quarta-feira, dezembro 10

Gordos ou magros por causa dos genes?

Vale a pena perder tempo a fazer dieta e exercício ou não há volta a dar à genética, que determina se somos XS ou XL? As opiniões dividem-se. Há estudos que fundamentam o determinismo genético: quem nasce predestinado a ter excesso de peso, nada poderá fazer para alterar a sua sorte. Outras correntes das áreas da nutrição e da motricidade humana defendem que não é bem assim: o ambiente e os hábitos são tão determinantes quanto a genética. Afinal, em que ficamos? As conclusões neste SC, com os melhores especialistas.

Convidados:
João Jácome de Castro,Director do Serviço de Endocrinologia do Hospital Militar Principal
Pedro Teixeira, Docente na Faculdade de Motricidade Humana
Heloísa Santos, Geneticista e Membro da Sociedade Portuguesa de Genética
Maria Paes Vasconcelos, Nutricionista

22 comentários:

Martinha disse...

Não temos culpa da marca genética que transmitimos aos nossos filhos, mas temos CULPA daquilo que lhes damos a comer.
O património de valores, neste caso, alimentares é determinante para o presente das crianças e também para o seu futuro.
A vivência da criança em casa, os bens alimentares que os pais têm na despensa, os rituais de pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar, vão constituir um conjunto de valores e de estimulos apreendidos, capazes de fazer algumas rasteiras à carga genética herdada.

Martinha

m* disse...

confesso que para já posso comer o que bem me aptecer!
sou magra por natureza, apesare de acharem que não!
paciência!!há quem tenha que fazer dieta para emagreccer, eu faço para engordar!

:)

marta j.

Martinha disse...

Devemos contrariar algumas contrariedades. É mais ou menos como o stress, o melhor mesmo é relaxar. É o que estou a fazer nestes poucos minutos que me restam ao som de um albúm fantástico da Beyoncé- estou na musica- smash into you - lindaaaa.

Martinha
Sejamos felizes

lady_blogger disse...
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lady_blogger disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lady_blogger disse...

Os genes até podem estar presentes na nossa psicologia.
Já se fala em farmacogenética, que estuda a reacção de diferentes genes a fármacos.
Na terapia genética experimental, faz-se a troca de genes ou inactiva-se os que funcionarem anormalmente.
Há pelo menos 12 doenças metabólicas passíveis de serem transmitidas pelos pais, mas que podem ser diagnosticadas pelo famoso teste do pézinho, logo à nascença.

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

No caso da barriga que se ganha com o envelhecer, pode dever-se a uma enzima coversora de angiotensina.

CC

Maria Mendes

lady_blogger disse...

Em suma, todos seremos fruto da nossa genética, e do nosso relacionamento com o meio circundante.

CC

Maria Mendes

Pedro de Castro disse...

Boa tarde,
Na minha adolescência posso dizer que era gordo e isso teve impacto. Sentia dores lombares pois o esforço na coluna era grande, até porque já nessa altura media mais de 1.85m e pesava 100kg.
Curiosamente, por volta dos 18 anos e sem modificações aparentes na alimentação nem nos padroes de exercício, perdi quase 15 kg em cerca de 3 meses.
Na altura havia quem me dissesse que era da mudança da idade e que era uma questão hormonal.
A verdade é que desde então tenho muito mais facilidade em perder peso e ao longo dos anos tenho conseguido mante-lo abaixo dos 90kg visto que meço 1.90m.

A minha questão prende-se com essa questão hormonal e em que medida a perda de peso pode ter essa origem.

Pedro Castro
Lisboa

Ana disse...

Boa tarde a todos!

Tenho 27 anos, 1m72cm e nunca consegui passar dos 56 Kg, apesar de já ter tentado uma dieta para engordar e que foi uma frustração para mim e para o meu médico de família.
Na fase de crescimento, parecia um espeto e tive "n" alcunhas devido à minha magreza.
Os meus pais são ambos magríssimos, mas saudáveis, e sempre se preocuparam muito com a alimentação dos filhos: sopa, salada e fruta a todas as refeições; carne ao almoço e peixe ao jantar. Todos os dias!
Actualmente já aprendi a viver com a minha fisionomia embora, por vezes, haja pessoas que chegam a pensar que sofro de anorexia. Também tenho tendência para comer muito devagar e, em 99% das vezes, sou a última a acabar as refeições!
Mas tudo tem as suas vantagens... Nunca me preocupei com os tão falados "excessos" associados às quadras festivas!

