhe a importância económica devida. Trata-se de uma medida de custo zero para o estado mas de enorme importância para o sector.
Cumprimentos
Manuel Costa
Mem Martins
Chamo-me João Nunes e estou a realizar o meu doutoramento na Universidade de Coimbra, com a orientação da Prof.ª Helena Freitas no âmbito "das melhores opções de exploração da floresta portuguesa", tendo em consideração os aspectos directos e indirectos e uma perspectiva de análise multi-critério que considero o ciclo de vida completo de cada opção em estudo.
Apenas queria informar que em Portugal a Investigação está a trabalhar nesta temática. Já estive na Suíça para perceber qual a ligação entre a floresta e agricultura e quais os principais factores para a sua valorização. Os principais problemas que identifiquei e tendo por base a comparação da realidade na Suíça e o conhecimento que tenho na floresta portuguesa, são a falta de sensibilidade de algumas pessoas e entidades que trabalham na floresta, a cultura portuguesa que temos e a falta de estudos científicos de multi-dimensionais para responder ao actual paradigma da floresta.
Obrigado e parabéns pelo tema e participantes.
João Nunes
Enviar um comentário