Cumprimentos,

Ana (Lisboa)

Madalena van Zeller Muñoz disse...

Aplaudo a mensagem desculpabilizadora na gestão do peso referida pelo Prof. Pedro Teixeira, e que salienta os estilos de vida desencadeantes da obesidade. Podem-se de facto alterar rotinas diárias para minorar os riscos de se aumentar de peso. E como disse a Maria Vasconcelos e muito bem, por vezes comemos "sem pensar". Deixo a minha sugestão como nutricionista que diariamente ajudo pessoas bastante desesperadas, que é: se não sabe gerir o seu peso peça ajuda quando este começa a aumentar, para que não tenha de fazer "dietas". Obrigada, Madalena Muñoz

AnaCristina disse...

Tenho 32 anos, 1.67m e 140 kgs de peso.
Se por um lado a minha carga genética induz ao aumento de peso, uma má alimentação enquanto filha e uma péssima alimentação enquanto adulta trabalhadora, com horário de almoço rápido carregado em porcarias como empadas e folhados, fizeram o resto. Alia-se a isto o factor psicológico que me faz comer compulsivamente quando estou mais em baixo, mais emocionalmente down.

Ok, eu já percebi isto tudo e porque não mudo? Porque não consigo. Agora as dietas já quase não resultam... e quando resultam são tão lentas que as abandono e entretanto vou andando assim, mal, discriminada por existir e fechada em casa por vergonha. Sim, vergonha, vergonha por comer uma sobremesa, vergonha por ir apertadissíma nos aviões para não incomodar ninguém, vergonha por não encontrar roupa decente (e não envelhecida), vergonha de andar de mão dada com um marido lindo, que coitado é constantemente assediado por outras mulheres... Ou seja, tudo coisas ideais para me levantar o astral... :S

Obrigada por existirem e falarem nesta doença!
Ana

Pedro de Castro disse...

à algum tempo ouvi falar de um estudo que demonstrava que a estatura dos holandeses era essencialmente devida à melhoria dos cuidados de saúde e à alimentação no séc XX.

No caso das crianças, acredito que não se deve fazer dietas restritivas, devenso-se apenas ter em conta o não exceder o consumo de certos alimentos mais calóricos, como bolos e doces.

Até que ponto um pouco de gordura e reserva energética é fundamental para um desenvolvimento equilibrado?

David disse...

Fui criado a pastéis de nata e bata-frita, já fiz todas as dietas possiveis e imaginárias, tenho 37 anos e 147kg, há 15 anos fiquei anorético e cheguei aos 75kg, fui internado e recuperei até aos 90kg. mantive-me assim até aos 30 anos, e depois começei completamente desregrado, como a qualquer hora, a comida funciona como um anti-depressivo. tenho 3 filhos todos magros, sou muito rigido quanto a alimentação deles, não quero que fiquem como o pai. Em casa imperam os bons hábitos alimentares, minha esposa é magra. Eu quebro as regras todas... Neste momento estou acompanhado por um psicólogo.

Madalena van Zeller Muñoz disse...

É pena interromperem tanto ou não deixarem falar o Prof. Pedro Teixeira...

m* disse...

bem, eu tou pior que a Ana!
1,75m, e oscilo entre os 49,5 e os 51Kg!
o máximo que pesei foram os 53Kg.
é verdade que sejamos gordos ou magros, existe uma discriminação social, não dos (muito)magros para os gordos e vice-versa, mas sim dos ditos "normais" para quem difere de peso nos extremos!

eu tenho uma dieta relativamente equilibrada, adoro comer, sou bom garfo e não dispenso a comida da avó com os alimentos do quintal colhidos na hora de cozinhar...mas nada muda, sou assim desde de pequena, ouvi sempre os comentários da "bicha solitária" e da anoréxia e bulimia desde que foram muito divulgadas!e isso é o que magoa, tentar dizer que sou saudável e todos porem em questão porque ouviram falar!

eu sinto-me bem assim como estou, mas os comentários destroem quem não se sente tão bem como eu!!

***
marta j.

Pedro de Castro disse...

A pressão dos pares é um factor que penso se deve também ter em conta. Tanto na adolescência como na vida adulta quem é que nunca se sentiu coagido a a ir comer a um sitio x ou y ou este doece ou aquele porque os amigos ou colegas de trabalho também o fizeram?
As pessoas mais influênciàveis não devem ter receio de dizer não e optar por alimetnos mais saudáveis e melhor à sua dieta.

NelSoN disse...

A algum tempo ouvi falar acerca dos "falso--gordos". Pelo que percebi são pessoas que embora não sofram, nm nunc tenham sofrido de excesso de peso apresentam sintomas associados a esta patologia cmo a hipertenssão entre outros o que tambem é mau... no entanto, sei que a hipertensão não é um sintoma perponderante visto que existem pessoas para as quais é normal e saudável terem valores mmgh altos... mas será que somos todos susceptíveis a sofrer um AVC ou enfarte de miocórdio cmo uma pessoa obesa??? :/

catarina disse...

Boa tarde!

Eu sempre tive tendência para ser gordinha, penso que sai ao meu pai, ao contrario do meu irmão que saiu magrinho como a minha mãe e apesar de comer muito nunca engorda.
Nunca tive vergonha do meu corpo nem nunca fui discriminada, mas quando ia às lojas de roupa, se não tinham tamanhos grandes eu ia-me embora de mãos a abanar. Até Março deste ano eu pesava 70kg, e decidi consultar um nutricionista para poder perder um pouco de peso, e o que é certo é que desde aí perdi 12kg. Não era previsto ser tanto mas esta perca de peso aumentou-me a autoestima e hoje consigo ir a qualquer loja experimentar uma peça de roupa que goste à vontade sem me sentir mal. É certo que com a dieta passei a ter muito mais cuidado com a alimentação e privo-me de muitas coisas, mas não me faz muita diferença porque se queremos manter o peso que gostamos temos que fazer alguns sacrificios, mas sempre com a consciência de que podemos cometer um pecado ou outro e não sentir remorsos por isso. Curiosamente, e alem de ser elogiada por estar melhor fisicamente, não me livro de ouvir sempre umas boquinhas quase discriminativas sobre fazer dieta.

Pedro de Castro disse...

O meu ocnselho a quem quer perder peso é a olhar para um alimento e em vez de ver as calorias, fazer a tradução dessas calorias para tempo de exercicio necessário para queimar esse alimento.
Chega a um ponto em que facilmente temos a percepção de se estamos a ir mais além do que a disponibilidade que temos para "queimar" essas calorias.

A verdade é que a oferta de alimentos hipercalóricos é enorme e temos de ter noção do esforço que é necessário para o organismo eliminar essas calorias.

Patrícia Oliveira disse...

boa tarde.

sou assídua constante do vosso programa.
No inicio da sessão de hoje falou-se de comer fruta antes das refeições ser um malefício.. ainda há pouco se falou de beber agua diminui o apetite se ingerida meia hora antes. Pergunto se a fruta nao poderá ter mesmo efeito.

obrigada

Ângela disse...

Boa tarde,

Tenho 28 anos e fui mãe há 9 meses. Meço 1,67m e antes de engravidar pesava 59 Kg. Durante a gravidez engordei 10 Kg, 7 dos quais já havia perdido ao fim de 3 dias. Até aos seis meses de vida da minha bebé amamentei-a exclusivamente e hoje ela ainda mama 1 ou 2 vezes por dia. Actualmente peso 51 Kg.
Sinto-me bem, como de tudo e tenho os valores das análises normais, o meu médico diz que "antes magra do que gorda" mas continuo a não saber responder quando me questionam "porquê que estás tão magra?" Terá sido de amamentar?
A minha mãe também é magra, sempre foi, mesmo depois de duas gravidezes.

Continuação de boa tarde

Ângela Santos, Torres Vedras